Sumários

Aula #4 Business Ecosystems

28 Outubro 2024, 20:30 Nuno Gaspar de Oliveira


aplicação de conceitos ecológicos aos ecossistemas empresariais, discutindo como práticas naturais podem ser adaptadas ao contexto de negócios para fomentar inovação e resiliência.

1.     Bionomics e Ecossistemas Empresariais:

o   O conceito de "Bionomics" compara a economia capitalista a um ecossistema vivo, onde fenómenos como competição, especialização e cooperação são centrais.

o   "Business Ecosystems" refere-se a uma comunidade económica composta por organizações e indivíduos que colaboram para oferecer bens e serviços, com empresas líderes que estabelecem direções para o ecossistema.

2.     Estratégias Inspiradas na Natureza:

o   Antifragilidade: Conceito de resiliência onde ecossistemas e empresas podem beneficiar de algum grau de stress para criar mecanismos de adaptação.

o   Keystone Strategies: Empresas que regulam e sustentam a saúde do ecossistema, promovendo a diversidade e a produtividade.

o   Dominator Strategies: Organizações que eliminam concorrentes, reduzindo a diversidade e, eventualmente, enfraquecendo o ecossistema.

o   Niche Strategies: Empresas que ocupam nichos específicos e garantem diversidade, essenciais para a estabilidade e inovação dentro do ecossistema.

3.     Simbiose e Parcerias Empresariais:

o   A simbiose entre empresas e organizações sugere parcerias estratégicas para resolver problemas comuns, criando oportunidades de inovação e respostas a crises inesperadas.

4.     Bioeconomia e Ecossistemas Naturais:

o   Discutem-se as interações complexas dentro dos ecossistemas empresariais, onde a saúde de cada organização depende da saúde global do ecossistema.

o   O papel dos ecossistemas de negócios é comparado aos ecossistemas biológicos, onde a cooperação e a criação de nichos ajudam a preservar a resiliência.

5.     Exemplos de Práticas Empresariais:

o   Exemplos de estratégias empresariais, como empresas de tecnologia que funcionam como "keystones", e o impacto de espécies dominadoras no ecossistema, ilustram como diferentes estratégias podem influenciar a estrutura e a saúde do ecossistema.

EN#3 Capital Natural e Serviços dos Ecossistemas

23 Outubro 2024, 20:30 Nuno Gaspar de Oliveira


Aula #3

Integração do capital natural e dos serviços dos ecossistemas na economia e finanças, sublinhando a importância de valorizar e reportar esses ativos naturais.

1.     Capital Natural e Serviços dos Ecossistemas:

o   Enfatiza a necessidade de reconhecer o valor económico dos serviços dos ecossistemas, como a regulação da água, purificação do ar e proteção costeira, que não estão suficientemente valorizados no mercado.

o   A gestão sustentável do capital natural é essencial para mitigar riscos ecológicos e promover a resiliência.

2.     Valorização Económica dos Serviços dos Ecossistemas:

o   Várias metodologias de valoração económica são destacadas, incluindo métodos baseados no mercado, preferências reveladas, preferências declaradas e custo de reposição.

o   A valoração dos serviços dos ecossistemas ajuda a quantificar os benefícios económicos da natureza, fornecendo dados úteis para decisões de política e gestão.

3.     Desafios na Integração de Capital Natural:

o   Falta de padrões de reporte para a biodiversidade dificulta a avaliação dos impactos empresariais e torna o sector financeiro vulnerável a riscos ecológicos.

o   Apenas uma pequena percentagem de empresas analisa os seus impactos sobre a natureza, e é essencial criar frameworks robustos para medir e reportar o impacto ecológico.

4.     Riscos e Oportunidades Associados ao Capital Natural:

o   Destacam-se riscos como a dependência de serviços dos ecossistemas, particularmente em sectores como a agricultura e turismo, e a necessidade urgente de alinhar o capital financeiro com os recursos naturais.

o   Empresas e investidores têm a oportunidade de reduzir os seus impactos negativos, adotando práticas sustentáveis e soluções baseadas na natureza.

