Sumários

Aula 3

15 Outubro 2025, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


Nesta aula retomámos os debates teóricos que marcaram a passagem as décadas de ’60 e ’70, que incluem a crítica do estrutural-funcionalismo, as correntes “materialistas” e o estruturalismo, a antropologia simbólica (na sua vertente "interpretativa"), as teorias da prática e o neo-marxismo. A partir destes debates foram abordados os seguintes problemas: relação entre “indivíduo” e sociedade/cultura; relação entre estrutura, ação e agency; equilíbrio, conflito e mudança; produção e reprodução; por fim, a tentativa de operacionalizar a noção de prática como forma de ultrapassar os impasses teóricos herdados do passado.

Leituras:

(A) Leituras de enquadramento:

  1. Barnard, Alan (2022), History and Theory in Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press [capítulos: (6) Action and process; (7) Marxist Perspectives; (12) Interpretative Approaches]
  2. Englund, Harri (2018). From extended-case method to multi-sited ethnography. In Candea, Matei (ed.) (2018), Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp. 121-133. 
  3. Humphrey, Caroline (2018). Marxism and neo-Marxism. In Candea, Matei (ed.) (2018), Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, 79-90.
  4. Sneath, David (2018). From transactionalism to practice theory. In Candea, Matei (ed.) (2018), Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, 91-107.

(B) Excertos de obras influentes:

  1. Bourdieu, P. (2014). Structures and habitus [1972]. In Moore, Henrietta, & Todd Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 332-342. [Excertos da obra em françês Esquisse d'une théorie de la pratique. Tanto a publicação original em françês, como a tradução em português (Esboço de uma teoria da prática, Celta editora, 2002), estão disponíveis na biblioteca. Podem escolher a edição que preferirem].
  2. Geertz, Clifford (2018) Thick Description: Toward an Interpretive Theory of Culture [1973]. In Moore, Henrietta, & Todd Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 166-172.
  3. Wolf, Eric R. (2018) Introduction to Europe and the People Without History [1982]. In Moore, Henrietta, & Todd Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 293-307.

Aula 2

8 Outubro 2025, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


Aula dedicada à discussão dos fundamentos da teoria antropológica tal como se foram definindo entre o século XIX e a primeira metade do século XX. Não se trata apenas de uma revisão dos paradigmas e das perspetivas centrais na fase de construção e consolidação da disciplina (evolucionismo, difusionismo, funcionalismo, estruturalismo....), mas de uma premissa necessária para identificar os alvos decisivos da crítica teórica que se desenvolveu a partir da segunda metade do século XX e, sobretudo, nos últimos 50 anos. Neste sentido, são analisadas as continuidades e rupturas que marcaram o desenvolvimento da disciplina, com o objetivo de enquadrar de forma crítica e complexa a relação entre o passado e o presente da teorização antropológica. Por fim, nesta aula discutimos também das teorias da cultura e da problemática peculiaridade e centralidade do conceito de cultura na linguagem, na teoria e na pesquisa antropologica.

Leituras principais:
  1. Candea, M. (2018), "Severed roots: Evolutionism, diffusionism and (structural-)functionalism". In M. Candea (ed) Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp.18-59.
  2. Herzfeld, M. (2001), "Orientations: Anthropology as a practice of theory". In Anthropology: Theoretical Practice in Culture and Society. Oxford: Blackwell Publishing, pp. 1-20.
  3. Lins Ribeiro, G. & A. Escobar, "World Anthropologies: Disciplinary transformations within systems of power". In G. Lins Ribeiro & A. Escobar (eds), World Anthropologies: Disciplinary Transformations within Systems of Power. Oxford-New York: Berg, pp. 1-25.
  4. Moore, H & T. Sanders (2014). "Anthropology and Epistemology". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 1-18.

Leituras suplementares:

  1. Barnard, Alan (2022), History and Theory in Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press [capítulos: (2). Vision of Anthropology; (5). Funcionalism and Structural-Functionalism; (9). Structuralism, from Linguistics to Anthropology]
  2. Stasch, R. (2018), "Structuralism". In M. Candea (ed) Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp. 60-78.
  

Aula 1

1 Outubro 2025, 20:00 Antonio Maria Pusceddu


Introdução à disciplina e apresentação do programa e da bibliografia principal. Genealogias plurais, tradições hegemónicas e periféricas. Teorização antropológica, colonialismo e nation-bulding. O lugar da antropologia — e nomeadamente da “teoria antropológica” — no conjunto da teoria social. A centralidade do trabalho etnográfico e da prática da teoria.

Leituras:

  1. Candea, M. (2018), "Severed roots: Evolutionism, diffusionism and (structural-)functionalism". In M. Candea (ed) Schools and Styles of Anthropological Theory. London: Routledge, pp.18-59.
  2. Herzfeld, M. (2001), "Orientations: Anthropology as a practice of theory". In Anthropology: Theoretical Practice in Culture and Society. Oxford: Blackwell Publishing, pp. 1-20.
  3. Lins Ribeiro, G. & A. Escobar, "World Anthropologies: Disciplinary transformations within systems of power". In G. Lins Ribeiro & A. Escobar (eds), World Anthropologies: Disciplinary Transformations within Systems of Power. Oxford-New York: Berg, pp. 1-25.
  4. Moore, H & T. Sanders (2014. "Anthropology and Epistemology". In H. Moore & T. Sanders (eds), Anthropology in Theory: Issues in Epistemology. London: Wiley Blackwell, pp. 1-18.