Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
03434
Acrónimo :
03434
Ciclo :
3.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
Espanhol, Inglês, Francês, Português

Carga Horária / Course Load


Semestre :
1
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
0.0h/sem
Aula Prática e Laboratorial (PL) :
0.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
24.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
2.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
26.0h/sem
Trabalho Autónomo :
124.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Antropologia

Departamento / Department


Departamento de Antropologia

Ano letivo / Execution Year


2024/2025

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Não se aplica.

Objetivos Gerais / Objectives


O objetivo fundamental do seminário Teoria Antropológica é a criação de um espaço de caracterização e discussão de algumas das principais tendâncias e debates que caracterizam a antropologia contemporânea. O programa estrutura-se de acordo com seis módulos que propõem abordagens interligadas e complementares a alguns grandes tópicos da agenda da antropologia contemporânea. Num primeiro momento, serão apresentadas algumas das questões centrais da antropologia moderna. Num segundo é proposta uma abordagem a discussoões contemporâneas sobre cosmologias, agencialidade e modos de produção do social. Segue-se um bloco focado nas relações entre etnografia e antropologia, entre abordagem teórica e abordagem analítica e nos usos da comparação. No final do seminaário serão abordadas questões de natureza epistemológica relacionadas com processos de categorizção, a noção de evidência e produção de conhecimento em antropologia.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


OA1 - Formação avançada nos principais debates teóricos contemporâneos. OA2 - Desenvolvimento de competências teóricas e analíticas. OA3 - Capacitar para a elaboração de estados da arte. OA4 - Desenvolver espirito critico.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


1. A ANTROPOLOGIA HOJE. UM BALANÇO 2. COSMOLOGIAS, SUJEITOS, RELACIONAMENTOS. Modos de produção do social, Agencialidades, Alteridade e Ontologias. Etnografias do futuro. 3. EXPERIÊNCIA, TEORIA, ETNOGRAFIA, MÉTODO . Teoria, etnografia e metodologia. Abordagem teórica e abordagem analítica. 4. DOS TEMAS AOS PROBLEMAS Exploração da relação entre objetos e campos de estudo, e construções teóricas. Futuro, antropoceno, afetos. 5. TEORIA, ETNOGRAFIA, MÉTODO Método e teoria, ou a relação entre antropologia e etnografia. 6. ANÁLISE, COMPARAÇÃO, EVIDÊNCIA Categorias, classificações e suas implicações nas pessoas. A noção de evidência.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes


OA1 - Através da leitura e debate de textos recentes e o foco temático em abordagens e debates dos últimos 10 anos. OA2 - Através dos debates em contexto de aula (blocos 1 a 6 dos conteúdos programáticos) e dos exercícios de avaliação propostos. OA3 - Através dos debates em contexto de aula (blocos 1 a 6 dos conteúdos programáticos) e dos exercícios de avaliação propostos. OA4 - Através da leitura crítica e debate dos textos seleccionados (blocos 1 a 6 dos conteúdos programáticos), com o debate em contexto de aula e o estímulo da leitura, argumentação e contra-argumentação.

Avaliação / Assessment


O(a)s estudantes deverão ler os textos de referência indicados para as sessões. O (a)s estudantes deverão escolher um dos textos constantes na bibliografia a apresentar na aula respetiva e fazer uma apresentação oral e ensaio escrito em torno do texto, incluindo um resumo e problematização (pontos interessantes e pontos críticos). A apresentação individual no seminário (15 minutos) deverá ser acompanhada de um resumo do texto que não deverá exceder as três páginas (TNR, corpo 12, 1,5 linhas de intervalo, bibliografia incluída). A apresentação e resumo (30%) e a participação nas discussões (10%) constituem elementos avaliativos do seminário. No final do semestre deverá ser apresentado um ensaio final individual (10 páginas TNR, corpo 12, 1,5 linhas de intervalo, bibliografia incluída) que deverá proceder à discussão e aprofundamento dos temas mais englobantes tratados em seminário e poderá ser realizado em função dos interesses de pesquisa particulares do(a) aluno(a). Deverá recorrer a pelo menos seis referências bibliográficas constantes da bibliografia do seminário (60% da nota final). O prazo de entrega do ensaio final é 10 de janeiro 2025.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


