Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
M4502
Acrónimo :
M4502
Ciclo :
2.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
Espanhol, Inglês

Carga Horária / Course Load


Semestre :
1
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
20.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
21.0h/sem
Trabalho Autónomo :
129.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


História

Departamento / Department


Departamento de História

Ano letivo / Execution Year


2022/2023

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Nenhum.

Objetivos Gerais / Objectives


Esta UC trata das relações internacionais na Época Moderna (séculos XV a XVIII), com um enfoque espacial que privilegia a (mas não se esgota na) História da Europa. As relações internacionais são aqui entendidas no seu significado mais amplo. O extraordinário aumento da circulação da escrita, das ideias, das inovações técnicas e científicas, dos homens, das mercadorias e dos capitais que se verificou nesta época veio conferir às relações internacionais uma dimensão que ultrapassa a simples relação política e militar entre estados.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


No final desta UC, o aluno deverá ser capaz de: OA1. Compreender a especificidade do campo disciplinar da História das Relações Internacionais. OA2. Identificar na história da Europa e do Mundo modernos os principais cenários e projectos geoestratégicos, nas suas tensões, conflitos, alianças e resultados. OA3. Interpretar as relações internacionais na Época Moderna quanto à sua natureza, aos factores que as condicionam, às suas práticas e instrumentos, à sua fundamentação política e jurídica. OA4. Descrever os principais objectivos, condicionantes e linhas de força da política externa portuguesa na Época Moderna. OA5. Comunicar oralmente perante especialistas e não especialistas. OA6. Pesquisar informação, formular problemas e sintetizar conhecimentos sobre uma questão relevante no âmbito da disciplina. OA7. Dominar as metodologias básicas de construção de um projecto de investigação.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


O Programa tem 4 conteúdos programáticos principais, largamente desenvolvidos em paralelo, procurando sublinhar as suas implicações recíprocas: CP1. História das Relações Internacionais: definição dos principais conceitos e do campo disciplinar. CP2. A história da Europa e do Mundo Modernos: principais cenários e projectos geoestratégicos, tensões, conflitos, alianças e resultados. CP3. As relações internacionais na Época Moderna: natureza, factores condicionantes, práticas e instrumentos, fundamentação política e jurídica. CP4. A política externa portuguesa na Época Moderna: objectivos, condicionantes e linhas de força.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


Conteúdos programáticos (CP) -> Objectivos de Aprendizagem (OA): CP1 -> OA1 CP2 -> OA2 CP3 -> OA3 CP4 -> OA4

Avaliação / Assessment


Nesta UC adopta-se um sistema de avaliação contínua que exige a presença em um mínimo de 80% do total das aulas e que assenta em duas componentes principais (cada uma com uma ponderação de 50% na nota final): AV1. Leitura, comentário, apresentação e discussão de textos. AV2. Elaboração de um Projecto de Investigação sobre um tema.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


Todas as aulas são de tipo teórico-prático, com pouca exposição magistral pelo docente e uma grande participação dos estudantes na preparação e discussão da bibliografia de referência. Tanto este modelo de aulas como o sistema de avaliação concorrem para uma estratégia pedagógica que privilegia o saber adquirido em detrimento do saber transmitido.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


O modelo de aulas, em conjugação com o sistema de avaliação, permitem aos alunos, por um lado, aprofundar conhecimentos (teóricos, metodológicos, históricos), e, por outro, desenvolver algumas competências e capacidades adequadas ao nível de estudos (2º ciclo). No que se refere concretamente ao alinhamento entre os elementos de avaliação (AV) e os objectivos de aprendizagem (AO), pode estabelecer-se a seguinte a relação: AV1 -> OA1, OA2, OA3, OA4, OA5, OA6. AV2 -> OA6, OA7.

Observações / Observations


·

Bibliografia Principal / Main Bibliography


TESCHKE, Benno. Theorizing the Westphalian System of States: International Relations from Absolutism to Capitalism, European Journal of International Relations, Vol. 8.1 (2002): 5-48. SHEEHAN, Michael. Balance of Power: history and theory, London / N. York, Routledge, 1996. REYNOLDS, David. International history, the cultural turn and the diplomatic twitch, Cultural and Social History, 3.1 (2006): 75?91. MOYAR, Mark. The current state of military history, The Historical Journal, 50.1 (2007): 225-40. MACEDO, J. Borges de. História diplomática portuguesa: constantes e linhas de força, 2ª ed, Lisboa, Tribuna da História, 2006. BLACK, Jeremy. Great Powers and the Quest for Hegemony: The World Order since 1500. New York/London: Routledge/Taylor & Francis, 2008. BLACK, Jeremy. European international relations, 1648-1815, N. York, Palgrave, 2002.

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


ZMORA, Hillay. Monarchy, aristocracy and the State in Europe, 1300-1800, Londres, Routledge, 2001. WALLERSTEIN, Immanuel. O sistema mundial moderno, 2 vols, Porto, Afrontamento, 1990-1996. TILLY, Charles. As revoluções europeias (1492-1992), Lisboa, Presença, 1996. TEIXEIRA, Nuno; BARATA, Manuel T.. Nova História Militar de Portugal, Lisboa, C. Leitores, 2003 (Max. vols. 2 e 3). TALLET, Frank. War and society in early modern Europe, 1495-1715, Londres, Routledge, 1992. SPRUYT, Hendrik. The sovereign state and its competitors, Princeton, P.U. Press, 1994. SOFKA, James R.. The eighteenth century international system: parity or primacy?, in M. Cox, T. Dunne, K. Booth (eds), Empires, systems and great transformations in international politics, Cambridge, C: U: Press, 2001, pp. 147-163. SIDERI, Sandro. Comércio e poder (colonialismo informal nas relações anglo-portuguesas), Lisboa, Cosmos, 1978. SERRÃO, José Vicente. Guerra dos Sete Anos e Portugal e Tratado de Madrid (1750), in Dicionário Ilustrado da História de Portugal, vol. I, Lisboa, Alfa, 1986, pp. 302 e 413. SERRÃO, J. Veríssimo. O Marquês de Pombal: o homem, o diplomata e o estadista, Lisboa, 1982. SCHWEIZER, Karl; SCHUMANN, Matt. 'The revitalization of diplomatic history: renewed reflections', Diplomacy and Statecraft, 19 (2) (2008), 149?86. SCHWEIZER, Karl. England, Prussia and the Seven Years War: studies in alliance policies and diplomacy, Lewiston / Queenston / Lampeter, Edwin Mellen Press, 1989. SALLMANN, Jean-Michel. Nouvelle histoire des relations internationales, t. 1: Géopolitique du XVIe siècle, 1490-1618, Paris, Seuil, 2003. RUGGIE, John Gerard. Territoriality and beyond: problematizing modernity in international relations, in Andrew Linklater (ed.), International Relations: critical concepts in political science, vol IV, London / N York, Routledge, 2000, pp. 1419-57. ROGERS, Clifford J. (ed.). The military revolution debate: readings on the military transformation of Early Modern Europe, Boulder / S. Francisco / Oxford, Westview Press, 1995. ROGERS, Clifford J. (ed.). The military revolution debate: readings on the military transformation of Early Modern Europe, Boulder / S. Francisco / Oxford, Westview Press, 1995. RIBOT GARCIA, Luís. Historia del Mundo Moderno, Madrid, Actas Editorial, 1998, pp. 255-92. POMERANZ, K.. The Great Divergence: China, Europe and the Making of the Modern World Economy, Princeton, Princ. Univ. Press, 2000. PHILPOTT, Daniel. The Religious Roots of Modern International Relations. World Politics, 52.2 (2000): 206-45. OSIANDER, Andreas. The states system of Europe, 1640-1990: peacemaking and the conditions of international stability, Oxford, Clarendon Press, 1994. OSIANDER, Andreas. Sovereignty, International Relations, and the Westphalian Myth, International Organization, 55:2 (2001): 251-287. NICHOLAS, David. The transformation of Europe, 1300-1600, London / N. York, Arnold / Oxford U. P., 1999. MORTIMER, Geoff (ed). Early modern military history, 1450-1815, N. York, Palgrave Macmillan, 2004. MORINEAU, Michel. O século XVI (1492-1610), Lisboa, D. Quixote, 1980. MODELSKI, George. The Long Cycle of Global Politics and the Nation-state, in Andrew Linklater (ed.), International Relations: critical concepts in political science, vol IV, London / N York, Routledge, 2000, pp. 1340-60. MODELSKI, George. The evolution of global politics, in Journal of World-Systems Research, Vol. 1.7 (1995). MODELSKI, George. Portuguese sea power and the evolution of global politics (lecture). Lisbon, 1996. MENESES, Avelino de Freitas. A diplomacia e as relações internacionais, in A. F. Meneses (coord.), Da Restauração ao Ouro do Brasil, volume VII da Nova História de Portugal, direcção de Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques, Lisboa, Editorial Presença, 2001, pp. 148-91. JACKSON, Peter. Pierre Bourdieu, the 'cultural turn' and the practice of international history, Review of International Studies 34.1 (2008): 155-81. HOPKINS, A. G. (ed.). Globalization in World History, W. W. Norton, 2002. HOMEM, António Barbas. História das relações internacionais: o direito e as concepções políticas na Idade Moderna, Coimbra, Almedina, 