Currículo
Sociologia da Saúde L5138
Contextos
Groupo: Escola de Sociologia e Políticas Públicas > Optativas > Departamento de Sociologia > 1º Ciclo
ECTS
6.0 (para cálculo da média)
Objectivos
No final da UC, os/as estudantes deverão ser capazes de: OA1.Localizar a saúde, a doença e a medicina no contexto da sociologia e consolidar a abordagem sociológica das diferentes realidades que compõem os mundos da saúde e da doença. OA2.Demonstrar a importância do cruzamento da sociologia da saúde com aspetos do âmbito da sociologia do corpo. OA3.Compreender o sistema de saúde português, as suas políticas, as suas formas de regulação, bem como a posição e o papel que assumem o estado, o mercado, as comunidades e as famílias nos cuidados de saúde OA4.Conhecer as principais características das organizações de saúde, mostrando as suas especificidades e as dinâmicas profissionais que as atravessam. OA5.Compreender as profissões de saúde, em termos das posições objetivas que detêm na divisão do trabalho, dos tipos e da natureza das competências e saberes associadas ao seu desempenho profissional. OA6.Planear e desenvolver projetos de pesquisa empírica no domínio da sociologia da saúde.
Programa
CP1. Sociologia da saúde e da doença: objeto e campo 1. Questões preliminares de saúde, doença e medicina: a descoberta do posicionamento sociológico 2. O desenvolvimento da sociologia da saúde e da doença 3. Controlo social médico e medicalização 4. Crenças, saberes leigos e experiências de saúde e de doença 5. A sociologia da saúde e o corpo: mudanças sociais e culturais, transformações corporais e identidades 6. Desigualdades sociais na saúde CP2. Os sistemas e as políticas de saúde 1. As conceções políticas do sistema de saúde 2. A periodização das principais medidas políticas 3. Os modelos de financiamento da saúde CP3. Organizações e profissionais de saúde 1. A especificidade sociológica do hospital 2. Estado, profissões e ocupações de saúde 3. Novos profissionais de saúde? As Medicinas Complementares e Alternativas
Método de Avaliação
Os/as estudantes podem optar por uma das duas modalidades de avaliação previstas na UC: 1) avaliação ao longo do semestre; 2) avaliação por exame. - A avaliação ao longo do semestre tem duas componentes: 1) Componente individual - realização de um teste escrito, em aula; 2) Componente de grupo - elaboração de um trabalho de grupo, correspondente a um projeto de investigação (podendo incluir ou não pesquisa empírica). A nota final resulta de uma média ponderada dos dois momentos de avaliação: projeto de investigação de grupo (60%); teste escrito individual (40%), desde que igual ou superior a 7 valores. Os/as estudantes que não obtiverem no teste a nota mínima de 7 valores reprovarão à UC e ficarão admitidos/as à avaliação por exame. A avaliação ao longo do semestre implica a presença dos/as estudantes em pelo menos 50% das aulas. Existe a possibilidade, caso os/as docentes considerem necessário, de realização de prova oral, em complemento das componentes escritas de avaliação, como elemento adicional para a avaliação (p.e., nas situações em que há necessidade de esclarecimento adicional nas classificações). - A avaliação por exame ocorre, exclusivamente, durante o período de avaliações e incide sobre toda a matéria lecionada na unidade curricular. Consiste numa prova escrita individual. São admitidos/as a esta modalidade de avaliação os/as estudantes que por ela tenham optado e os/as estudantes que não tenham obtido aprovação na modalidade de avaliação ao longo do semestre.