M1- Cada sessão é baseada na leitura prévia de um ou mais textos. M2- Em cada sessão um a dois alunos devem fazer apresentação crítica do texto indicado. M3- À discussão do texto pelos alunos segue-se sistematização crítica pelo docente. M4- O ensaio final consiste num estado da arte sobre os temas englobantes do programa.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


Os OA propostos respondem geralmente à necessidade de (1) desenvolver um conhecimento aprofundado tanto da história da disciplina do ponto de vista teórico, como dos debates contemporâneos; e (2) desenvolver capacidade analítica crítica em relação às propostas teóricas e conceptuais. As metodologias de exposição e avaliação (M1 a M4) fomentam essas duas valências e servirão de critério para a elaboração da nota final.

Observações / Observations


-

Bibliografia Principal / Main Bibliography


Bibliografia de referência e consulta/Reference and consultation references: CANDEA, M. 2017. Schools and Styles of Anthropological Theory. London & New York: Routledge. ERIKSEN, T.H. 2004. What is Anthropology?. London: Pluto Press. MOORE, H. L., & T. SANDERS (eds). 2014. Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. Oxford: John Wiley & Sons. ZEITLYN, D., 2022. An Anthropological Toolkit: Sixty Useful Concepts. Oxford & New York: Berghahn Books VV.AA. The Sage handbook of Social Anthropology.

