Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
01984
Acrónimo :
01984
Ciclo :
2.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
-

Carga Horária / Course Load


Semestre :
1
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
20.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
21.0h/sem
Trabalho Autónomo :
129.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


História

Departamento / Department


Departamento de História

Ano letivo / Execution Year


2014/2015

Pré-requisitos / Pre-Requisites


-nenhum

Objetivos Gerais / Objectives


(a) aquisição de conhecimentos sobre a história da cultura portuguesa, entre a década de 30 do séc. XIX e a década de 40 do séc. XX; (b) contacto com os autores e obras mais importantes da cultura contemporânea portuguesa; (c) compreensão da evolução da cultura contemporânea portuguesa, das suas ruturas e continuidades mais marcantes, nos diferentes contextos sociais e políticos, nacionais e internacionais.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


-Esta disciplina pretende introduzir o aluno na vida intelectual e cultural portuguesa, desde a emergência do movimento romântico protagonizado pela geração liberal de Garrett e Herculano, até à segunda guerra mundial.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


Introdução Sociedade, cultura e política no Portugal contemporâneo 1. O romantismo: cultura e política 1.1. O proselitismo dos intelectuais liberais 1.2. História, cultura popular e património cultural 2. A cultura positivista: o poder dos sábios 2.1. O programa de "renovação mental e moral necessária às transformações políticas e sociais" 2.2. História, pedagogia, revolução democrática e culto dos grandes homens 3. Novas correntes culturais e políticas (c.1870-c.1920) 3.1. A Geração de 70:o projecto da "geração nova" 3.2. 0 nacionalismo literário e cultural do fim de século 3.3. A Renascença Portuguesa 3.4. O Integralismo Lusitano 3.5. A Geração do Orpheu 3.6. António Sérgio e o grupo da Seara Nova 4. As décadas de 30 e 40: obstáculos e desafios 4.1. A "Presença", a arte como "finalidade sem fim" 4.2. Os neo-realistas, em defesa dos deserdados 4.3. Os surrealistas, "uma nova mentalidade estética" 4.4. Os intelectuais e o Estado Novo

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


Esta UC tem com objetivo permitir aos alunos conhecer e compreender a evolução da cultura portuguesa desde a afirmação do estado liberal, com a emergência do romantismo, até aos anos 40 do século XX. Para a concretização deste objetivo estruturaram-se os conteúdos programáticos por ordem cronológica, em torno dos autores mais emblemáticos e das escolas e correntes culturais que mais marcaram a história contemporânea de Portugal. Para a compreensão das dinâmicas culturais portuguesas far-se-á a articulação com os debates e questões culturais e políticas travados nos países europeus mais próximos de nós, ao longo do período considerado.

Avaliação / Assessment


A avaliação periódica é constituída por três elementos: (1) Assiduidade e participação nas aulas (10%); (2) Trabalho individual (50%); (3) Apresentação oral (40%). Em alternativa, o aluno realiza um exame final correspondente a um nível de conhecimentos semelhante ao exigido na avaliação periódica.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


As aulas serão teóricas e teórico-práticas. Nas primeiras, o docente exporá os conteúdos programáticos, convidando, porém, os alunos para intervirem com questões e comentários. Nas segundas, os alunos apresentarão os seus trabalhos. Estes destinam-se a consolidar os conhecimentos adquiridos nas aulas e a desenvolver um pequeno projecto que lhes permita contactar com algumas fontes e treinar a análise e crítica de fontes, essencial no conhecimento histórico.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


As aulas teóricas permitem ao aluno adquirir os conhecimentos básicos integrantes dos conteúdos programáticos. Nos trabalhos individuais, os alunos têm oportunidade de aprofundar pontos específicos do programa, socorrendo-se de fontes e bibliografia aconselhadas pelo docente. A exposição oral dos trabalhos, nas aulas teórico-práticas, permite estimular a reflexão e o debate colectivos em torno dos temas escolhidos pelos alunos.

Observações / Observations


-

Bibliografia Principal / Main Bibliography


REAL, Miguel, O Pensamento Português Contemporâneo 1890-2010, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2011 RAMOS, Rui, "Os dissidentes", "A traição dos intelectuais", "Os inadaptados" in J. Mattoso (dir.), História de Portugal, Vol. VI, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994, pp. 55-62, 529-565, 615-665 PINA, Ana Maria, A Quimera do Ouro. Os Intelectuais Portugueses e o Liberalismo, Oeiras, Celta Editora, 2003 MATOS, Sérgio Campos, Consciência Histórica e Nacionalismo, Lisboa, Livros Horizonte, 2008 LOURENÇO, Eduardo, O Labirinto da Saudade, Lisboa, Gradiva, 2000 [1975] HOMEM, Amadeu Carvalho, Do Romantismo ao Realismo. Temas de Cultura Portuguesa (séc. XIX), Porto, Fundação Engenheiro António de Almeida, 2005 CATROGA, Fernando e CARVALHO, Paulo Archer de, Sociedade e Cultura Portuguesas II, Lisboa, Universidade Aberta, 1996 BUESCU, Helena (coord.), Dicionário do Romantismo Literário Português, Lisboa, Caminho, 1997

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


  CORREIA, Natália, O Surrealismo na Poesia Portuguesa, Mem-Martins, Europa-América, 1973 VASCONCELOS, Mário Cesariny de, A Intervenção Surrealista, Lisboa, Ulisseia, 1966 FRANÇA, José Augusto, A Arte em Portugal no Século XX (1911-1961), 3ª ed., Venda Nova, Bertrand, 1991 Surrealismo Vértice, Lisboa, Caminho, 1996, nº75 Vértice, Lisboa, Caminho, 1989, nº21 VALE, António (pseudónimo atribuído a Álvaro Cunhal), ?Cinco notas sobre forma e conteúdo?, Nova Renascença, 1992, nº 45-47, pp.511-528 MADEIRA, João, Os Engenheiros de Almas: o Partido Comunista e os Intelectuais, Lisboa, Estampa, 1996 (Terceira Parte, cap. IV, pp.277-314) LOURENÇO, Eduardo, Sentido e Forma da Poesia Neo-realista, Lisboa, Ulisseia, 1968 REIS, Carlos, O Discurso Ideológico do Neo-realismo Português, Coimbra, Almedina, 1983 REIS, Carlos (org.), Textos Teóricos do Neo-realismo Português, Lisboa, Comunicação, 1981 Neo-realismo SIMÕES, João Gaspar, ?Como nasceu e morreu a ?Presença? in José Régio e a História do Movimento da ?Presença?, Porto Brasília Editora, 1977, pp.141-205 SENA, Jorge de, Régio, Casais, a ?Presença? e outros afins, Porto, Brasília, 1977 (Cap. II, pp. 59-80) LOURENÇO, Eduardo, Cultura e Política na Época Marcelista (entrevista de Mário Mesquita), Lisboa, Cosmos, 1996 LOURENÇO, Eduardo, ?Sobre Régio? [1973], in O Canto do Signo ? Existência e Literatura (1957-1993), Lisboa, Editorial Presença, 1993, pp.136-149 LISBOA, Eugénio, O Segundo Modernismo em Portugal, 2ª ed., Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa, 1984 (Cap.II, pp.27-61 e Cap.III, pp.63-75) GUIMARÃES, Fernando, Ob. Cit., (pp. 5-60, 99-115, 137-164) Presença 4. A cultura em Portugal nas décadas de vinte, trinta e quarenta LOPES, Fernando Farelo, ?O liberalismo decadente da Seara Nova (algumas hipóteses) in O Fascismo em Portugal, Lisboa, A Regra do Jogo, 1982, pp.141-165 CARDIA, M. Sottomayor, ?Para