Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
M8629
Acrónimo :
M8629
Ciclo :
2.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :

Carga Horária / Course Load


Semestre :
2
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
20.0h/sem
Aula Prática e Laboratorial (PL) :
6.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
27.0h/sem
Trabalho Autónomo :
123.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Psicologia

Departamento / Department


Departamento de Psicologia Social e das Organizações

Ano letivo / Execution Year


2023/2024

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Licenciatura em Psicologia.

Objetivos Gerais / Objectives


O objectivo geral desta UC consiste em introduzir a problemática dos abusos sexuais de crianças e adolescentes, auxiliando os alunos na identificação, avaliação e sinalização desta forma de mau trato junto das entidades competentes. Pretende-se aumentar conhecimentos sobre o enquadramento legal do abuso sexual, definição, compreensão das dinâmicas individuais, familiares e sociais e sistematização de um processo de avaliação. É também objectivo aprofundar conhecimentos sobre estratégias de intervenção primária, com a apresentação e reflexão sobre diversos programas e materiais nesta área, destinados a crianças, famílias e profissionais.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


O estudante que complete com sucesso esta UC será capaz de: OA1. Distinguir entre crimes contra a liberdade sexual e crimes contra a autodeterminação sexual. OA2. Definir abuso sexual enquanto forma de mau trato. OA3. Descrever as principais características individuais e dinâmicas familiares e sociais associadas a esta forma de mau trato. OA4. Identificar as especificidades de um processo de avaliação que envolve a criança, a família e o sistema de justiça. OA5. Desenhar um protocolo de avaliação, numa perspectiva de articulação interdisciplinar e interinstitucional. OA6. Distinguir entre avaliação da competência para prestar testemunho e avaliação da credibilidade das declarações. OA7. Identificar orientações de elaboração de um relatório forense. OA8. Descrever os principais objectivos, conteúdos e metodologias de intervenção primária, numa lógica preventiva. OA9. Conhecer diversos programas e materiais de intervenção primária, destinados a crianças, pais e profissionais.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


CP1. Enquadramento legal dos crimes de natureza sexual. CP2. O abuso sexual enquanto forma de mau trato: - Conceptualização do abuso sexual - Indicadores e impacto - Dinâmicas individuais, familiares e sociais CP3. Processo de avaliação: - A criança e adolescente enquanto testemunha - Protocolos de entrevista (junto da criança/adolescente alegadamente vítima e da família) - Metodologias auxiliares e complementares ao processo de avaliação CP4. Avaliação da competência para prestar testemunho e avaliação da credibilidade das declarações. CP5. Orientações gerais para a elaboração de relatório forense. CP6. Intervenção primária: - Objectivos - Destinatários - Conteúdos - Metodologias - Análise de diversos programas e materiais de prevenção primária.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes


Nesta UC, todos os objectivos de aprendizagem (AOs) são concretizados em conteúdos programáticos (CPs): CP1 - OA1 CP2 - OA 2, 3 CP3 - OA 4, 5 CP4 - OA 6 CP5 - OA 7 CP6 - OA 8, 9

Avaliação / Assessment


Avaliação contínua ou final 1) Avaliação contínua: Trabalho de grupo: conceptualização de um caso e questão teórica (40%); Teste individual sobre conteúdos programáticos (60%) 2) Avaliação final: para alunos que reprovem na avaliação contínua ou que optem por avaliação final. Exame (1ª/2ª época) (100%) Ficam aprovados os alunos que obtenham, em todas as avaliações, e média final igual ou superior a 9.5 valores

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


A UC está estruturada em aulas teórico-práticas: (a) Componente teórico: apresentação dos conceitos e das perspectivas teóricas de forma expositiva, em grande grupo; (b) Componente prático: realização de exercícios práticos em pequenos grupos, com base na metodologia de estudo de caso. A orientação tutorial (OT) destina-se ao esclarecimento de dúvidas dos alunos.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


A coerência entre cada metodologia de ensino e avaliação e os objectivos de aprendizagem definidos pela UC é realizada da seguinte forma: 1) O componente teórico, mais centrado na metodologia expositiva, encontra-se alinhado com todos os OAs (conhecimento, atitudes e competências). 2) A análise e discussão de casos práticos, numa perspectiva de metodologia participativa, encontra-se alinhada com os OAs 5, 6, 8, 9. 3) A primeira parte do trabalho prático de avaliação (metodologia activa), que consiste na análise e conceptualização de um caso, encontra-se alinhada com os OAs 2, 3, 6; a segunda parte do trabalho, uma questão de desenvolvimento de natureza teórica, encontra-se alinhada com os OAs 1, 2, 3, 4, 8, 9. 4) A avaliação através de um exame encontra-se alinhada com os OA 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9. As horas de trabalho autónomo destinam-se a leituras de apoio e preparação para as aulas, elaboração do trabalho individual, preparação e realização do exame, participação em congressos/conferências ou outros eventos relativos ao tema. A orientação tutorial destina-se ao esclarecimento de dúvidas específicas.

Observações / Observations


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Bibliografia Principal / Main Bibliography


Anciães, A. & Agulhas, R. (2022) (Coords.). Grande livro sobre a violência sexual: Compreensão, prevenção, avaliação e intervenção. Lisboa: Sílabo. Alexandre, J., Agulhas, R., & Lopes, C. (2021). Aventuras do Búzio e da Coral ? Benefícios do jogo de prevenção universal do abuso sexual para crianças em idade escolar. Análise Psicológica, 1(XXXIX): 53-64 doi: 10.14417/ap.1601. Ceci, S. & Bruck, M. (2005). Jeopardy in the Courtroom, a scientific analysis of children's testimony. USA: American Psychological Association. Furniss, T. (1993). Abuso Sexual da Criança - uma abordagem multidisciplinar. Brasil: Artes Médicas. Gómez, F. (2001). Evaluación Psicológica Forense. Fuentes de información, abusos sexuales, testimonio, peligrosidad y reincidencia. Salamanca: Amarú Ediciones. Sánchez, F. & Sánchez, A. (1997). Prevención de Abusos Sexuales a Menores. Salamanca: Amarú Ediciones. Sánchez, F. (2014). Los abusos sexuales a menores y otras formas de maltrato sexual. Editorial Sintesis.

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


Agulhas, R., Figueiredo, N., & Alexandre, J. (2016). 'Vamos Prevenir! As Aventuras do Búzio e da Coral - jogo de prevenção primária do abuso sexual par crianças dos 6 aos 10 anos'. Edições Sílabo. Agulhas, R. & Anciães, A. (2015). Casos práticos em Psicologia forense: Enquadramento legal e avaliação pericial (2.ª Ed.). Lisboa: Edições Sílabo. Blandon-Gitlin, I., Pezdek, K., Rogers, M., & Brodic, L. (2005). Detecting deception in children: An experimental study of the effect of event familiarity on CBCA ratings. Law and Human Behavior, 29(2), 187-197. Brunet, M., Evans, A., Talwar, V., Bala, N., Lindsay, R., & Lee, K. (2013). How children report true and fabricated stresseful and non-stresseful events. Psychiatry, Psychology and Law. DOI:10.1080/13218719.2012.750896. Cheung, M. & Boutté-Queen, N. (2010). Assessing the relative importance of the child sexual abuse interview protocol items to assist child victims in abuse disclosure. Journal of Family Violence, 25, 11-22. Crisma, M., Bascelli, E., Paci, D., & Romito, P. (2004). Adolescents who experienced sexual abuse: fears, needs and impediments to disclosure. Child Abuse & Neglect, 28, 1035-1048. Fávero, M. (2003). Sexualidade Infantil e Abusos Sexuais a Menores. Lisboa: Climepsi Editores. Hooper, C. (1992). Mothers Surviving Child Sexual Abuse. UK: Tavistock/Routledge. Jensen, T., Gulbrandsen, W., Mossige, S., Reichelt, S., & Tjersland, O. (2005). Reporting possible sexual abuse: a qualitative study on children's perspectives and the context for disclosure. Child Abuse & Neglect, 29, 1395-1413. Lamb, M., Hershkowitz, I., Orbach, Y., & Esplin, P. (2008). Tell me what happened: Structured investigative interviews of child victims and witnesses. New York: Wiley. London, K., Bruck, M., Ceci, S., & Shuman, D. (2005). Disclosure of child sexual abuse: what does the research tell us about the ways children tell? Psychology, Public Policy, and Law, 11 (1), 194-226. Machado, C. & Gonçalves, R. (2002). Violência e Vítimas de Crimes. Vol. 2 - Crianças. Coimbra: Quarteto Editora. Roma, P., Martini, P., Sabatello, U., Tatarelli, R., & Ferracuti, S. (2011). Validity of criteria-based content analysis (CBCA) at trial in free-narrative interviews. Child Abuse & Neglect, 35, 613-620. Ryan G. (2000). Childhood sexuality: a decade of study. Part I - research and curriculum development. Child Abuse & Neglect, 24 (1), 33-48. Steller, M. & Kohnken, G. (1989). Criteria-based statement analysis. In D. Raskin (Ed.). Psychological methods in criminal investigation and evidence (pp. 217-245). New York: Springer-Veriag. Davies, G., Hollin, C., & Bull, R. (2008). Forensic Psychology. USA: John Wiley & Sons. Mart, E. (2010). Common errors in the assessment of allegations of child sexual abuse. The Journal of Psychiatry & Law, 38, 325-343.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-02-16