Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
04630
Acrónimo :
MSPPGS
Ciclo :
2.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
Inglês, Português

Carga Horária / Course Load


Semestre :
1
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
24.0h/sem
Aula Prática e Laboratorial (PL) :
0.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
25.0h/sem
Trabalho Autónomo :
125.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Ciências Sociais

Departamento / Department


ISCTE

Ano letivo / Execution Year


2024/2025

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Não existem pré-requisitos específicos para a frequência desta UC.

Objetivos Gerais / Objectives


O principal objetivo da Unidade Curricular “Movimentos sociais, política e poéticas de género e sexualidade” é fornecer as ferramentas para analisar criticamente a relação entre género, sexualidade, movimentos sociais e política. Através de aulas teórico-práticas, pretende-se que as pessoas discentes se familiarizem com a forma como os movimentos sociais e a política afetam o género e a sexualidade, bem como o género e a sexualidade afetam as estruturas e os processos dos movimentos sociais e a política. Ao fazê-lo, o curso analisará estudos de caso de vários contextos internacionais.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


OA1. Conhecer e compreender os processos pelos quais os movimentos sociais e a política têm como alvo as normas e as práticas de género e sexualidade, bem como as múltiplas formas como a mobilização e a política são moldadas pelo género e pela sexualidade, bem como pela raça, etnia e status socioeconómico. OA2. Conhecer e discutir criticamente alguns estudos de caso relacionados com os temas do curso. OA3. Compreender as articulações interseccionais dos estudos de género com outras áreas do conhecimento. OA4. Adquirir as competências necessárias para ler textos complexos que discutem género, sexualidade, movimentos sociais e política e para comunicar e argumentar com precisão por escrito e oralmente.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


CP1.1 Localizar género e sexualidade nas práticas e políticas dos movimentos sociais. CP1.2 Mulheres, feminismos e movimentos pela justiça de género. CP2.1 Ativismos grassroots no contexto global: organizações de profissionais do sexo. CP2.2 Tráfico, contra-tráfico e feminismos contemporâneos. CP2.3 Abordagens feministas transnacionais: género e politica no Médio Oriente e Norte de África. CP2.4 Género, sexualidade e violência na Palestina/Israel. CP3.1 Corpos em aliança e interseccionalidade - levantes feministas e coletivos queer. CP3.2 Contra-homonormatividades. CP3.3 Femonacionalismo and homonacionalismo. CP3.4 Repensar os movimentos pelo comum no capitaloceno.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes


A primeira parte do curso (CP1) localiza historicamente o género e a sexualidade na prática dos movimentos sociais e na política. Na segunda parte do curso (CP 2), são aprofundados alguns estudos de caso. Na última parte do curso (CP3), são apresentadas a questão das políticas de articulação interseccionais e práticas de coligação. OA1: CP1.1, CP1.2; OA2: CP2.1, CP2.2, CP2.3, CP2.4; OA3: CP3.1, CP3.2, CP3.3., CP3.4; OA4: CP1.1, CP1.2; CP2.1, CP2.2, CP2.3, CP2.4; CP3.1, CP3.2, CP3.3, CP3.4.

Avaliação / Assessment


A avaliação é ao longo do semestre e é ponderada da seguinte forma: 1) Apresentação oral de textos selecionados: 30% Um grupo de estudantes apresentam oralmente um texto selecionado a partir da lista de referências. 2) Trabalho Final: 60% Ensaio escrito individual sobre um dos temas do programa da disciplina com no máximo 20,000 caracteres incluindo espaços. 3) Participação ativa nas aulas: 10% Participação ativa nos debates e nas discussões e presença nas aulas. Os critérios de avaliação dos momentos de avaliação ao longo do semestre e do trabalho final serão: qualidade da apresentação dos argumentos e das propostas conceptuais e metodológicas, reflexividade crítica e qualidade da forma. É exigida nota mínima de 9,5 valores em todos os momentos de avaliação. Estudantes devem estar presentes pelo menos em 70% das aulas, tendo em conta o regime de avaliação ao longo do semestre. Em caso de insucesso ou do não cumprimento dos requisitos referidos, os discentes podem recorrer ao exame final. A avaliação por exame corresponderá à entrega de um trabalho individual (100%). O enunciado do trabalho será disponibilizado no Moodle uma semana antes da data de entrega. Para aprovação em exame final, a nota mínima é de 9,5 valores.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


Os objetivos da unidade curricular serão atingidos: com recurso a aulas teórico-práticas, orientação tutorial e trabalho individual e em grupo. Nas aulas as docentes expõem a matéria, mobilizam curtas-metragens e vídeos que relacionem género e sexualidade com movimentos sociais e liguem teoria e prática, interpelam estudantes e tiram dúvidas. As orientações tutoriais destinam-se a apoiar as pessoas discentes em relação aos trabalhos.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


A assiduidade e a participação nas aulas, a leitura dos textos da bibliografia do curso, a realização dos trabalhos durante o período letivo, bem como a realização de um trabalho final, permitem aprender os conteúdos programáticos, quer de um ponto de vista mais conceptual, quer através da familiarização com casos de estudo concretos. Todos os objetivos de aprendizagem são aferidos pelas mesmas metodologias.

Observações / Observations


Bibliografia Principal / Main Bibliography


- Abu-Lughod, L. (2013) Do Muslim Women Need Saving? Cambridge and London: Harvard University Press. - Arruzza, C., Bhattacharya, T., Fraser, N. (2019) Feminism for the 99%: A Manifesto. London: Verso. - Clemente, M. (2023) Feminism and Counter-Trafficking: Exploring the Transformative Potential of Contemporary Feminism in Portugal. Social & Legal Studies, 32(3), 420-440. - Daniele, G. (2014) Women, Reconciliation and the Israeli-Palestinian Conflict: The Road Not Yet Taken. London and New York: Routledge. - Lopes, A. (2006) Trabalhadores do sexo uni-vos! Organização laboral na indústria do sexo. Publicações Dom Quixote. - Oliveira, J.M. (2023) Uprisings: A Meditation on Feminist Strategies for Enacting the Common. In: Santos, A.C. (eds) LGBTQ+ Intimacies in Southern Europe. Citizenship, Gender and Diversity. London: Palgrave Macmillan. - Puar, J. (2013) Rethinking Homonationalism. International Journal of Middle East Studies, 45(2), 336–339.

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


- Al-Ali, N. (2012) Gendering the Arab Spring, Middle East Journal of Culture and Communication, 5: 26-31. - Butler, Judith (2015) Notes toward a performative theory of assembly. Cambridge, MA: Harvard University Press. - Cockburn, C. (1998) The Space Between Us. London and New York: Zed Books. ch. 2, pp. 46-75. - Della Porta, D. (2006) Social Movements, Political Violence and the State. Cambridge University Press. - Doezema, J. (2010) Sex Slaves and Discourse Masters: The Construction of Trafficking. Zed Books. - Farris, Sara (2017) In the name of women’s rights: The rise of femonationalism, Durham, NC: Duke University Press. – Introduction. - Grant, Ruby & Nash, Meredith (2020) Homonormativity or queer disidentification? Rural Australian bisexual women's identity politics. Sexualities, 23 , 592-608. - Haraway, Donna J. (2016) Tentacular thinking: Anthropocene, capitalocene, chthulucene. e-flux, 75: https://www.e-flux.com/journal/75/67125/tentacular-thinking-anthropocene-capitalocene-chthulucene/ - Lasio, Diego, Oliveira, João Manuel and Serri, Francesco (2020) Queering kinship, overcoming heteronorms. Human Affairs, vol. 30 (1), pp. 27-37. - Quirk, J., Kenway, E. & Thibos, C. (Eds.) (2021) It’s time to get off the fence on sex workers’ rights. Beyond Trafficking and Slavery/openDemocracy. - Sharoni, S. (2012) Gender and Conflict Transformation in Israel/Palestine. Journal of International Women’s Studies, 13(4): 113-128. - Spivak, Gayatri Chakravorty (2010) “Can the Subaltern Speak?” revised edition, from the “History” chapter of Critique of Postcolonial Reason. In Rosalind C. Morris (ed.). Can The Subaltern Speak?: Reflections On The History Of An Idea. New York: Columbia University Press. (46-66). - Weldon, L. S., Lusvardi, A., Kelly-Thompson K., Forester S. (2023) Feminist waves, global activism, and gender violence regimes: Genealogy and impact of a global wave. Women’s Studies International Forum, 99. - Yuval-Davis, N. (1997) Gender & Nation (Los Angeles and London: Sage) ch. 1, pp. 1-25.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-07-23