Ficha Unidade Curricular (FUC)

Informação Geral / General Information


Código :
02185
Acrónimo :
02185
Ciclo :
2.º ciclo
Línguas de Ensino :
Português (pt)
Língua(s) amigável(eis) :
Português,Inglês

Carga Horária / Course Load


Semestre :
2
Créditos ECTS :
6.0
Aula Teórica (T) :
0.0h/sem
Aula Teórico-Prática (TP) :
20.0h/sem
Aula Prática e Laboratorial (PL) :
0.0h/sem
Trabalho de Campo (TC) :
0.0h/sem
Seminario (S) :
0.0h/sem
Estágio (E) :
0.0h/sem
Orientação Tutorial (OT) :
1.0h/sem
Outras (O) :
0.0h/sem
Horas de Contacto :
21.0h/sem
Trabalho Autónomo :
129.0
Horas de Trabalho Total :
150.0h/sem

Área científica / Scientific area


Antropologia

Departamento / Department


Departamento de Antropologia

Ano letivo / Execution Year


2020/2021

Pré-requisitos / Pre-Requisites


Não tem.

Objetivos Gerais / Objectives


Os estudos sobre a infância e a juventude constituem presentemente um campo relativamente consolidado e de natureza transdisciplinar. Tanto a Antropologia como a Sociologia têm contribuído para mostrar que a idade constitui um princípio universal de organização social e, ao mesmo tempo, têm chamado a atenção para o facto de que ser criança e ser jovem não significa a mesma coisa em todo o lado. Embora as crianças e os jovens tenham começado a chamar a atenção de sociólogos/as e antropólogos/as desde cedo na história destas disciplinas, a sua conceptualização enquanto agentes sociais de pleno direito emergiu mais recentemente. Partindo da problematização das categorias de infância e juventude ? vistas como construções sociais intimamente ligadas à noção de pessoa ? a UC visa apresentar este campo de estudos transdisciplinar e estimular os estudantes a ler e a debater sobre as questões de natureza teórica e metodológica implicadas na pesquisa sobre infância e juventude.

Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes


1. Compreender como a idade é um dos princípios mais elementares e universais de organização social. 2. Enquadrar social e historicamente a emergência da Infância e da Juventude e reconhecer o seu carácter socialmente construído; 3. Compreender as implicações do paradigma teórico que olha para as crianças e jovens como agentes ativos e participantes da vida social. 4. Convocar o conhecimento produzido nos domínios socio-antropológico na análise, interpretação e compreensão dos modos de ser jovem ou criança em diferentes contextos e circunstâncias socioculturais. 5. Identificar temáticas específicas especificidades e transversalidades nos modos de ser criança e jovem nas sociedades contemporâneas. 6. Construir uma bibliografia seletiva sobre estudos de infância e juventude (em função dos interesses de cada estudante e em articulação com o seu tema de dissertação) 7. Comunicar de modo claro teorias, conceitos e resultados de investigação no domínio temático da unidade curricular.

Conteúdos Programáticos / Syllabus


1. Fundamentos 1.1. A idade como principio básico de organização social em diferentes contextos sociais e culturais 1.2. A infância e a juventude como construção social 1.3. Métodos e fontes na pesquisa sobre crianças e jovens 2. Temáticas 2.1. Crianças e jovens na família 2.2 Crianças e jovens na escola 2.3. Crianças e jovens: media e NTIC 2.4. Aprendizagens na relação com os pares 2.5. Ritos de passagem nas sociedades contemporâneas 2.6. Ser criança e jovem num mundo globalizado 2.7. Projetos de intervenção para crianças e jovens (sessão com convidados)

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes


Os conteúdos programáticos da UC relativos ao ponto 1. Fundamentos (4 sessões) são coerentes com os objetivos 1,2, 3 e 4. Os conteúdos programáticos da UC relativos ao ponto 2. Temáticas (6 sessões) são coerentes com os objetivos 2.1, 2.2, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6 e 2.7.

