Currículo
Epistemologia e Fundamentos do Pensamento Crítico L5213
Contextos
Groupo: PSIC - 2009 > 1º Ciclo > Unidades Curriculares Obrigatórias
ECTS
6.0 (para cálculo da média)
Objectivos
O aluno que complete com sucesso esta Unidade Curricular será capaz de: OA1. Descrever e contrastar teorias sobre a natureza do conhecimento científico e a forma como este é construído, apontando as potencialidades e limites de cada uma, bem como situando-as no tempo. OA2. Desenvolver uma visão crítica da actividade científica e dos problemas que emergem dos encontros entre o conhecimento científico e outras formas de conhecimento, bem como dos tipos de diálogos possíveis entre eles. OA3. Utilizar os fundamentos do pensamento crítico e noções epistemológicas para reconhecer e analisar algumas das controvérsias entre abordagens diferentes da psicologia, identificando as suas premissas e tomando posição. OA4. Considerar reflexivamente o uso do conhecimento científico na pesquisa em psicologia e na prática profissional dos psicólogos. OA5. Reconhecer os diversos tipos de argumentos, e desenvolver um raciocínio argumentativo de forma estruturada e apropriada à natureza do tema.
Programa
CP1. Introdução. A diversidade de formas e tipos de conhecimento; conhecimento comum, artístico, científico, filosófico; noções de ontologia, epistemologia e metodologia. Limites do conhecimento científico e reflexividade. CP2. O conhecimento científico: uma abordagem histórica. As propostas do séc. XVII. Principais debates sobre ciência no séc. XX. O Positivismo. Gaston Bachelard e o 'novo espírito científico'. Popper e a questão da demarcação. Kuhn e o ciclo de construção da ciência. Rorty e a hermenêutica. CP3. Impactos dos debates do século XX na Psicologia. A diversidade dos pressupostos epistemológicos em psicologia: as diferentes abordagens da psicologia actual e as suas consequências. Tipos de diálogo entre abordagens diferentes e entre conhecimentos diferentes. CP4. Pensamento crítico e argumentação. Argumentos verdadeiros e argumentos razoáveis. Persuasão, verdade e lógica; argumentação e justificação. Tipos de argumentos e a boa argumentação no quotidiano.
Método de Avaliação
Os alunos podem fazer esta disciplina em avaliação ao longo do ano ou em avaliação por exame . Para serem admitidos a avaliação ao longo do ano deverão realizar: 1. uma apresentação de grupo (20%) 2. um trabalho de grupo (20%) 3. um teste (60%). Ficam aprovados na avaliação ao longo do ano os alunos que, tendo em todas as avaliações notas superiores a 8.5, obtenham média final igual ou superior a 9.5 valores. Os alunos que não obtenham aprovação na avaliação ao longo do ano podem realizar avaliação por exame, mas as notas da primeira não serão consideradas.
Carga Horária
Carga Horária de Contacto -
Trabalho Autónomo - 113.0
Carga Total -
Bibliografia
Principal
- Bowell, T. E Kemp, G. (2005). Critical thinking – A concise guide. London: Routledge. Eemeren, F. V., Grootendorst, R., & Henkemans, F. S. (2002). Argumentation: Analysis. Evaluation, Presentation. London: Lawrence Erlbaum Associates. Kuhn, T.S. (1962/70). The structure of scientific revolutions (2nd ed.). Chicago: University of Chicago Press Popper, K. (1962/78). Conjectures and refutations. London: Routledge & Kegan Paul. Soares, M. L. C. (2004). O que é o conhecimento – Introdução à epistemologia. Lisboa: Campo das Letras Rorty, R. (1979). Philosophy and the mirror of nature. Princeton: Princeton University press Tweney, R.D., Doherty, M.E. & Mynatt C.R. (1980) (Eds). On Scientific Thinking. New York: Columbia University Press:
Secundária
- Álvaro, J.L., & Garrido, A. (2006). Psicologia social. Perspectivas psicológicas e sociológicas. São Paulo: McGraw Hill. Bachelard, Gaston (2006). A epistemologia. Lisboa: Edições 70. Bruner, J. (1991). The narrative construction of reality. Social Inquiry, 18, 1-21. Bruner, J. (2000). Making stories: law, literature, life. Cambridge, Mass.: Harvard University Press. Castro, P. (1995). Contributos para uma comparação crítica de três tradições em Psicologia Social: atitudes, representações sociais e cognição social. Psicologia, X, 155-174. Castro, P. (2003). O espaço conceptual da psicologia social. In Natureza, ciência e retórica na construção social da ideia de ambiente (pp. 15-21). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Fuller, S. (1997). Confessions of a recovering kuhnian. In Obituary – Thomas S. Kuhn. Social Studies of Science, 27, 492-494. Gergen, K.J. (1994). The limits of pure critique. In H.W. Simmons & M. Billig (Eds.) After Postmodernism: reconstructing ideology critique (pp. 58-78). London: Sage Publications. Harré, R. (1997). The man who finished of authority. In Obituary – Thomas S. Kuhn. Social Studies of Science, 27, 484-486. Holtz, P. (2016). How Popper’s ‘Three Worlds Theory’ Resembles Moscovici’s ‘Social Representations Theory’ But Why Moscovici’s Social Psychology of Science Still Differs From Popper’s Critical Approach. Papers on Social Representations, 25, 13.1-13.24. Jovchelovitch, S. (2004). Psicologia social, saber, comunidade e cultura. Psicologia & Sociedade, 16, 20-31. Jovchelovitch, S. (2006). Knowledge in context: representations, community and culture. London: Routledge. Kuhn, T.S. (2003). On scientific paradigms. In M. Gergen & K. Gergen (Eds). Social construction: a reader. London: Sage publications. Newton, I. (1687). The rules of hypothesising. In R.D. Tweney, M.E. Doherty, & C.R. Mynatt (Eds.). On Scientific Thinking (1980). New York: Columbia University Press. Meltzoff, J. (1998). Critical thinking about research: psychology and related Fields. Washington, DC: American Psychological Association. Marková, I. (2003). Dialogicality and social representations – the dynamics of mind. Cambridge : Cambridge University Press. Patterson, M.E., & Williams, D.R. (2005). Maintaining research traditions on place: diversity of thought and scientific progress. Journal of Environmental Psychology, 25, 361-380. Perelman, C. (1977/93). O império retórico: retórica e argumentação. Lisboa: Edições Asa. Pinch, T.J. (1997). Kuhn – The conservative and radical interpretations: are some Mertonians ‘Kuhnians’ and some Kuhnians ‘Mertonians’? Social Studies of Science, 27, 465-482. Rijsman, J., & Stroebe, W. (1989). The two social psychologies or whatever happened to the crisis?. European Journal of Social Psychology, 19, 339-344. Rizzoli, V., Castro, P., Tuzzi, A., & Contarello, A. (2019). Probing the history of social psychology, exploring diversity and views of the social: Publication trends in the EJSP from 1971 to 2016. European Journal of Social Psychology, 49(4), 671-687. Wallerstein, I., Juma, C., Keller, E.F., Kocka, J., Lecourt, D., Mudimbe, V, et al. (1996). Para abrir as ciências sociais – relatório da Comissão Gulbenkian sobre a reestruturação das ciências sociais. Lisboa: Publicações Europa-América.: