Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
03426
Acrónimo :
03426
Ciclo :
2.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
Espanhol, Inglês, Francês, Português

Carga Horária / Course Load


Semestre :
2
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
20.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
8.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
2.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
30.0h/sem
Trabalho Autónomo :
120.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Ciência Política

Departamento / Department


Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas

Ano letivo / Execution Year


2023/2024

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Não aplicável

Objetivos Gerais / Objectives


O estudo da Opinião Pública estabelece uma parceria natural entre as áreas científicas da comunicação e da política, e constitui uma preocupação central no estudo dos processos democráticos. Esta Unidade Curricular (UC) visa preparar profissionais de áreas diversas, teórica e empiricamente, para lidar com os principais temas desta disciplina. De entre estes, a UC foca temas como: o que é e que fatores influenciam a formação da opinião pública; a realização e interpretação de sondagens; a importância/validade da opinião pública na tomada de decisões políticas; e o impacto da opinião pública em democracia, nomeadamente em termos de representação e responsividade políticas;

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


No final da UC o estudante deverá ser capaz de: OA1 | Discutir os principais contributos teóricos no domínio da opinião pública OA2 | Identificar os principais fatores da formação da opinião pública OA3 | Compreender o papel dos media na formação e mudança da opinião pública OA4 | Analisar criticamente os parâmetros técnicos de uma sondagem OA5 | Analisar criticamente a interpretação de sondagens divulgadas pelos media ou outros meios OA6 | Identificar as principais tendências da opinião pública em relação a questões políticas de relevo nas sociedades ocidentais em geral, e em Portugal em particular OA7 | Ter uma perspetiva crítica sobre a validade da opinião pública para tomar decisões em política OA8 | Compreender as consequências da opinião pública em democracia, em especial em termos de representação e responsividade

Conteúdos Programáticos / Syllabus


O programa estrutura-se nos seguintes conteúdos programáticos: CP1 | Conceito e teorias da opinião pública CP2 | Bases cognitivas da opinião pública: formação de impressões, formação e mudança de atitudes, atribuição de causalidade CP3 | Fatores psicossociológicos da opinião pública: representações sociais; influência social, efeitos de grupo, desejabilidade social, espiral do silêncio CP4 | Media e opinião pública: informação, persuasão, efeitos cognitivos CP5 | Sondagens de opinião: amostragem, representatividade e interpretação de resultados CP6| Dados e tendências sobre a opinião pública atual CP7 | Importância e consequências da opinião pública na representação e na responsividade política

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


Os conteúdos programáticos encontram-se articulados com os objetivos da UC da seguinte forma: OA1 | CP1 OA2 | CP2 e CP3 OA3 | CP4 OA4 | CP5 OA5 | CP5 OA6 | CP6 OA7 | CP7 OA8 | CP7

Avaliação / Assessment


1) Assiduidade igual ou superior a 70% e participação nas discussões e exercícios práticos a realizar nas sessões (20%) 2) Apresentação e discussão de um artigo científico sobre um tópico relevante do programa (30%) 3) Trabalho escrito individual, de aproximadamente 10 páginas (Times New Roman 12, espaço 1,5 entre linhas) sobre qualquer dos temas abordados na UC, nos termos a determinar em sala (50%). Avaliação por exame final: prova escrita (100%). Ficam aprovados os alunos que tenham notas finais superiores a 9,5 valores.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


Na UC existem dois tipos de aulas: Teórico-práticas - consistem na apresentação dos conceitos, perspectivas teóricas e empíricas, e dados técnicas de forma expositiva alternada com breves exercícios e debates. Práticas - centradas nos discentes e na apresentação e discussão de artigos científicos em sala, sobre temas relevantes da UC. As aulas privilegiam a componente prática e a análise crítica, cruzada com uma indispensável introdução teórica.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


A metodologia adotada não só contribuirá para o desenvolvimento da capacidade de análise crítica como também permitirá um enriquecimento geral do conhecimento mediante os contributos específicos de cada participante. As três componentes da aula - exposição teórica, participação e apresentação oral e trabalho escrito - proporcionam as condições necessárias para uma participação ativa dos alunos, para a apreensão de novos conhecimentos, assim como para o desenvolvimento da sua capacidade analítica e visão crítica (especialmente mediante a participação ativa em sala e a redação do trabalho escrito).

Observações / Observations


Nenhuma.

Bibliografia Principal / Main Bibliography


ASHER, Herbert (2016), Polling and the Public. What Every Citizen Should Know, 9ª ed., Washington: Congressional Quarterly. BARTELS, Larry (2016), Unequal Democracy, 2ª ed., Princeton e Oxford: PUP. BETHLEHEM, Jelke (2018), Understanding Public Opinion Polls, Boca Raton, CRC Press. CLAWSON, Rosalee A., e Zoe M. OXLEY (2016), Public Opinion: Democratic Ideals, Democratic Practice, 2nd Edition. Washington: CQ Press. DALTON, Russell J. (2019), Citizen Politics: Public Opinion and Political Parties in Advanced Industrial Democracies, 7ª ed., Washington, D.C.: CQ Press. GLYNN, Carol; Herbst, Susan; Lindeman, Mark; O'Keefe, Garrett, e Shapiro, Robert (2016), Public Opinion, 3ª ed., Oxford: Westview Press. MAGALHÃES, Pedro (2011), Sondagens, Eleições e Opinião Pública, Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos. ZALLER, John (1992), The Nature and Origins of Mass Opinion, Cambridge, CUP.

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


ACHEN, Christopher H. e Larry M. BARTELS (2017), Democracy for realists: Why elections do not produce responsive government, Princeton e Oxford, Princeton University Press. ALTHAUS, Scott L. (2006), ?False starts, dead ends, and new opportunities in public opinion research?, Critical Review, 18 (1-3), pp.75-104. ALTHAUS, Scott L. (2003), Collective Preferences in Democratic Politics. Opinion Surveys and the Will of the People, Cambridge, Cambridge University Press. BARBER, Benjamim (1984), Strong Democracy. Participation Politics for a New Age, Barkeley e Londres, University of California Press. BARTELS, L. (2015), ?The social welfare deficit: Public opinion, policy responsiveness, and political inequality in affluent democracies?, paper apresentado na 22ª International Conference of Europeanists; 8-10 Julho, Paris, França. BARTELS, Larry M. (1993), "Messages Received: The Political Impact of Media Exposure", American Political Science Review, 87(2), pp.267-285. BERINSKY, A. (2019), New Directions in Public Opinion, 3ª ed., Nova Iorque e Londres: Routledge. BISHOP, George F. e Stephen T. MOCKABEE (2011), Taking the pulse of public opinion: Leading and Misleading indicators of the state and the nation, Nova Iorque: Springer. BISHOP, George F. (2004), The illusion of public opinion: Fact and artifact in American public opinion polls, Rowman & Littlefield Publishers, Oxford. DE VREESE, C., e BOOMGAARDEN, H. (2006), ?Media Effects on Public Opinion about the Enlargement of the European Union?, Journal of Common Market Studies, 44(2), pp.419-436. ENNS, P., e C. Wlezien (eds.) (2011), Who Gets Represented? Nova Iorque, Russell Sage Foundation. ERIKSON, Robert S., e Kent L. TEDIN (2015), American Public Opinion, 9ª. ed., Nova Iorque: Routlegde. ERIKSON, Robert S, MACKUEN, Michael B., e STIMSON, James A. (2002), The Macro Policy, Cambridge, Cambridge University Press. FOURNIER, Patrick et al. (2011), When Citizens Decide: Lessons from Citizens' Assemblies on Electoral Reform, Oxford, Oxford University Press. GILENS, Martin (2005), ?Inequality and Democratic Responsiveness?, Public Opinion Quarterly, 69(5), pp.778-796. GIGER, N., J. ROSSET, e J. Bernauer (2012), ?The poor political representation of the poor in a comparative perspective?, Representation, 48(1): 47-61. HOULE, Christian (2018), ?Does economic inequality breed political inequality?? Democratization, 25(8): pp.1500-1518. IYENGAR, Shanto (2016), Media Politics: A Citizen?s Guide, 3ª ed., Nova Iorque, W.W. Norton & Company. JACOBS, Lawrence R., e Robert Y. SHAPIRO (2000), Politicians Don?t Pander: Political Manipulation and the Loss of Democratic Responsiveness, Chicago, University of Chicago Press. KELLY, Nathan J., e Peter K. ENNS (2010), "Inequality and the Dynamics of Public Opinion: The Self-Reinforcing Link Between Economic Inequality and Mass Preferences", American Journal of Political Science, vol. 54, nº.4, pp.855-870. HIBBING, John, e Elizabeth THEISS-MORSE (2002), Stealth Democracy: Americans? Beliefs about How Government Should Work, Nova Iorque, Cambridge University Press. HOPPMAN, D. (2012), ?The consequences of political disagreement in interpersonal communication: New insights from a comparative perspective?, European Journal of Political Research, 51(2), pp.265-287. LAVRAKAS, Paul J. e Michael W. TRAUGOTT (eds.) (2000), Election Polls, the News Media, and Democracy, New York, Chatham House. LEEPER, Thomas, e Rune SLOTHUUS (2014), "Political parties, motivated reasoning, and public opinion formation", Advances in Political Psychology, 35, Suplem. 1, pp.129-156. LEWIS, Justin (2001), Constructing Public Opinion, Nova Iorque, Columbia University Press. LEWIS-BECK, Michael; William G. JACOBY, Helmut NORPOTH, e Herbert WEISBERG (2008), The American Voter Revisited, Ann Arbor, The University of Michigan Press. McCOMBS, Maxwell (2014), Setting the Agenda: Mass Media and Public Opinion, 2ª ed., Cambridge: Polity Press. MUTZ, Diana (1998), Impersonal Influence, Cambridge: CUP. NOELLE-NEUMANN, Elisabeth (1977), "Turbulences in the Climate of Opinion: Methodological Applications of the Spiral of Silence", The Public Opinion Quarterly, 41(2), pp.143-158. MOON, Nick (1999), Opinion Polls, Manchester, Manchester University Press. NOELLE-NEUMANN, Elisabeth (1993), The Spiral of Silence, Chicago: Chicago University Press. NORRANDER, Barbara e Clyde WILCOX (2010), Understanding Public Opinion, Washington, CQ Press. NORRIS, Pippa (1999), Critical Citizens, Oxford, OUP. PAGE, Benjamin I. (2007), "Is public opinion an illusion?", Critical Review, 19(1), pp.35-45. PAGE, Benjamin e Robert SHAPIRO (1992), The Rational Public, Chicago, University of Chicago Press. PETERS, Y., e J. ENSINK (2015), ?Differential responsiveness in Europe: The effects of preference difference and electoral participation?, West European Politics, 38(3): pp.577-600. PRICE, Vicent (2011), "Public opinion research in the new century", Public Opinion Research, 78(5), pp.846-853. ROSSET, J., N. GIGER, e J. BERNAUER (2013), ?More money, fewer problems? Cross-level effects of economic deprivation on political representation?, West European Politics, 36(4): pp.817?835. SCHEUFELE, D. A. (2000), ?Agenda setting, priming and framing revisited: Another look at cognitive effects of political communication?, Mass Communication and Society, 3 (2&3): pp.297-316. SCHEUFELE, D., e P. MOY (2000), ?Twenty-five years of the spiral of silence: A conceptual review and empirical outlook?, International Journal of Public Opinion Research, 12(1): pp.3-28. SCHEUFELE, D. A., e D. TEWKSBURY (2007), ?Framing, agenda setting, and priming: The evolution of three media effects models?, Journal of Communication, 57(1); pp.9-20. SNIDERMAN, Paul, Richard BRODY, e Philip TETLOCK (1991), Reasoning and Choice. Explorations in Political Psychology, Cambridge, Cambridge University Press. STIMSON, James A.; Michael B. MACKUEN, e Robert S. ERIKSON (1995), "Dynamic Representation", American Political Science Review, 83 (3), pp.543?65. SOROKA, Stuart e Christopher WLEZIEN (2010), Degrees of Democracy: Politics, Public Opinion and Policy, Cambridge, Cambridge University Press. SOROKA, S., et al. (2013), ?Auntie knows best? Public broadcasters and current affairs knowledge?, British Journal of Political Science, 43(4): pp.719-739. THOMSON, Robert, Terry ROYED, Elin NAURIN, Joaquín ARTÉS, Rory COSTELLO, Laurenz ENNSER-JEDENASTIK, Mark FERGUNSON, Petia KOSTADINOVA, Catherine MOURY, François PÉTRY, e Katrin PRAPROTNIK (2017), ?The fulfillment of parties? election pledges: A comparative study on the impact of power sharing.? American Journal of Political Science, 61(3), pp.527-542. URA, J. D. e C. R. Ellis (2008), ?Income, preferences, and the dynamics of policy responsiveness?, PS: Political Science & Politics, 41(4): pp.785?794. VERBA, S., N.H. Nie, e J. Kim (1978) Participation and Political Equality: A Seven-Nation Comparison. Cambridge, Cambridge University Press.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-02-16