Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
L5202
Acrónimo :
L5202
Ciclo :
1.º ciclo
Línguas de Ensino :
Inglês (en), Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
Inglês, Português

Carga Horária / Course Load


Semestre :
1
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
36.0h/sem
Aula Prática e Laboratorial (PL) :
0.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
37.0h/sem
Trabalho Autónomo :
113.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Psicologia

Departamento / Department


Departamento de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional

Ano letivo / Execution Year


2024/2025

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Não se aplica

Objetivos Gerais / Objectives


Esta unidade curricular visa fornecer aos alunos informação que lhes permita identificar os principais conceitos e teorias que explicam a atividade desenvolvida pelos actores organizacionais, focalizando-se nos processos individuais e interpessoais que ocorrem em contexto organizacional. Pretende-se ainda que os estudantes compreendam como poderão intervir nestes processos na sua prática profissional futura enquanto psicólogos organizacionais.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


O aluno que complete com sucesso esta UC deverá ser capaz de usar conceitos/modelos teóricos na análise de fenómenos que ocorrem ao nível individual em contexto organizacional. Nomeadamente, deverá ser capaz de: OA1. Descrever e contrastar teorias/abordagens que descrevem a motivação no trabalho. OA2. Caracterizar a natureza da relação indivíduo-organização em termos do seu ajustamento e vinculação a esta. OA3. Explicar os fenómenos de justiça organizacional, de percepção de suporte, da confiança organizacional e do contrato psicológico no contexto dos processos de troca social que ocorrem em contexto organizacional e os seus efeitos nas atitudes e comportamentos dos indivíduos. OA4. Identificar indicadores de bem-estar dos indivíduos na organizacional e explicar como estes poderão ser fortalecidos.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


I. CP1. Abordagens e teorias sobre a motivação no trabalho II. Natureza da relação indivíduo-organização: Processos de vinculação CP2. Atracção mútua e ajustamento pessoa-organização CP3. Socialização organizacional CP4. Identificação e compromisso organizacional III. Natureza da relação indivíduo-organização: Processos de troca social em contexto organizacional. CP5. Justiça organizacional CP6. Percepção de suporte organizacional CP7. Contrato psicológico CP8. Confiança organizacional CP9. Comportamentos extra-papel: comportamentos de cidadania organizacional, comportamentos contra-produtivos IV. CP10. Bem-estar na organização

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes


Os diversos conteúdos do programa (CP) estão expressos em objectivos de aprendizagem (OA) que traduzem a sua aplicabilidade da seguinte forma: CP 1 – OA1.1. CP 2, 3, 4 – OA1.2. CP 5, 6, 7, 8, 9 – OA1.3. CP 10 - OA1.4.

Avaliação / Assessment


A avaliação pode ser feita ao longo do semestre ou por exame. 1. Avaliação ao longo do semestre: realização de 2 testes escritos com um peso de 50%, cada um. A não obtenção de nota >8 num dos testes e de nota <10 na média das notas obtidas, requer a realização do exame final escrito. 2. A avaliação por exame respeitará as condições vigentes no REACC. Para os alunos que fazem a avaliação por exame, a nota mínima para aprovação é de 10 valores.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


Todas as aulas são teórico-práticas (TP), com o objetivo de apresentar os conceitos fundamentais e mostrar os problemas e soluções existentes, permitindo simultaneamente a sua discussão. A UC encontra-se organizada em duas aulas semanais, o que permite o recurso a metodologias diferentes ao longo do semestre e dentro da mesma semana (alternando exposição, discussão, resolução de exercícios e participação). A estratégia pedagógica adotada envolve metodologias expositiva, participativa e ativa. A metodologia expositiva é usada em todos conteúdos programáticos nos momentos em que são apresentados os quadros teóricos de referência e os conceitos-chave. O modelo teórico-prático desta UC permite também a discussão em grupo, o que facilita o desenvolvimento da análise crítica e permite uma aprendizagem partilhada mediante os contributos específicos de cada estudante. A metodologia participativa é colocada em prática através dos exercícios em aula, como por exemplo a resposta a instrumentos de diagnóstico organizacional, o treino de observação de situações reais e a análise de vídeos exemplificativos das situações que estão a ser apresentadas. A metodologia ativa envolve, por exemplo, a análise de casos em grupo, enquanto estímulo à resolução de problemas concretos numa lógica de colaboração, e apresentação de propostas de intervenção, o que permite aos estudantes a integração teoria-prática e o desenvolvimento de competências essenciais à sua inserção no mercado de trabalho. A UC implica ainda trabalho autónomo (metodologia de auto-estudo), o qual inclui leitura da bibliografia recomendada, no sentido de promover a autonomia e capacidade de decisão dos estudantes. A orientação tutorial (OT) destina-se ao esclarecimento individual de dúvidas aos estudantes. Trabalho Autónomo: 113,0 h/semestre • Em média 5h por semana para preparação das aulas com leitura dos textos indicados. • Cerca de 53h para preparação das frequências com revisão das leituras efectuadas e dos conhecimentos adquiridos nas aulas. Note-se que estas horas são estimativas médias do número de horas de trabalho autónomo.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


A estratégia pedagógica adotada nesta UC envolve diferentes metodologias de ensino: expositiva, participativa e ativa. A metodologia expositiva é usada em todos conteúdos programáticos nos momentos em que são apresentados os conceitos e modelos teóricos importantes para a análise de fenómenos que ocorrem ao nível individual ou interpessoal em contexto organizacional, contribuindo para os quatro objetivos de aprendizagem da UC (OA1, OA2, OA3, OA4). As metodologias ativas e participativas que integram as aulas teórico-práticas são desenvolvidas através dos exercícios em aula efetuados no âmbito de cada conteúdo programático, contribuindo, por sua vez, para o enriquecimento, a consolidação e a aplicação dos conhecimentos e permitindo alcançar cada um dos OA (OA1, OA2, OA3 e OA4), estimulando também a capacidade crítica e de interação dos estudantes. A metodologia do auto-estudo é transversal a todos os OA, pois envolve leituras, pesquisas, resolução de exercícios e preparação para os testes individuais. Os testes e o exame avaliarão os conhecimentos teóricos (sobretudo a 1ª parte dos testes/exame) bem como a sua aplicação a situações concretas (2ª parte dos testes/exame).

Observações / Observations


Horário de atendimento: Será indicado na primeira aula (estará sempre sujeito a confirmação prévia com a docente). Os conteúdos programáticos da UC contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3, 8, 10, 16 e 17.

Bibliografia Principal / Main Bibliography


1. Barling, J., & Cooper, C.L. (2008). The Sage Handbook of Organizational Behavior (Vol. 1: Micro Approaches; Caps. 1, 2, 4, 5, 6, 8, 13, 17, 26, 35). UK: Sage Public. 2. Caetano, A., Neves, J.G., & Ferreira, J.M.C. (2020). Psicossociologia das organizações: fundamentos e aplicações (Caps. 6, 21). Lisboa: Edições Sílabo. 3. Coyle-Shapiro, Jacqueline A-M.; Shore, L.; Taylor, M. S.; Tetrick, L. (2005). The employment relationship: Examining psychological and contextual perspectives (Caps. 1, 10, 12). Oxford: Oxford University Press. 4. Cunha, M., Cunha, R., Rego, A., Neves, P. & Cabral-Cardoso, C. (2016). Manual de comportamento organizacional e gestão (Caps. 5, 8). Lisboa: Editora RH.

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


I. Abordagens e teorias sobre a motivação no trabalho. Kanfer, R., Frese, M., & Johnson, R. E. (2017). Motivation related to work: A century of progress. Journal of Applied Psychology, 102(3), 338–355. II. Natureza da relação indivíduo-organização: 1. Processos de ajustamento e de atracção mútua. Cunha, M., Rego, A., Cunha, R., & Cabral-Cardoso, C. (2007). Ligação pessoa-organização: ajustamentos e divórcios. In Manual de comportamento organizacional e gestão (cap. 8; pp. 238-249). Lisboa: Editora RH. Kristof-Brown, A., Schneider, B., & Su, R. (2023). Person-organization fit theory and research: Conundrums, conclusions, and calls to action. Personnel Psychology, 76 (2), 375-412. Schneider, B. (1987). The people make the place. Personnel Psychology, 40, 437-453. van Vianen, A.E.M. (2018). Person–environment fit: a review of its basic tenets. Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behaviour, 5, 75-101 2. Processos de socialização organizacional e desempenho de papéis sociais, profissionais e organizacionais em contexto de trabalho. Duarte, A. (2015). A integração nas organizações: do acolhimento à socialização organizacional. In Ferreira, A., Nunes, F., Duarte, H., & Martinez, L. (Orgs.). GRH para gestores. Editora RH. 3. Processos de vinculação dos indivíduos à organização Tavares, S.M. (2009). O território da identificação organizacional: De que falamos quando falamos em identificação organizacional?. In " O fenómeno da identificação organizacional: contributos para a sua explicação" (pp 35-70). Tese de doutoramento. Lisboa: ISCTE Tavares, S. (2009). Motivações para a identificação: porquê identificar-se com a organização. In O fenómeno da identificação organizacional: contributos para a sua explicação (pp.71-86). Tese de doutoramento. Lisboa: ISCTE. Tavares, S. (2011). Vinculação dos indivíduos às organizações. In J.M. Carvalho Ferreira, J. Neves, & A. Caetano (Orgs.), Manual de psicossociologia das organizações (Cap.11, pp. 347-377). Lisboa: Escolar Editora. IV. Processos de troca social em contexto organizacional: 1. Percepção de suporte organizacional Blau, P. M. (1964). Exchange and power in social life (cap.4). New York: Wiley. Shore, L. M., Coyle-Shapiro, J. A-M., Chen, X., & Tetrick, L. E. (2009). Social exchange in work settings: content, process, and mixed models. Management and Organization Review, 5, 289–302. Tavares, S. M., van Knippenberg, D., & Van Dick, R. (2016). Organizational identification and “currencies of exchange”: Integrating social identity and social exchange perspectives. Journal of Applied Social Psychology, 46(1), 34-45. 2. Percepção de justiça organizacional Colquitt, J. A., Greenberg, J., & Zapata-Phelan, C. P. (2005). What is organizational justice? A historical overview of the field. In J. Greenberg & J. A. Colquitt (Eds.), The handbook of organizational justice (pp. 3-56). Mahwah, NJ: Erlbaum. Colquitt, J. A., & Zipay, K.P. (2015). Justice, fairness, and employee reactions. Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behaviour, 2, 75–99. Duarte, H. (2020). Justiça nas organizações e sistemas de recursos humanos. In Caetano, A., Neves, J.G., & Ferreira, J.M.C. (Orgs.). Psicossociologia das organizações: fundamentos e aplicações (pp. 579-603). Lisboa: Edições Sílabo. 3. Contrato psicológico. Castanheira, L., & Caetano, A. (1999). Dimensões do contrato psicológico. Psicologia. 13, 99 – 125. Cunha, M., Cunha, R., Rego, A., Neves, P. & Cabral-Cardoso, C. (2016). Criando vínculos positivos entre as pessoas e a organização: quatro caminhos. In Manual de comportamento organizacional e gestão (cap. 5). Lisboa: Editora RH. Kraak, J. et al. (2024). In pursuit of impact: how psychological contract research can make the work-world a better place. Group & Organization Management, 0 (0) 1-29. Mackintosh, C., & McDermott, A. M. (2023). The implications of market-based versus supportive idiosyncratic deal pathways. Group & Organization Management, 48(1), 125-155. Rousseau, D. M., Hansen, S. D., & Tomprou, M. (2018). A dynamic phase model of psychological contract processes. Journal of Organizational Behavior, 39(9), 1081–1098. Simosi, M., Aldossari, M., Chaudhry, S., & Rousseau, D. M. (2023). Uncovering missing voices: invisible aspects of idiosyncratic deals (I-Deals). Group & Organization Management, 48(1), 3-30. 4. Confiança organizacional Costa, A. (2002). Promover a confiança em contextos organizacionais: Um imperativo nas práticas de gestão. In M. Cunha & S. Rodrigues. (Eds.) (2002). Manual de estudos organizacionais (pp. 207 – 221). Lisboa: Editora RH. Kramer, R. (1999) Trust and distrust in organizations: Emerging perspectives, enduring questions. Annual Review of Psychology, 50, 569-598. 5. Comportamentos extra-papel e atitudes e comportamentos contra-produtivos na organização Carpenter, N. C., Whitman, D. S., & Amrhein, R. (2021). Unit-level counterproductive work behavior (CWB): A conceptual review and quantitative summary. Journal of Management, 47(6), 1498–1527. Cunha, M., Rego, A., Cunha, R., & Cabral-Cardoso, C. (2007). Comportamentos de cidadania organizacional: bons cidadãos ou bons soldados?. In Manual de comportamento organizacional e gestão (cap. 11; pp 303-330). Lisboa: Editora RH. Organ, D.W (2018). Organizational citizenship behavior: recent trends and developments. Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behaviour, 5, 295–306. Moorman, R.H., Lyons, B.D., Mercado, B.K., & Klotz, A.C. (2024). Driving the extra mile in the gig economy: the motivational foundations of gig worker citizenship. Annual Review of Organizational Psychology & Organizational Behavior, 11(1), 363-391. Morrison, E. W. (2023). Employee voice and silence: Taking stock a decade later. Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behavior, 10, 79–107. Podsakoff, N. P., Whiting, S.W., Podaskoff, P.M., & Blume, B.D.. (2009). Individual and organizational-level consequences of organizational citizenship behaviors: A meta-analysis. Journal of Applied Psychology, 94(1), 122-141. Reynolds, C., Shoss, M. K., & Jundt, D. K. (2015). In the eye of the beholder: A multi-stakeholder perspective of organizational citizenship and counterproductive work behaviors. Human Resource Management Review, 25, 80-93. IV. Bem-estar na organização Junça-Silva, A. (2020). Emoções e bem-estar no trabalho. In A. Caetano, J. Neves, & J. M. C. Ferreira (Eds.), Psicossociologia das organizações: fundamentos e aplicações (pp.179-197). Lisboa: Edições Sílabo. Silva, S. A. & Tavares, S. M. (2012). Saúde e bem-estar no trabalho. In A. L. Neves, e R. F. Costa (Coords.), Gestão de Recursos Humanos de A a Z. Lisboa: Editora RH.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-09-18