2003. HILGEMAN, Werner; KINDER, Herman. Atlas historique, Paris, Perrin, 1992. HERRERO SANCHEZ, Manuel. El acercamiento Hispanico-Neerlandes 1648-1678, Madrid, 2000. GREEN, V.H.H.. Renascimento e Reforma (a Europa entre 1450 e 1660), Lisboa, 1991. GLETE, Jan. The sea power of Habsburg Spain and the development of European navies, 1500-1700 (Paper to the conference Guerra y Sociedad en la Monarquía Hispánica: Politica, Estrategia y Cultura en la Europa Moderna, 1500-1700, Madrid, March 2005). GANTET, Claire. Nouvelle histoire des relations internationales, t. 2: Guerre, paix et construction des États, 1618-1714, Paris, Seuil, 2003. FARIA, Ana M. H. Leal. Duarte Ribeiro de Macedo: um diplomata moderno (1618-1680), 2 vols., Lisboa, FLUL, 2003. ERTMAN, Thomas. Birth of Leviathan: building states and regimes in Medieval and Early Modern Europe, Cambridge, C.U. Press, 1997. ENCISO, Luis Miguel. La Europa del siglo XVIII. Barcelona, Peninsula, 2001. ELLIOTT, J. H.. A Europa dividida (1559-1598), Lisboa, Presença, 1985. DUBY, Georges. Atlas historique, Paris, 1998. DOYLE, William. The old European order, 1660-1800, Oxford, O.U. Press, 1992. DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento, 2 vols., Lisboa, Estampa, 1994. CRUZ, Laura. Policy point-counterpoint: is Westphalia history?, International Social Science Review, v. 80, nr. 3-4 (2005): 151-5. COTTRET, B.. Histoire politique de l?Europe, XVI, XVII, XVIII siècles, Paris, 1996. CLUNY, Isabel. O conde de Tarouca e a diplomacia na Época Moderna, Lisboa, Livros Horizonte, 2007. CLUNY, Isabel. D. Luís da Cunha e a ideia de diplomacia em Portugal, Lisboa, Livros Horizonte, 1999. CHAUNU, Pierre. A civilização da Europa clássica, 2 vols., Lisboa, Estampa, 1993. CARDOSO, José Luís et al.. O tratado de Methuen (1703): diplomacia, guerra, política e economia, Lisboa, Horizonte, 2003. CARDIM, Pedro et al.. A diplomacia portuguesa no Antigo Regime: perfil sociológico e trajectórias, in N. Monteiro, P. Cardim, M. Cunha (orgs), Óptima Pars: elites ibero-americanas do Antigo Regime, Lisboa, ICS, 2005, pp. 277-337. CAMERON, Evan (ed.). Early Modern Europe, Oxford / N. York, Oxford U. Press, 1999. BRAZÃO, Eduardo. A diplomacia portuguesa nos séculos XVII e XVIII, Lisboa, Resistência, 1980. BOYLE, Chris. The Mystery of Modern Wealth: Mercantilism, Value, and the Social Foundations of Liberal International Order, European Journal of International Relations, Vol. 14.3 (2008): 405-429. BOSSY, John. A Cristandade no Ocidente (1400-1700), Lisboa, Edições 70, 1990. BONNEY, Richard. The European dynastic states, 1494-1660, Oxford, O.U.Press, 1991. BOIS, Jean-Pierre. Nouvelle histoire des relations internationales, t. 3: De la paix des rois à l'ordre des empereurs, 1714-1815, Paris, Seuil, 2003. BOIS, Jean-Pierre. L?Europe à l?époque moderne : origines, utopies et réalités de l?idée d?Europe, XVI-XVIII siècle, Paris, Armand Colin, 1999. BLACK, Jeremy; SCHWEIZER, Karl. The Value of Diplomatic History: A Case Study in the Historical Thought of Herbert Butterfield, Diplomacy and Statecraft, 17.3 (2006): 617-31. BLACK, Jeremy. European warfare, 1453-1815, N. York, St Martin?s Press, 1999. BERENGER, Jean et alii. História Geral da Europa, vol.2: do começo do século XIV ao fim do século XVIII, Lisboa, P. Europa-América, 1996. BELY, Lucien. Les relations internationales en Europe, XVII-XVIII siècles, Paris, PUF, 1992. BELY, Lucien. Espions et ambassadeurs au temps de Louis XIV, Paris, Fayard, 1990. BARBER, Peter. Diplomacy: the world of the honest spy, London, British Library, 1979. ARMITAGE, David. The fifty years' rift: intellectual history and international relations, Modern Intellectual History, 1 (2004): 97-109. ANDERSON, Mathew S.. The rise of modern diplomacy, 1450-1919, London / N. York, Longman, 1993. ANDERSON, Mathew S.. The origins of the modern European State system, 1494-1613, London/N. York, Longman, 1998. ALMEIDA, Luís Ferrand de. Alexandre de Gusmão, o Brasil e o Tratado de Madrid (1735-1750), Lisboa, INIC, 1990. ALEXANDRE, Valentim. Os sentidos do Império: questão nacional e questão colonial na crise do Antigo Regime português, Porto, Afrontamento, 1993.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-02-16