5.     Finanças Sustentáveis e Indicadores ESG:

o   O documento menciona a crescente relevância dos indicadores ESG, a Taxonomia da UE e outras iniciativas como o TNFD (Taskforce on Nature-Related Financial Disclosures) para ajudar as empresas a reportar e gerir os riscos relacionados com a natureza.

o   Exemplos práticos incluem o uso de "green bonds" e outras ferramentas de financiamento sustentável para apoiar projetos de restauração de habitats e conservação.

EN#2 As Regras Naturais

21 Outubro 2024, 18:30 Nuno Gaspar de Oliveira


Aula #2

Exemplos de como funciona a Natureza

Biomimética e mais além

 

Regras Fundamentais da Natureza:

  • Regra 1 - Novo e Melhorado: Soluções naturais foram testadas ao longo do tempo para máxima eficiência.
  • Regra 2 - Teste do Tempo: O sucesso evolutivo é prova de eficácia a longo prazo.
  • Regra 3 - Seleção Natural: Apenas soluções eficazes persistem.
  • Regra 4 - Redundância: A redundância ajuda a reduzir riscos e aumenta as chances de sucesso.
  • Regra 5 - Resiliência: Ecossistemas equilibrados são dinâmicos, e a replicação estática é uma receita para falhar.
  • Regra 6 - Padrões Universais: Formas que se repetem indicam soluções otimizadas.
  • Regra 7 - Exuberância e Excentricidade: A capacidade de chamar a atenção e sobreviver é demonstração de "aptidão evolutiva".
  • Regra 8 - Matéria e Energia: Economia de recursos, onde nada se perde.
  • Regra 9 - Eficiência de Recursos: Uso inteligente de energia, focado no essencial.
  • Regra 10 - Idiossincrasia: Cada elemento tem um propósito na cadeia de eventos.
  • Regra 11 - Complexidade: A Natureza cria sistemas complexos de interdependência.
  • Regra 12 - Nada é "Too Big to Fail": O fracasso rápido é fundamental para inovação.

EN#1 Princípio de Economia Natural

16 Outubro 2024, 20:30 Nuno Gaspar de Oliveira


Aula #1

Contexto e enquadramento

As crises gémeas e as tendências globais

 

A Economia Natural:

1.     Integração da Natureza na Economia: Propõe uma mudança da economia neoclássica para uma Economia Natural, valorizando serviços dos ecossistemas  e reconhecendo a necessidade de preservar a saúde ecológica.

2.     Biodiversidade e Resiliência: Destaca a importância da biodiversidade para a resiliência económica, comparando-a com a diversificação financeira que protege contra riscos.

3.     Serviços dos Ecossistemas: Enfatiza que os serviços dos ecossistemas são fundamentais para a economia e devem ser integrados nos sistemas económicos, com exemplo de Pagamento por Serviços dos ecossistemas  (PES).

4.     Capital Natural: Reconhece o capital natural (florestas, rios, solos) como a base da economia e a importância de sua contabilização para orientar decisões económicas sustentáveis.

5.     Economia Circular e Abordagens Regenerativas: Promove o modelo circular em detrimento do linear, reduzindo desperdícios e aumentando a biodiversidade.

6.     Integração de Serviços dos ecossistemas no Mercado: Incentiva a criação de créditos de carbono e biodiversidade para mitigar impactos ambientais, integrando esses serviços nos mercados.

7.     Governação e Equidade: Defende uma governança que assegure a equidade e a sustentabilidade, evitando que atividades económicas atuais prejudiquem gerações futuras.

8.     Crescimento Económico Positivo para a Natureza: Propõe um crescimento que regenere ecossistemas.

9.     Finanças Sustentáveis: Foca em instrumentos financeiros que alinham o capital com a sustentabilidade, como obrigações verdes e créditos de biodiversidade.

10.  Soluções Baseadas na Natureza (NBS): Aponta as NBS como uma estratégia para enfrentar desafios ambientais, usando a natureza como aliada.

11.  Opções de Mercado Baseadas na Natureza: Incentiva a criação de mercados que monetizem a conservação da natureza.

12.  Inovação Política e Infraestrutura Verde: Destaca a importância de infraestruturas verdes, promovendo ecossistemas urbanos que melhoram o bem-estar e a resiliência.