a compreensão do ideário do primeiro grupo seareiro? in Seara Nova ? Antologia, Lisboa, 1971, Vol. I, pp.13-84 CABRAL, Manuel Villaverde, ?The Seara Nova group and the ambiguities of portuguese liberal elitism?, Portuguese Studies (London), IV,1988, pp.181-195 Seara Nova FREIRE, João, Anarquistas e Operários, Porto, Afrontamento, 1992 FONSECA, Carlos da, Para uma Análise do Movimento Libertário e da sua História, Lisboa, Antígona, 1988 Movimento anarquista QUADROS, António, O Primeiro Modernismo Português. Vanguarda e Tradição, Lisboa, Europa-América, 1989 NEVES, João Alves das, O Movimento Futurista em Portugal, 2ª ed.,1987 JÚDICE, Nuno, ?O Futurismo em Portugal? in Portugal Futurista, 2ª edição facsimilada, Lisboa, Contexto Editora, 1982, pp.VII-XVII GERSÃO, Teolinda, ?Para o estudo do futurismo literário em Portugal? in Portugal Futurista, 2ª edição facsimilada, Lisboa, Contexto Editora, 1982, pp.XXI-XXXIX Geração do Orpheu CARVALHO, P. Archer de, ?Memória mítica da nação ? o caso do Integralismo Lusitano?, Vértice, nº 61, 1994, pp. 51-66 Integralismo Lusitano SAMUEL, Paulo, A Renascença Portuguesa ? Um Perfil Documental, Porto, Fundação Eng.º António de Almeida, 1990 (contém manifestos, registos históricos, textos de polémicas e índices das revistas do movimento) SANTOS, A. Ribeiro dos, A Renascença Portuguesa ? um Movimento Cultural Portuense, Porto, Fundação Eng.º António de Almeida, 1990 PEREIRA, José Carlos Seabra, ?Tempo neo-romântico?, Análise Social, nº77-78-79, 1983, pp.845-873 Nova Renascença, nº especial da revista, dedicado ao 75º aniversário da Renascença Portuguesa, Porto, 1987, nº27-28 FRANÇA, José Augusto, Os Anos Vinte em Portugal, Estudo de Factos Sócio-culturais, Lisboa, Presença, 1992 (III parte, cap. VII, pp.417-446) Renascença Portuguesa Nova Renascença, nº especial da revista, dedicado ao simbolismo, Porto, 1989-1990, nº35-38 GUIMARÃES, Fernando, Poética do Simbolismo, Lisboa, Presença, 1988 GUIMARÃES, Fernando, ?Simbolismo: a procura da originalidade?; in Simbolismo, Modernismo e Vanguardas, 2ª ed., Porto, Lello e Irmão, 1992 DUARTE, Isabel Margarida, SILVA, Augusto Santos, ?A. Nobre, problemas de uma aproximação cultural?, Colóquio /Letras, 64, 1981, pp. 31-40 DIAS, Augusto da Costa, A Crise da Consciência Pequeno-Burguesa ? o Nacionalismo Literário da Geração de 90, Lisboa, Editorial Estampa, 1977, 3ª ed. Geração de 90 SARAIVA, António José, A Tertúlia Ocidental. Estudos sobre Antero de Quental, Oliveira Martins, Eça de Queirós e Outros, Lisboa, Gradiva, 1990 RAMOS, Rui ?Os intelectuais no estado liberal? in Benedicta Mª Duque Vieira (org.), Grupos Sociais e Estratificação Social em Portugal no Século XIX, Lisboa, CEHCP, 2004, pp.107-134 PIRES, A. Machado, A Ideia de Decadência na Geração de 70, Lisboa, Vega, 1992 (Parte I, Cap. 2 e 3, pp. 91-128) PINA, Ana Maria, ?Geração de 70 e Geração de 98: ?sociedade? versus ?comunidade??, in Serrão, J.V.; Pinheiro, Magda de Avelar; Ferreira, Maria de