Sumários

AULA 5 (13 de novembro 2024)

13 Novembro 2024, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


A aula discute a relação entre feminismo e antropologia, apresentando as questões epistemológicas e políticas de fundo que acompanham o desenvolvimento da antropologia feminista e a influencia marcante que tiveram na antropologia contemporânea — desde o debate sobre diferença e interseccionalidade, género e poder, reflexividade e posicionalidade, até o nexo entre produção e reprodução.

Leituras:

  1. Abu-Lughod, Lila (2006), Writing against Culture [1991]. In E. Lewin (ed), Feminist Anthropology: A Reader. Malden, MA: Blackwell, pp. 153-169.
  2. Alves de Matos, Patrícia (2023), Distributed agency: Care, human needs, and distributive struggles in Portugal. Critique of Anthropology 44(1): 82-96.
  3. Brodkin (Sacks), Karen, Toward a Unified Theory of Class, Race, and Gender [1989]. In E. Lewin (ed). Feminist Anthropology: A Reader. Malden, MA: Blackwell, pp. 129-146.
  4. Haraway, D. (1988), Situated knowledge: The science question in Feminism and the privilege of partial perspective. Feminist Studies 14(3).
  5. Johnson, Jessica (2018), Feminist anthropology and the question of gender. In M. Candea (ed.), Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp. 195-208.
  6. Lewin, E. (2006), Introduction. In E. Lewin (ed). In E. Lewin (ed), Feminist Anthropology: A Reader. Malden, MA: Blackwell, pp. 1-37.
  7. Oyěwùmí, Oyèrónké (2014). The Invention of Women [1997]. H. Moore, & S. Todd (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 448-454.

AULA 4 (6 de novembro 2024)

6 Novembro 2024, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


Esta aula discute o problema da comparação como aspeto epistémico constitutivo da teoria e da prática antropológica. A questão da comparação é, portanto, abordada a partir dos enquadramentos epistemológicos da relação entre “experiência” e “cognição”. São discutidas formas diferentes de entender e praticar a comparação, as críticas persistentes às comparações tipológicas, a noção de semelhança de família e a visão hipercrítica do debate pós-moderno.

Leituras: 

  1. Bourdieu, P. (2014) Participant Objectivation [2003]. In Moore, Henrietta, & Todd Sanders (eds) (2014), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 556-559.
  2. Candea, M. (2018). The Impossible Method (capítulo 1). In Candia, Matei (2018), Comparison in Anthropology: The Impossible Method. Cambridge: Cambridge University Press, pp. 29-52.
  3. Herzfeld, M. (2001). Epistemologies. In Anthropology: Theoretical Practice in Culture and Society. Oxford: Blackwell Publishing, pp. 21-54
  4. Strathern, M. (2018). Persons and partible persons. In Candea, Matei (ed.) (2018), Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp. 237-246

AULA 3 (30 de outubro 2024)

30 Outubro 2024, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


Esta aula aborda um conjunto de debates teóricos desde os anos ’50 até os anos ’70, que incluem a crítica do estrutural-funcionalismo, as correntes “materialistas”, a antropologia simbólica, as teorias da prática e o neo-marxismo. Os problemas discutidos são os seguintes: relação entre “indivíduo” e sociedade/cultura; relação entre estruturas e agência; dimensão temporal da mudança/transformação dos sistemas socioculturais; idealismo e materialismo; produção e reprodução; por fim, a tentativa de operacionalizar a noção de prática como saída dos impasses teóricos durkheimianos.

AULA 2 (23 de outubro 2024)

23 Outubro 2024, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


Nesta aula são apresentados os principais paradigmas dominantes da disciplina, até meados do século 20: evolucionismo, particularismo, funcionalismo, estrutural-funcionalismo e estruturalismo. São também discutidas as duas analogias de referência no debate teórico interno e entre esses paradigmas (analogia orgânica e linguística), assim como a centralidade da "função" no modelo de explicação. Por fim, esta aula aborda os termos principais do debate sobre o conceito de cultura na antropologia norte-americana, através o trabalho de Franz Boas e dos seus alunos.

Leituras: 

Candea, M. (2018), "Severed roots: Evolutionism, diffusionism and (structural-)functionalism". In M. Candea (ed) Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp.18-59.

Stasch, R. (2018), "Structuralism". In M. Candea (ed) Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp. 60-78.

Barnard, Alan (2022), History and Theory in Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press [capítulos: 2. Vision of Anthropology; 5. Funcionalism and Structural-Functionalism; 9. Structuralism, from Linguistics to Anthropology]

Moore, H & T. Sanders (2014). "Anthropology and Epistemology". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 1-18.

Boas, Franz (2014). "The Aims of Anthropological Research". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 22-31.

Kroeber, Alfred L. (2014). "The concept of culture in Science". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 32-36.

Benedict, Ruth (2014). "The individual and the Pattern of culture". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 43-52.

Radcliffe-Brown, Arthur R. (2014). "On Social Structure". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 64-69.

Lévi-Strauss, Claude (2014). "Structural Analysis in Linguistics and Anthropology". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 192-2003.

AULA 1 (16 de outubro 2024)

16 Outubro 2024, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


Introdução à disciplina e apresentação do programa e da bibliografia principal. O lugar da antropologia — e nomeadamente da “teoria antropológica” — no conjunto da teoria social. Genealogias plurais, tradições hegemónicas e periféricas. Teorização antropológica, colonialismo e nation-bulding. 

Leituras: 

Candea, M. (2018), "Severed roots: Evolutionism, diffusionism and (structural-)functionalism". In M. Candea (ed) Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp.18-59.

Herzfeld, M. (2001), "Orientations: Anthropology as a practice of theory". In Anthropology: Theoretical Practice in Culture and Society. Oxford: Blackwell Publishing, pp. 1-20.

Lins Ribeiro, G. & A. Escobar, "World Anthropologies: Disciplinary transformations within systems of power". In G. Lins Ribeiro & A. Escobar (eds), World Anthropologies: Disciplinary Transformations within Systems of Power. Oxford-New York: Berg, pp. 1-25.

Moore, H & T. Sanders (2014. "Anthropology and Epistemology". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 1-18.