Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
04627
Acrónimo :
ETG
Ciclo :
2.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :

Carga Horária / Course Load


Semestre :
1
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
24.0h/sem
Aula Prática e Laboratorial (PL) :
0.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
25.0h/sem
Trabalho Autónomo :
125.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Ciências Sociais

Departamento / Department


ISCTE

Ano letivo / Execution Year


2024/2025

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Não existem nenhuns requisitos específicos para a frequência desta UC.

Objetivos Gerais / Objectives


Esta UC pretende: Desenvolver competências teóricas, analíticas e conceptuais para um uso informado dos principais debates e teorias sobre género; Estimular uma reflexão interdisciplinar e informada por diferentes disciplinas sobre género, suas teorias e seus usos; Fornecer um conjunto de instrumentos teóricos e metodológicos para a investigação e intervenção; Adquirir uma visão histórica e multidisciplinar dos estudos sobre género enquanto categoria social de diferenciação, através da análise das principais correntes teóricas e temas de investigação; Apreender a diversidade e o significado experiencial do género e as suas implicações na constituição das relações de poder.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


O/A estudante que complete com sucesso esta UC será capaz de: OA1.Compreender as implicações teóricas e metodológicas do conceito de género OA2. Distinguir entre sexo e género em termos de uso e de significados OA3. Conhecer os processos de construção e de materialização do género e os seus fundamentos teóricos e políticos OA4. Perceber o género como um elemento co-constitutivo e interseccional das matrizes de discriminação e opressão OA5.Participar em e refletir sobre investigação e de intervenção destinados a combater as desigualdades baseadas no género, ou em intersecção com o género. OA6. Conhecer as principais políticas públicas de diversidade e de igualdade de género

Conteúdos Programáticos / Syllabus


CP1 - Género como categoria de análise: - Desnaturalizando as diferenças biológicas; - Construção social do Género; - Género como identidade, máscara e dramaturgia; - Género como performatividade; - Género como estrutura. CP2 - Fundamentos teóricos e políticos: - Histórias dos feminismos; - Feminismos marxistas e socialistas; - Feminismos negros; - Feminismos radicais; - Feminismos e Pós- estruturalismo. CP3 - Perspectivas Interseccionais: marcadores sociais de diferença: - Género e classes sociais; - A colonialidade do género; - Queer, Qu*A*re, Cuir. Perspectivas não binárias; - Saberes, corpos e teoria trans; - Corpos, capacitismo e repressão social. CP4 - Género e desigualdades sociais - Género e heteronormatividade: família, reprodução e Cuidado; - Género e heteronormatividade: Trabalho e Masculinidades, masculinidade tóxica e homofobia; - Vulnerabilidades e precariedade. CP5 - Género e políticas para igualdade e diversidade

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes


Os conteúdos programáticos da UC serão assegurados através de objectivos de aprendizagem definidos de forma coerente como a seguir se demonstra OA1- CP1, CP2 OA2 - CP1 CP2 OA3 -CP1 CP3 OA4- CP3 CP4 OA5- CP3, CP4, CP5 OA6 - CP5

Avaliação / Assessment


A avaliação dos conhecimentos será efectuada ao longo do semestre. A avaliação basear-se-á na nota de: 1 trabalho individual (capacidades de exposição e argumentação 70%) e participação nos debates nas aulas (avaliação das capacidades de exposição e argumentação oral 30%). Assiduidade mínima: 2/3 das aulas É exigida nota mínima de 9,5 valores em todos os momentos de avaliação. A avaliação por exame corresponderá à entrega de um trabalho individual (100%). O enunciado do trabalho será disponibilizado no moodle 1 semana antes da data de entrega. Para aprovação em exame final, a nota mínima é de 9,5 valores. Os critérios de avaliação do trabalho e do exame serão: qualidade da apresentação dos argumentos e das propostas conceptuais e metodológicas, reflexividade crítica e qualidade da forma.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


O estudo e aprendizagem dos temas do programa da UC é apoiado na frequência e participação nas aulas, na leitura autónoma da bibliografia da UC e na realização dos exercícios de avaliação definidos. As aulas combinam uma parte expositiva com o debate e a discussão crítica dos principais temas e enunciados teóricos contemplados no programa da UC. As metodologias de ensino da UC e de avaliação dos alunos serão as mesmas para todos os objetivos de aprendizagem. Na UC recorre-se a metodologias expositivas (ME1), de descoberta e discussão. Nas aulas teórico-práticas, utilizam-se estratégias exploratórias, indutivas e dedutivas, reflexivas e experienciais com recurso a debates (ME2), imagem e vídeo (ME3), exercícios práticos e estudos de caso (ME4). Estas estratégias favorecem formas de aprendizagem (ME5) ativas e que suscitam a implicação de discentes. Cada aluno /a terá no total 25 horas de contacto, sendo 24 de aulas teórico-práticas e 1 hora de orientações tutoriais. O trabalho autónomo de estudantes inclui - 110h horas de trabalho autónomo, que inclui: - 45h de leituras para preparação das aulas. Cada aula inclui vários textos para leitura; - 20h de leituras autónomas, fruto da pesquisa de estudantes a partir das aulas; - 45h na preparação do trabalho para avaliação.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


As metodologias de ensino serão idênticas para cada objetivo de aprendizagem. Assim, nesta UC iremos recorrer a metodologias ativas, participativas e expositivas, incluindo o uso de filmes, textos e outros recursos pedagógicos que permitam apreender os quadros teóricos e entender as formas do seu uso em contextos diferenciados. Assim serão determinantes os debates sobre os vários temas recobertos pela UC e a elaboração de um trabalho final que permitirão atingir os objetivos de aprendizagem e assim capacitam para a reflexão, fomentam um sentido crítico e permitem introduzir e consolidar temáticas novas ou pouco conhecidas para as/os estudantes. ME 1 - OA 1, OA 2, OA 3, OA 4, OA 5, OA 6 ME 2 - OA 1, OA 2, OA 3, OA 4, OA 5, OA 6 ME 3 - OA 1, OA 2, OA 3, OA 4, OA 5, OA 6 ME 4 - OA 1, OA 2, OA 3, OA 4, OA 5, OA 6

Observações / Observations


A UC contará com a participação de Pedro Vasconcelos (Sociologia) e João Oliveira (Psicologia).

Bibliografia Principal / Main Bibliography


"Butler, Judith (2017). Problemas de género: feminismo e subversão da identidade. Lisboa: Orfeu Negro (1990- edição original) Connell, Raewyn. 2014. Gender in World Perspective. Cambridge: Polity PresDivers Davis, Angela et al (2022), Abolition. Feminism. Now, New York, NY: Haymarket Books. Healey, Joseph & Stepnick, Andi (2022). Diversity and society: race, ethnicity and gender. London: SAGE. Hill Collins, Patricia, and Sirma Bilge (2016), Intersectionality, Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. Messerschmidt, J. W. et al. (eds.) (2018), Gender Reckonings, New Social Theory and Research, New York: NYU Press. Rees, Emma (2023). The Routledge companion to gender, sexuality and culture. London: Routledge. Segal, Lynne (2023), Lean on me: A politics of radical care, London: Verso. Vergès, Françoise (2023), Um Feminismo Decolonial. Lisboa: Orfeu Negro."

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


"Aboim, S. & Pedro Vasconcelos (2021), “Gender (trans)formations in Europe and beyond: Transgender lives and politics from a transnational perspective”, Portuguese Journal of Social Science, 20 (3): 131-151. Aboim, S. & Pedro Vasconcelos (2022), “O lugar do corpo. Masculinidades Trans e a materialidade corporal do género”, Revista de Estudos Feministas, 30 (3): e81202. Aboim, Sofia (2010), Plural Masculinities: the remaking of the self in private life, Farnham (UK) & Burlington (USA): Ashgate. Ahmed, Leila. (1992). Women and Gender in Islam: Historical Roots of a Modern Debate. New Haven, CT: Yale University Press Amâncio, Lígia (2003). O género no discurso das ciências sociais. Análise Social, 38, 687-714. Anzaldua, Gloria (1988). Borderlands/La Frontera. The new mestiza. S. Francisco, CA: aunt Lute books Beasley, Chris (2005), Gender & Sexuality: critical theories, critical thinkers, London: Sage. BEASLEY, Chris, H. BROOK & M. HOLMES (2012), Heterosexuality in theory and practice, New York: Routledge. Bhattacharya, Tithi (ed). (2017). Social Reproduction Theory. Pluto Press Bourdieu, Pierre (1998), La domination masculine, Paris: Seuil. Butler, Judith (1993), Bodies that matter: On the discursive limits of sex, London: Routledge. Butler, Judith (2004), Undoing gender, London: Routledge. Butler, Judith (2015). Notes toward a performative theory of assembly, Cambridge, MA: Harvard University Press. (cap. 1e 4) Carby, Hazel. (1982). ‘White Woman Listen! Black feminism and the boundaries of sisterhood’, in The Empire Strikes Back: Race and Racism in Seventies Britain. Routledge Care Collective (2021). The care manifesto. London: Verso. Code, Lorraine (2001). Encyclopedia of feminist theories, London: Routledge. Colling, Leandro (2016) (ed). Dissidências sexuais e de género. Salvador: EDUFBA Connell, Raewyn (1987), Gender & Power: society, the person and sexual politics, Cambridge: Polity Connell, Raewyn (1995), Masculinities, Cambridge: Polity. Davis, Angela Y., Gina Dent, Erica Meiners, and Beth Richie (2022), Abolition. Feminism. Now, New York, NY: Haymarket Books. Davis, Angela. 1981. Women, Race and Class. New York: Random House De Beauvoir, Simone. 1949. The Second Sex. New York: Vintage. Delmar, Rosalind (1994). Defining Feminism and Feminist Theory In Anne Herrmann & Abigail J. Stewart (eds.), Theorizing Feminism: Parallel Trends in the Humanities and Social Sciences. New York: Westview Press. di Leonardo, Micaela (Ed) (1991) Gender at the crossroads of knowledge. Los Angeles, University of california Press Fausto-Sterling, Anne (2012), Sex/gender: Biology in a social world, New York, NY: Routledge. Federici, Silvia (2021). Caliban and the witch: women, body and accumulation of capital. New York: Penguin. Françoise Vergès (2023), Um Feminismo Decolonial ( 2019) Garfinkel, Harold (1967), “Passing and the managed achievement of sex status in an “intersexed” person”, Studies in Ethnomethodology, Oxford: Polity. Goffman, Erving (1977), The arrangement between the sexes, Theory and Society, 4 (3), 301-331. Goffman, Erving (1979), Gender advertisements, New York: Harper. Grave, Rita G., Oliveira, João M. & Nogueira, Conceição (2019). Desidentificações de género: performances subversivas. Ex aequo. 40, 89-104 Green, Adam I. (2007), “Queer theory and sociology: Locating the subject and the self in sexuality studies”, Sociological Theory, 25 (1), 26-45. Haraway, Donna (2016), Staying with the trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham, NC: Duke University Press. Hill Collins, Patricia (2019), Intersectionality as Critical Social Theory, Durham: Duke University Press. hooks, bell (1982). Ain't I a Woman? Black Women and Feminism. London: Pluto Press Kessler, Suzanne J. & Wendy McKenna (1978), Gender: An ethnomethodological approach, Chicago: University of Chicago Press. Koyama, Emi. (2001). The Transfeminist Manifesto. In Rory Diecker & Alison Piepmeir (eds). Catching a wave: reclaiming feminism for the 21st century. Boston, MA: Northeastern University Press Lamphere (1974) Women culture and society, A theoretical overview"". Stanford University press Lima, Antónia; Rosie Reed (2016) Care in the Contexts of Crisis and social change. Lisboa, Portugal: Edições CRIA. Lugones, Maria. 2007. ‘Heterosexualism and the colonial/modern gender system’. Hypatia 22(1) Messerschmidt, J. W. et al. (eds.) (2018), Gender Reckonings, New Social Theory and Research, New York: NYU Press. Moraga, Cherrie & Anzaldua, Gloria (2015) This Bridge Called My Back: Writings by Radical Women of Color. Albany, NY: State of New York University Press. Oliveira, Joao M. (2017). Desobediências de gênero. Salvador: Devires Oliveira, João M. (2016). Genealogias Excêntricas: Os mil nomes do queer. Periodicus, 6, 1-6. Ortner, Sherry (1974) ""is female to nature what man is to culture? In Rosaldo, Michelle and Luise Santos, Ana Cristina (2023) (ed) LGBTQ+ Intimacies in Southern Europe. Citizenship, Gender and Diversity. Palgrave Macmillan. Scarborough, William J. & Barbara J. Risman (2017), “Changes in the gender structure: Inequality at the individual, interactional, and macro dimensions”, Sociology Compass, 11 (10), e12515. Vasconcelos, Pedro (2018), “Ordens de género e reivindicações trans: a desgenitalização política do género?”, in A. Torres, P. Pinto, C. Casimiro (ed.), Género, Direitos Humanos e Desigualdades, Lisboa: CIEG/ISCSP-UL, 259-280. Walby, Sylvia (1991), Theorizing patriarchy, Oxford: Blackwell. West, Candace & Don H. Zimmerman (1987), “Doing gender”, Gender and Society, 1 (2), 121-51."

Data da última atualização / Last Update Date


2024-07-29