Carga Horária
Carga Horária de Contacto -
Trabalho Autónomo - 113.0
Carga Total -
Bibliografia
Principal
- Carapinheiro, G (1986), “A saúde no contexto da sociologia”, Sociologia, Problemas e Práticas, 1: 9-22. Carapinheiro, G & T Correia (orgs.) (2015), Novos Temas de Saúde, Novas Questões Sociais, Lisboa, Mundos Sociais. Conrad, P (1979) “Types of medical social control”. Sociology of Health & Illness, 1(1): 1-11. Correia, T, Carapinheiro, G & Raposo, H (2018), “Desigualdades sociais na saúde: um olhar comparativo e compreensivo”, em Carmo, R et al., Desigualdades Sociais. Portugal e a Europa, Lisboa, Mundos Sociais, pp. 23-39. Freidson, E (1998). “Os futuros da profissionalização”. In Renascimento do Profissionalismo. S. Paulo, Edusp, pp. 145-167. Petersen, A & Bunton R (eds) (1997), Foucault, Health and Medicine, London, Routledge. Stacey M (1988), The Sociology of health and healing, London, Routledge. Timmermans S & Haas, S (2008) "Towards a Sociology of Disease", Sociology of Health and Illness, Vol. 30 (5), pp. 659-676. Turner, B (1992), Regulating Bodies, London, Routledge.:
Secundária
- Antunes, R. e Correia, T. (2009), “Sociologia da saúde em Portugal. Contextos, temas e protagonistas”, Sociologia, Problemas e Práticas, nº 61, pp. 101-125. Bernardo, L; Silva, M; Correia, T. (2014). “A saúde pública como investimento social”, em RM Carmo e A Barata (orgs.), Estado Social, de Todos para Todos. Lisboa: Tinta da China. Bunton R., Nettleton S. e Burrows R. (Eds.) (20055), The Sociology of Health Promotion. Critical Analyses of Consumption, Lifestyle and Risk, London, Routledge. Bury, Michael. (1997), Health and Illness in a Changing Society, London, Routledge. Cant S. & Sharma U. (1999), A New Medical Pluralism?, London, Routledge. Carapinheiro, G. (1993), Saberes e Poderes no Hospital. Porto: Afrontamento. Carapinheiro, G (2005) “Do bio-poder ao poder médico”. Estudos do Século XX, 5: 383-398. Carapinheiro, G. (2011), “Equidade, Cidadania e Saúde. Apontamentos para uma Reflexão Sociológica”, Alicerces, nº 3, pp. 57-64. Carapinheiro. G. (org.) (2006) Sociologia da Saúde: Estudos e Perspectivas, Coimbra, Pé-de-Página, Cockerham, W. C. (2005). “Health Lifestyle Theory and the Convergence of Agency and Structure”. Journal of Health and Social Behavior, 46(1), 51-67. Correia, T. (2009). “A reconceptualização dos modos de produção de saúde no contexto da reforma hospitalar portuguesa”. Revista Crítica de Ciências Sociais. 85, 83-103. Correia, T., Carapinheiro, G. & Helena Serra (2015). “The State and Medicine in the Governance of Health Care in Portugal”. In T Carvalho e R Santiago (eds.) Professionalism, Managerialism and Reform in Higher Education and the Health Services. The European Welfare State and the Rise of the Knowledge Society, Basingstoke, Hampshire: Palgrave Macmillan, pp. 151-171. Ferreira, VS (2013), “Resgates sociológicos do corpo: esboço de um percurso conceptual”, Análise Social Vol. XLVIII, 208, pp.494-528. Foucault, M (1974), "La naissance de la médecine sociale”. In Dits et Écrits, Paris: Gallimard (versão traduzida em Roberto Machado, ponto 5 "O nascimento da medicina social”, pp. 46-57) Foucault M. (1977), O Nascimento da Clínica, Rio de Janeiro, Forense-Universitária (tradução do original Naissance de la Clinique, 1963). Fox, N (1993), Postmodernism, Sociology and Health. Bristol: Open University Press. Gabe J., Kelleher D. & Williams G. (eds.) (1994), Challenging Medicine, London, Routledge. Illich I. (1976), A Expropriação da Saúde. Nêmesis da Medicina, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira (tradução do original de 1975). Kleinman. (1980), Patients and Healers in the Context of Culture, Berkeley, California University Press. Lopes, Noémia et al (2010), Medicamentos e Pluralismo Terapêutico. Práticas e Lógicas em Mudança, Porto, Edições Afrontamento. Lupton D. (1994), Medicine as Culture. Illness, disease and the body in western societies, London, Sage Publications. Nettleton, S & Watson, J (1998), “The body in everyday life: an introduction”. In The body in everyday life. London, Routledge: 1-24. Nunes, J.A. (2006), “A pesquisa em saúde nas ciências sociais e humanas: Tendências contemporâneas”, Oficinas do CES. Pegado, E. (2020), “Medicinas Complementares e Alternativas: uma reflexão sobre definições, designações e demarcações sociais”, Sociologia, Problemas e Práticas, nº 93, pp. 71-88. Pegado, E. (2022), “A saúde é um direito: Conquistas inacabadas e desafios para o futuro”, in Carmo, R M., Tavares, I. & Cândido, A.F. (orgs.), Que Futuro para a Igualdade? Pensar a Sociedade e o Pós-pandemia, Lisboa, Observatório das Desigualdades, CIES-Iscte, pp. 43-58. Petersen A. e Lupton D. (1996), The New Public Health. Health and Self in the Age of Risk, London, Sage Publications. Turner, B.S.. (1987), "Medical Sociology" in: Medical Power and Social Knowledge, London, Sage Publications, pp.1-17. Williams G and Popay J (1994) "Lay knowledge and the privilege of experience" In Gabe J; Kelleher D and Williams, G (eds.) Challenging Medicine. London: Routledge, pp. 118-139. Nota: Poderão ser recomendadas outras referências bibliográficas complementares, para suporte aos trabalhos dos/as estudantes. Note: Other complementary bibliographical references may be recommended to support the students' work.: