Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
L5213
Acrónimo :
L5213
Ciclo :
1.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
Inglês, Português

Carga Horária / Course Load


Semestre :
2
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
36.0h/sem
Aula Prática e Laboratorial (PL) :
0.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
37.0h/sem
Trabalho Autónomo :
113.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Psicologia

Departamento / Department


Departamento de Psicologia Social e das Organizações

Ano letivo / Execution Year


2023/2024

Pré-requisitos / Pre-Requisites


A inscrição em vagas de mobilidade está reservada aos estudantes que se encontram a realizar formação de 1º ou 2º ciclo em Psicologia.

Objetivos Gerais / Objectives


Esta unidade pretende dar a conhecer as principais correntes teóricas relativas aos problemas dos fundamentos, construção e desenvolvimento do conhecimento científico e as principais controvérsias que atravessam este campo. Pretende ainda problematizar a natureza da actividade científica, promovendo a reflexividade na futura prática profissional da psicologia, e estimular o pensamento crítico e a análise de esquemas de argumentação.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


O aluno que complete com sucesso esta Unidade Curricular será capaz de: OA1. Descrever e contrastar teorias sobre a natureza do conhecimento científico e a forma como este é construído, apontando as potencialidades e limites de cada uma, bem como situando-as no tempo. OA2. Desenvolver uma visão crítica da actividade científica e dos problemas que emergem dos encontros entre o conhecimento científico e outras formas de conhecimento, bem como dos tipos de diálogos possíveis entre eles. OA3. Utilizar os fundamentos do pensamento crítico e noções epistemológicas para reconhecer e analisar algumas das controvérsias entre abordagens diferentes da psicologia, identificando as suas premissas e tomando posição. OA4. Considerar reflexivamente o uso do conhecimento científico na pesquisa em psicologia e na prática profissional dos psicólogos. OA5. Reconhecer os diversos tipos de argumentos, e desenvolver um raciocínio argumentativo de forma estruturada e apropriada à natureza do tema.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


CP1. Introdução. A diversidade de formas e tipos de conhecimento; conhecimento comum, artístico, científico, filosófico; noções de ontologia, epistemologia e metodologia. Limites do conhecimento científico e reflexividade. CP2. O conhecimento científico: uma abordagem histórica. As propostas do séc. XVII. Principais debates sobre ciência no séc. XX. O Positivismo. Gaston Bachelard e o 'novo espírito científico'. Popper e a questão da demarcação. Kuhn e o ciclo de construção da ciência. Rorty e a hermenêutica. CP3. Impactos dos debates do século XX na Psicologia. A diversidade dos pressupostos epistemológicos em psicologia: as diferentes abordagens da psicologia actual e as suas consequências. Tipos de diálogo entre abordagens diferentes e entre conhecimentos diferentes. CP4. Pensamento crítico e argumentação. Argumentos verdadeiros e argumentos razoáveis. Persuasão, verdade e lógica; argumentação e justificação. Tipos de argumentos e a boa argumentação no quotidiano.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes


Os Conteúdos programáticos (CP) estão estreitamente articulados com os Objectivos de Aprendizagem (AO), da seguinte forma: CP1 - OA1, OA4 CP2 - OA1, OA2 CP3 - OA2, OA3, OA4 CP4 - OA3, OA4, OA5

Avaliação / Assessment


Os alunos podem fazer esta disciplina em avaliação periódica ou por exame final. Para serem admitidos a avaliação periódica deverão realizar: 1. uma apresentação de grupo (20%) 2. um trabalho de grupo (20%) 3. uma frequência (60%). Ficam aprovados na avaliação periódica os alunos que, tendo em todas as avaliações notas superiores a 8.5, obtenham média final igual ou superior a 9.5 valores. Os alunos que não obtenham aprovação na avaliação periódica podem realizar avaliação por exame.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


Trata-se de uma cadeira teórico-prática, em que os temas e conceitos estruturantes serão propostos nas aulas teóricas; por sua vez, as aulas práticas terão por objectivos (a) tratar de forma mais detalhada as noções abordadas; (b) exemplificar o alcance destas com exemplos e exercícios; (c) servir de espaço para um debate dos temas mais aprofundado do que aquele que o formato das aulas teóricas permite.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


No planeamento aula-a-aula que é fornecido aos alunos no início de cada semestre são indicadas as leituras e tarefas específicas a fazer para acompanhar cada uma das aulas. Os alunos podem assim reconhecer para cada aula os respectivos CPs, que estão por sua vez relacionados com os Objectivos de Aprendizagem da UC. O alinhamento entre os instrumentos de avaliação e os objectivos de aprendizagem é o seguinte: - as apresentações de grupo (grupo: 3 a 4 elementos) pretendem encaminhar os alunos para atingir os OA2, OA3 e OA4. - O trabalho de grupo (grupo: 3 a 4 elementos) pretende encaminhar os alunos para atingir o OA5. - O teste final incide sobre todos os OAs. O tempo de trabalho total da UC (150h) distribui-se, desta forma, do seguinte modo: - 37h em tempo de contacto: - 113h horas de trabalho autónomo, transversal a todos os OAs, que se estima que seja distribuído da seguinte forma: - 30h para o teste de conhecimentos individual; - 25h h na preparação do trabalho de grupo, - 25h na preparação da apresentação oral em aula (em Powerpoint). - 33h de leituras e pesquisas para acompanhamento das aulas;

Observações / Observations


Tutorias: efectuadas mediante marcação prévia com as docentes

Bibliografia Principal / Main Bibliography


Bowell, T. E Kemp, G. (2005). Critical thinking – A concise guide. London: Routledge. Eemeren, F. V., Grootendorst, R., & Henkemans, F. S. (2002). Argumentation: Analysis. Evaluation, Presentation. London: Lawrence Erlbaum Associates. Kuhn, T.S. (1962/70). The structure of scientific revolutions (2nd ed.). Chicago: University of Chicago Press Popper, K. (1962/78). Conjectures and refutations. London: Routledge & Kegan Paul. Soares, M. L. C. (2004). O que é o conhecimento – Introdução à epistemologia. Lisboa: Campo das Letras Rorty, R. (1979). Philosophy and the mirror of nature. Princeton: Princeton University press Tweney, R.D., Doherty, M.E. & Mynatt C.R. (1980) (Eds). On Scientific Thinking. New York: Columbia University Press

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


Álvaro, J.L., & Garrido, A. (2006). Psicologia social. Perspectivas psicológicas e sociológicas. São Paulo: McGraw Hill. Bachelard, Gaston (2006). A epistemologia. Lisboa: Edições 70. Bruner, J. (1991). The narrative construction of reality. Social Inquiry, 18, 1-21. Bruner, J. (2000). Making stories: law, literature, life. Cambridge, Mass.: Harvard University Press. Castro, P. (1995). Contributos para uma comparação crítica de três tradições em Psicologia Social: atitudes, representações sociais e cognição social. Psicologia, X, 155-174. Castro, P. (2003). O espaço conceptual da psicologia social. In Natureza, ciência e retórica na construção social da ideia de ambiente (pp. 15-21). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Fuller, S. (1997). Confessions of a recovering kuhnian. In Obituary – Thomas S. Kuhn. Social Studies of Science, 27, 492-494. Gergen, K.J. (1994). The limits of pure critique. In H.W. Simmons & M. Billig (Eds.) After Postmodernism: reconstructing ideology critique (pp. 58-78). London: Sage Publications. Harré, R. (1997). The man who finished of authority. In Obituary – Thomas S. Kuhn. Social Studies of Science, 27, 484-486. Holtz, P. (2016). How Popper’s ‘Three Worlds Theory’ Resembles Moscovici’s ‘Social Representations Theory’ But Why Moscovici’s Social Psychology of Science Still Differs From Popper’s Critical Approach. Papers on Social Representations, 25, 13.1-13.24. Jovchelovitch, S. (2004). Psicologia social, saber, comunidade e cultura. Psicologia & Sociedade, 16, 20-31. Jovchelovitch, S. (2006). Knowledge in context: representations, community and culture. London: Routledge. Kuhn, T.S. (2003). On scientific paradigms. In M. Gergen & K. Gergen (Eds). Social construction: a reader. London: Sage publications. Newton, I. (1687). The rules of hypothesising. In R.D. Tweney, M.E. Doherty, & C.R. Mynatt (Eds.). On Scientific Thinking (1980). New York: Columbia University Press. Meltzoff, J. (1998). Critical thinking about research: psychology and related Fields. Washington, DC: American Psychological Association. Marková, I. (2003). Dialogicality and social representations – the dynamics of mind. Cambridge : Cambridge University Press. Patterson, M.E., & Williams, D.R. (2005). Maintaining research traditions on place: diversity of thought and scientific progress. Journal of Environmental Psychology, 25, 361-380. Perelman, C. (1977/93). O império retórico: retórica e argumentação. Lisboa: Edições Asa. Pinch, T.J. (1997). Kuhn – The conservative and radical interpretations: are some Mertonians ‘Kuhnians’ and some Kuhnians ‘Mertonians’? Social Studies of Science, 27, 465-482. Rijsman, J., & Stroebe, W. (1989). The two social psychologies or whatever happened to the crisis?. European Journal of Social Psychology, 19, 339-344. Rizzoli, V., Castro, P., Tuzzi, A., & Contarello, A. (2019). Probing the history of social psychology, exploring diversity and views of the social: Publication trends in the EJSP from 1971 to 2016. European Journal of Social Psychology, 49(4), 671-687. Wallerstein, I., Juma, C., Keller, E.F., Kocka, J., Lecourt, D., Mudimbe, V, et al. (1996). Para abrir as ciências sociais – relatório da Comissão Gulbenkian sobre a reestruturação das ciências sociais. Lisboa: Publicações Europa-América.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-02-16