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


Bibliografia de leitura obrigatória para as aulas/Compulsory reading for the lectures: ABU-LUGHOD, L., 1991, “Writing Against Culture” in Fox, R. (ed.), Recapturing Anthropology. Working in the Present, Santa Fe, School of American Research Press, pp. 137-162. AHMED, Sara. 2004. “Affective Economies.” Social Text 22 (2): 117–39. APPADURAI, A, 2013, The Future as Cultural Fact. Essays on the Global Condition, London, Verso, pp. 285-300. BLOCH, M., 2008, “Truth and Sight: Generalizing without Universalizing”, Journal of the Royal Anthropological Institute, (N.S.): S22-S32. BLOCH, M., 2017, “Anthropology is an odd subject”, HAU: Journal of Ethnographic Theory 7(1): 33-43. BRYANT, R. and KNIGHT, D., 2019, The Anthropology of the Future, Cambridge, Cambridge University Press, pp.1-20. COL, G da and GRAEBER D., 2011, “Foreword. The Return of Ethnographic Theory”, HAU: Journal of Ethnographic Theory, 1(1): vi-xxxv. CANDEA, M., 2016 “On two modalities of comparison in social anthropology”, L’Homme, 218(2) CANDEA, M., 2018. Comparison in Anthropology: The Impossible Method. Cambridge, Cambridge University Press. CROSSLAND, Z., 2009, “Of Clues and Signs: The Dead Body and its Evidential Traces”, American Anthropologist 111(1): 69-80. DAVIS, J., A. A. MOULTON, L.VAN SANT, and B. WILLIAMS. 2019. “Anthropocene, Capitalocene, … Plantationocene?: A Manifesto for Ecological Justice in an Age of Global Crises.” Geography Compass 13 (5): e12438. DESCOLA, P., 2004 (1996), “Constructing natures: symbolic ecology and social practice” in Descola, P. e Palsson, G. Eds. Nature and Society: Anthropological Perspectives, Londres, Routledge, pp. 82-102. ENGELKE, M, 2008, “The Objects of Evidence”, The Journal of the Royal Anthropological Institute, (N.S.): S1-S21. FABIAN, J., 2012, “Cultural Anthropology and the question of knowledge”, The Journal of the Royal Anthropological Institute, 18(2): 439-453. GOOD, A., 2008, “Cultural Evidence in the Courts of Law”, Journal of the Royal Anthropological Institute, (N.S.): S47-S60. GRAEBER, D., 2015. “Radical alterity is just another way of saying “reality” A reply to Eduardo Viveiros de Castro”, HAU: Journal of Ethnographic Theory 5(2): 1–41. HARVEY, P., C. KROHN-HANSEN, and K. NUSTAD. 2019. “Introduction”. In Anthropos and the Material. Durham: Duke University Press. HOLMES, S., 2013, Fresh Fruit, Broken Bodies: Migrant Farmworkers in the United States, Berkeley, California University Press, pp. 45-87.HOWELL, S., 2017, “Two or Three things I love about ethnography”, HAU: Journal of Ethnographic Theory, 7(1): 15-20. INDA, J. Ed. 2005. Anthropologies of Modernity: Foucault, Governmentality and Life Politics, London, Blackwell, pp. 1-11. INGOLD, T., 2008, “Anthropology is not ethnography”, Proceedings of the British Academy,154: 69-92. INGOLD, T., 2014, “That’s enough about ethnography”, HAU: Journal of Ethnographic Theory, 4(1): 383-395. KEANE, W., 2006. “Subjects and objects: introduction” in Tilley, et al. Eds. Handbook of Material Culture, Londres, Sage, pp. 197-202. LATOUR, B., 2005, Reassembling the Social. An Introduction to Actor-Network Theory, Oxford, Oxford University Press, pp. 27-42. LATOUR, B., 2005, Reassembling the Social. An Introduction to Actor-Network Theory, Oxford, Oxford University Press, pp. 63-86. MARTIN, Emily. 2013. “The Potentiality of Ethnography and the Limits of Affect Theory.” Current Anthropology 54 (S7): S149–58. MOORE, A. 2015. “Anthropocene anthropology: reconceptualizing contemporary global change.” Journal of the Royal Anthropological Institute 22 (1): 27–46. NADER, L., 2011, “Ethnography as theory”, HAU: Journal of Ethnographic Theory, 1(1): 211-219. NAVARO-YASHIN, Yael. 2006. “Affect in the Civil Service: A Study of a Modern State-System.” Postcolonial Studies 9 (3): 281–94. NAVARO-YASHIN, Y., 2009. “Affective Spaces, Melancholic Objects: Ruination and the Production of Anthropological Knowledge”, The Journal of the Royal Anthropological Institute, 15(1): 1-18. ORTNER, S. 1984. “Theory in Anthropology since the Sixties”, Comparative Studies in Society and History 26(1): 126-166. ORTNER, S. 2016. “Dark Anthropology and Its Others: Theory since the Eighties”, HAU: Journal of Ethnographic Theory 6(1): 47–73. ORTNER, S., 2006, “Power and Projects. Reflections on Agency”, Anthropology and Social Theory: Culture, Power and the Acting Subject, Durham, Duke University Press, pp. 129-153. PIOT, C., 2010, Nostalgia for the Future: West Africa after the Cold War, pp. 77-95. RITA RAMOS, A., 2012. “The politics of perspectivism”, Annual Review of Anthropology 41: 481-494. ROSENGREN, D., S. PERMANTO, and A. BURMAN. 2023. “The Anthropocene Narrative and Amerindian Lifeworlds: Anthropos, Agency, and Personhood.” Journal of the Royal Anthropological Institute 29 (4): 840–58. RUTHERFORD, Danilyn. 2016. “Affect Theory and the Empirical.” Annual Review of Anthropology 45 (Volume 45, 2016): 285–300. SEGATO, R. L. 2015. “Introducción: Colonialidad del Poder y Antropología por Demanda”. In La Crítica de la Colonialidad en Ocho Ensayos. Buenos Aires: Prometeo, pp. 11-34. TSING, A., et al. 2017. “Introduction: Haunted Landscapes of the Anthropocene”. In Arts of Living on a Damaged Planet: Ghosts and Monsters of the Anthropocene. Minneapolis: University of Minnesota Press. TSING, A., 2005, Friction. An Ethnography of Global Connections, Princeton, Princeton University Press, pp. 1-18 e 27-50. VAN DER VEER, P., 2016, The Value of Comparison. Durham & London, Duke University Press. VAN DER VEER, P., 2014 “The Value of Comparison”, HAU: Journal of Ethnographic Theory 7(1), 2-13. Book symposium on The Value of Comparison, HAU 7 (1): 509-536. VIVEIROS DE CASTRO, E. 2004. “Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena”, O Que Nos Faz Pensar 18: 225-254 VIVEIROS DE CASTRO, E. 2017. “Who is afraid of the ontological wolf ? some comments on an ongoing anthropological debate”, The Cambridge Journal of Anthropology 33(1): 2-17.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-07-17