Fátima Sá e Melo (orgs.), Desenvolvimento Económico e Social. Portugal nos últimos dois séculos. Homenagem a Miriam Halpern Pereira, Lisboa, ICS. Imprensa de Ciências Sociais, 2009, pp.613-626 PINA, Ana Maria, ?O ?Pão? e a ?Alma? na política liberal?, Ler História, 2002, nº 43, pp.141-156 MAURÍCIO, Carlos, A Invenção de Oliveira Martins. Política, Historiografia e Identidade Nacional no Portugal Contemporâneo (1867-1960), Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 2005 MACHADO, Álvaro Manuel, ?A Geração de 70: uma literatura de exílio? in O Século XIX em Portugal, colóquio organizado pelo GIS, Lisboa, Editorial Presença/GIS, s.d., pp.413-426 MACHADO, Álvaro Manuel, A Geração de 70 - uma Revolução Cultural e Literária, Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa, 1977 CATROGA, Fernando, ?Os caminhos polémicos da ?Geração Nova?? in J. Mattoso (dir.), História de Portugal, Vol. V, Lisboa, Círculo de Leitores, 1993, pp. 569-573 CABRITA, Maria João, A Ideia de Justiça em Antero de Quental, Lisboa, Ímanedições, 2002 (Cap. I, pp. 35-87) Geração de 70 3. Novas correntes culturais e políticas (c.1870-c.1920) VAZ, Maria João, Crime e Sociedade. Portugal na Segunda Metade do Século XIX, Oeiras, Celta, 1998, pp.31-44 e 63-75 VAQUINHAS, Irene Maria, ?O conceito de ?decadência fisiológica da raça? e o desenvolvimento do desporto em Portugal (finais do século XIX/ princípios do século XX)?, Revista de História das Ideias, Vol. 14, 1992, pp. 365-387 PINA, Ana Maria, ?Criminosos, crianças e selvagens. A maldade humana na cultura portuguesa, no ocaso do século XIX?, Ler História, 2007, 53, pp.113-134 PEREIRA, Ana Leonor, Darwin em Portugal. Filosofia, História, Engenharia Social (1865-1914), Coimbra, Almedina, 2001 MATOS, Sérgio Campos, Historiografia e Memória Nacional no Portugal do Séc. XIX (1846-1898), Lisboa, Ed. Colibri, 1998 (Parte IV) HOMEM, Amadeu carvalho, ?O positivismo perante as propostas marxistas e demoliberal?, Análise Social, 2001, nª 158-159 CATROGA, Fernando, ?Cientismo, política e anticlericalismo? in J. Mattoso (dir.) História de Portugal, Vol. V, Lisboa, Círculo de Leitores, 1993, pp. 583-593 CATROGA, Fernando, ?Os inícios do positivismo em Portugal? in Revista de História das Ideias, Vol. I, 1977, pp. 287-394 2. A cultura positivista PEREIRA, José Esteves, ?Almeida Garrett: Liberalismo e Romantismo? in Garrett às Portas do Milénio, Lisboa, Edições Colibri, 2001, pp.155-168 FERREIRA, Fátima Sá e Melo, ?Povo-povos?, Ler História, 2008, nº 55, pp.141-154 CATROGA, Fernando, ?Romantismo, literatura e história? in J. Mattoso (dir.), História de Portugal, Vol. V, Lisboa, Círculo de Leitores, 1993, pp.545-562 CATROGA, Fernando, ?Alexandre Herculano e o Historicismo romântico? in L.R. Torgal, J.A. Mendes e F. Catroga (org.), História da História em Portugal, Sécs. XIX e XX, Lisboa, Círculo de Leitores, 1996, pp. 39-86 1.O romantismo: cultura e política

Data da última atualização / Last Update Date


2024-02-16