Currículo
Trans Géneros, Identidades e Corporalidades: Desafios Contemporâneos TGICDC
Contextos
Groupo: Estudos Interdisciplinares de Género e Sexualidade > Pós-Graduação de 2º Ciclo > Unidades Curriculares Obrigatórias
ECTS
6.0 (para cálculo da média)
Objectivos
No final desta unidade curricular, @s estudantes serão capazes de: OA1. Compreender os conceitos fundamentais no domínio dos movimentos e estudos trans OA2. Identificar processos e contextos de reconhecimento e discriminação de pessoas trans, não binárias e de género diverso OA3. Discutir factores de risco e protetores em saúde de pessoas trans, não binárias e de género diverso ao longo do ciclo de vida OA4. Identificar práticas de saúde trans e não binárias afirmativas OA5. Discutir e refletir criticamente sobre a corporalidade e a pessoa
Programa
CP1: Transgénero e diversidade de género na perspetiva das ciências sociais 1. Conceitos e teorias. Emergência do movimento e dos estudos trans 2. Discriminação das pessoas trans e não binárias numa perspetiva interseccional 3. Reconhecimento, direitos e políticas públicas CP2: Cidadania e experiências trans e não binarie 1. Performatividade de género e vivências no espectro de género. Debates e tensões 2. Saúde trans e não binarie 3. Necropolíticas trans e não binaries. Resistências e coletivos. Artivismos CP3: Biopolítica, ciborgues, pós e trans-humanismos. Desafiando os conceitos de corporalidade e pessoa 1 - A reinvenção da natureza, do género e da sexualidade: a partir de Donna Haraway 2 - Questões de pós-humanismo e transhumanismo, e trabalho sobre o corpo. Em torno do Projeto Excel de Chiara Pussetti 3 – Desafios biopolíticos. Intervenções no corpo, género e sexualidade: a partir de P. Preciado 4 - O transhumanismo, o género e a sexualidade: a partir de Abou Farman
Método de Avaliação
Nesta UC @s estudantes podem optar pela avaliação ao longo do semestre ou pela avaliação por exame. Avaliação ao longo do semestre: Em avaliação ao longo do semestre, espera-se que @s estudantes participem nas aulas, realizem, em grupo, uma apresentação oral e realizem um trabalho escrito individual após o final das aulas, em data a combinar na reunião de Conselho de Ano, coincidente com a data do exame final de 1ª época para quem se encontra nessa outra modalidade. A apresentação oral deve incidir sobre os temas abrangidos nos conteúdos programáticos elencados (CP1, CP2 ou CP3) e é apresentada na(s) última(s) semana(s) de aulas da UC. Os vários elementos de avaliação têm a seguinte ponderação na classificação final: Apresentação oral de grupo em sala de aula (40%). A avaliação do conteúdo da apresentação é de grupo (30%) e a performance oral é avaliada individualmente (10%) Trabalho individual escrito (60%) Avaliação por exame: A avaliação por exame ocorre durante o período de avaliações e incide sobre toda a matéria lecionada na unidade curricular. Trata-se de um exame escrito e pondera a 100% para a nota final. São admitid@s a esta modalidade de avaliação @s estudantes que por ela tenham optado e @s estudantes que não tenham obtido aprovação na modalidade de avaliação ao longo do semestre. O exame final escrito pondera a 100% para a nota final. Os elementos da avaliação têm a nota mínima de 10 valores. A equipa docente pode requerer avaliação por exame oral como complemento, sempre que se justifique (ex: caso de dúvida relativamente a plágio)
Carga Horária
Carga Horária de Contacto -
Trabalho Autónomo - 125.0
Carga Total -
Bibliografia
Principal
- APA (2015). Guidelines for psychological practice with transgender and gender nonconforming people. American Psychologist, 70:832–64 Haraway, D (1991). Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature. Routledge Moleiro, C, Alarcão V & Neves, LR (2022). Mapping transgender studies in Portugal: a systematic search and narrative review. Journal of Gender Studies, 32(7):655-670 Monro, S (2007). Transmuting gender binaries: The theoretical challenge, Sociological Research Online, 12(1):90-104 Preciado, P (2013). Testo Junkie: sex, drugs, and biopolitics in the pharmacopornographic era. The Feminist Press Saleiro, SP (2021). (Trans)gender recognition in Portugal: From a void to the right to gender self-determination. Portuguese Journal of Social Science, 20:153-170. Spade, D (2015). Normal life: administrative violence, critical trans politics and the limits of the law. Durham, NC: Duke University Press. Stryker, S & Whittle, S (2006). The Transgender Studies Reader. Routledge:
Secundária
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