Avaliação / Assessment


Serão usados os seguintes instrumentos de avaliação: Comentário crítico a um texto - 30% Ensaio final - 70% Exame final (100%) ? para estudantes que abandonem ou não obtenham aprovação na avaliação ao longo do semestre.

Metodologias de Ensino / Teaching methodologies


Aulas teórico-práticas (TP), trabalho autónomo(TA) e orientação tutorial (OT). TP - palestra de enquadramento do tema por parte do(a) docente seguida de apresentação do trabalho dos mestrandos relacionado com o mesmo TA-leitura de bibliografia de referência e pesquisa autónoma de bibliografia complementar com vista à participação informada nos debates ao longo das aulas e escrita do comentário crítico e ensaio final. OT - esclarecimento de dúvidas e preparação e discussão do ensaio final.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes


Metodologias de ensino ? Objetivos de Aprendizagem Aulas teórico-práticas (TP) ? OA1; OA2; OA3; OA4 Trabalho Autónomo (TA) ? OA5; OA6 Tutorias (OT) ? OA5; OA6; OA7

Observações / Observations


-

Bibliografia Principal / Main Bibliography


Seabra, T, (2006) ?A escola do ponto de vista das crianças ? avaliação, sentimentos e representações em alunos da escolaridade obrigatória? Cidades, Comunidades, Territórios, nº 11-12,105-119 Reis, F. (1991) Educação, Ensino e Crescimento. O jogo Infantil e a aprendizagem do cálculo económico Lisboa:Escher Pinto, M; Sarmento, M.J. (coord.)(1999) Saberes sobre as Crianças: para uma bibliografia da Infância e as crianças em Portugal (1974-1998) Braga: Uni. Minho. Pais, J. M. (2003) Culturas Juvenis Lisboa: Imprensa Nacional da Casa da Moeda Nunes, A. (1999), A Sociedade das Crianças A?Uvê-Xavante. Por uma Antropologia da Criança Lisboa: Instituto de Inovação Educacional Dayrell, J. et alli (org.) (2012). Família, escola e juventude: olhares cruzados Brasil-Portugal Minas Gerais: Ed.UFMG Corsaro, W. A. (1997), The Sociology of Childhood Thousand Oaks:Pine Forge Press Amit-Talai, V.; Wulf, H. (Eds) 1995 Youth Culture. A Cross-Cultural Perspective London and New York: Routledge

Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography


Núcleo de Estudos de Infância e Juventude (Cria/ISCTE-IUL) Observatório Permanente da Juventude (ICS/UL) Fontes de informação especializadas: Vieira, Maria Manuel (org.) (2007). Escola, Jovens e Media, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Reis, Filipe (2005), ?A Literacia enquanto Envolvimento? Diálogos com a Literacia, CIVITAS/Lisboa Editora, p. 71-82. Reis, Filipe (1996), ?Oralidade e Escrita na Escola Primária: Programas e Práticas? em Raul Iturra (org.) O Saber das Crianças, Cadernos ICE nº3, Instituto das Comunidades Educativas, p.67-108. Reis, Filipe (1994), "A domesticação escolar do pensamento infantil. Perspectivas teóricas para a análise das práticas escolares", Educação, Sociedade & Culturas, nº3, I, 37 ? 56, disponível em http://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC3/3-2-reis.pdf Reis, Filipe (1994), ?Le jeu, ou coment passer de la subordination à l?entendement?, Denise Becker, Marie Elisabeth-Handman, Raul Iturra (org.) Échec Scolaire ou École en Échec? Têtes dures têtes vides. L?échec scolaire des Portugais dans leur pays et en France, ed. L?Harmattan, Paris. Ponte, C. et alli (eds.) (2012) Crianças e internet em Portugal Coimbra: Minerva Ponte, Cristina. 2012. Crianças & Media. Pesquisa internacional e contexto português do século XIX à actualidade. Portugal: Imprensa de Ciências Sociais. Ponte, Cristina (ed.) 2009. Crianças e Jovens em Notícia. Lisboa: Livros Horizonte. Pinto, Manuel e M. J. Sarmento (coord.)(1997). As crianças: contextos e identidades. Braga: Universidade do Minho. Pais, José Machado (coordenação), 2003, 2ª Ed. (1ª Edição: 1999). Traços e riscos de vida. Uma abordagem qualitativa a modos de vida juvenis, Porto: Ambar. Pais, José Machado, René Bendit e Vitor Sérgio Ferreira (org.) (2011). Jovens e Rumos, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Pais, José Machado (2012). Sexualidades e Afectos Juvenis, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais Marques, Margarida M., Joana L. Martins, José G.P. Bastos e Isabel Barreiros (2005), Jovens, Migrantes e a Sociedade da Informação e do Conhecimento. A Escola perante a Diversidade, Lisboa, ACIME. Hardman, Ch. 2001 ?Can There Be An Anthropology of Children?? Childhood, 8(4): 501-517 Grassi, Marzia (2009). Capital Social e Jovens Originários dos PALOP em Portugal,Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Ferreira, Vítor Sérgio (Coordenador), Ana Matos Fernandes, Jorge Vieira, Pedro Puga, Susana Barrisco (2006), A Condição Juvenil Portuguesa na Viragem do Milénio, Colecção Estudos Sobre Juventude, n.º 10. Lisboa: IPJ. Ferreira, Vitor Sérgio (2008). Marcas que Demarcam. Tatuagem, Body Piercing e Culturas Juvenis, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Ferreira, M. Manuela (2000). Salvar os Corpos, Forjar a Razão: contributo para uma análise crítica da criança e da infância como construção social em Portugal (1880-1940). Lisboa: Instituto de Inovação Educacional. Núcleo de Estudos de Infância e Juventude (Cria/ISCTE-IUL) Observatório Permanente da Juventude (ICS/UL) Fontes de informação especializadas: Vieira, Maria Manuel (org.) (2007). Escola, Jovens e Media, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Reis, Filipe (2005). ?A Literacia enquanto Envolvimento?, Diálogos com a Literacia, CIVITAS/Lisboa Editora, p. 71-82. Reis, Filipe (1996), ?Oralidade e Escrita na Escola Primária: Programas e Práticas? em Raul Iturra (org.), O Saber das Crianças, Cadernos ICE nº3, Instituto das Comunidades Educativas, p.67-108. http://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC3/3-2-reis.pdf Disponível em: Reis, Filipe (1994). "A domesticação escolar do pensamento infantil. Perspectivas teóricas para a análise das práticas escolares", Educação, Sociedade & Culturas, nº3, I, 37 ? 56. Reis, Filipe (1994). ?Le jeu, ou coment passer de la subordination à l'entendement?, Denise Becker, Marie Elisabeth-Handman, Raul Iturra (org.), Échec Scolaire ou École en Échec? Têtes dures têtes vides. L'échec scolaire des Portugais dans leur pays et en France, ed. L'Harmattan, Paris. Disponível em: http://www.revistas.uff.br/index.php/antropolitica/article/view/252/174 Raposo, Otávio (2014). ?'Nós representa a favela mano'?. B-boys da Maré superando estereótipos?, Antropolítica, n.37, 21-50. Ponte, Cristina (2012). Crianças & Media. Pesquisa internacional e contexto português do século XIX à actualidade. Portugal: Imprensa de Ciências Sociais. Ponte, Cristina (ed.) (2009). Crianças e Jovens em Notícia, Lisboa: Livros Horizonte. Pinto, Manuel e M. J. Sarmento (coord.)(1997). As crianças: contextos e identidades, Braga: Universidade do Minho. http://www.scielo.br/pdf/ln/n79/a07n79.pdf Disponível em: Pereira, Alexandre Barbosa (2010), ?As marcas da cidade: a dinâmica da pixação em São Paulo?, Lua Nova, n.79, 235-244. Pais, José Machado (coordenação)(2003). Traços e riscos de vida. Uma abordagem qualitativa a modos de vida juvenis, Porto: Ambar. Pais, José Machado, René Bendit e Vitor Sérgio Ferreira (org.) (2011). Jovens e Rumos, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Pais, José Machado (2012). Sexualidades e Afectos Juvenis, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Marques, Margarida M., Joana L. Martins, José G.P. Bastos e Isabel Barreiros (2005), Jovens, Migrantes e a Sociedade da Informação e do Conhecimento. A Escola perante a Diversidade, Lisboa, ACIME Grassi, Marzia (2009). Capital Social e Jovens Originários dos PALOP em Portugal, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Ferreira, Vítor Sérgio (Coordenador), Ana Matos Fernandes, Jorge Vieira, Pedro Puga, Susana Barrisco (2006), A Condição Juvenil Portuguesa na Viragem do Milénio, Colecção Estudos Sobre Juventude, n.º 10. Lisboa: IPJ. Ferreira, Vitor Sérgio (2008). Marcas que Demarcam. Tatuagem, Body Piercing e Culturas Juvenis, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Ferreira, M. Manuela (2000). Salvar os Corpos, Forjar a Razão: contributo para uma análise crítica da criança e da infância como construção social em Portugal (1880- 1940), Lisboa: Instituto de Inovação Educacional. Outra Bibliografia Complementar Disponível em: http://perio.unlp.edu.ar/teorias/index_archivos/margulis_la_juventud.pdf Urresti (1996). ?La luventude es más que una palabra?, Mario Margulis e Marcelo Urresti (org), La luventude es más que una palabra. Ensayos sobre cultura y juventud, Buenos Aires: Biblos. Disponível em: http://www.buala.org/pt/cidade/convivio-ouviolencia-os-meets-e-a-afirmacao-do-direito-a-cidade Raposo, Otávio (2014). "Convívio ou violência. Os meets e a afirmação do direito à cidade", Buala. http://www.scielo.mec.pt/pdf/spp/n64/n64a07.pdf Disponível em: Raposo, Otávio (2010). ?Tu és rapper, representa arrentela, és red eyes gang?: Sociabilidades e estilos de vida de jovens do subúrbio de Lisboa. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 64, 127-147. Ponte, Cristina; Ana Jorge; José Alberto Simões e Daniel S. Cardoso (eds.) (2012). Crianças e internet em Portugal, Coimbra: Minerva. http://nau.fflch.usp.br/sites/nau.fflch.usp.br/files/up load/paginas/Artigo-Alexandre-Barbosa-Pereira.pdf Disponível em: Pereira, Alexandre Barbosa (2007), ?Muitas palavras: a discussão recente sobre juventude nas Ciências Sociais?, Ponto Urbe. Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, n.1, 1-15. Magnani, José Guilherme (2005), ?Os circuitos dos jovens urbanos?, Sociologia. Revista do Departamento de Sociologia da FLUP, Porto, vol. 20, n.2, 13-38. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/8785.pdf Margulis, Mario; Marcelo Lapa da Silva, T. J. F. (2015). "A infância em rede: media e quadros de existência infantis na sociedade em rede." Tese de Doutoramento. Lisboa: ISCTE-IUL Lapa da Silva, T. J. F. (2015). "A infância em rede: media e quadros de existência infantis na sociedade em rede." Tese de Doutoramento. Lisboa: ISCTE-IUL Hardman, Charlotte [1973] (2001). ?Can There Be An Anthropology of Children??, Childhood, Vol. 8(4): 501-517. http://www.articaonline.com/wp-content/uploads/2011/07/jovenes_culturas_ urbanas_completo.pdf Disponível em: Canclini, Néstor Garcia; Francisco Cruces e Maritza Urtega Castro (org.) (2012). Jóvenes, Culturas Urbana e Redes Digitales, Madrid: Fundation Telefonica. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 71832016000100279&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Aderaldo, Guilhermo e Otávio Raposo (2016). ?Deslocando fronteiras: notas sobre intervenções estéticas, economia cultural e mobilidade juvenil em áreas periféricas de São Paulo e Lisboa?, Horizontes Antropológicos, vol. 22 n. 45, 279-305.

Data da última atualização / Last Update Date


2024-02-16