Crítica sociológica ao essencialismo sexual e a emergência do paradigma construtivista na Sociologia da Sexualidade. Foram apresentados contributos teóricos de Michel Foucault, Gagnon & Simon, Jeffrey Weeks, Adam Isaiah Green, Steven Seidman, bem como perspectivas marxistas e feministas, incluindo Kate Millett, Shulamith Firestone, Heidi Hartmann, Silvia Federici, Juliet Mitchell, Judith Butler, Gayle Rubin, Teresa de Lauretis e Michael Warner. Também se introduziu a conceptualização da sexualidade como campo social e dispositivo institucional de produção de identidades.
Sumários
Psicologia da sexualidade
17 Novembro 2025, 20:00 • David Lourenço Rodrigues
Uma análise de fenómenos em sexualidade sob a perspetiva da psicologia
Pedro Vasconcelos - Economia afectiva, neoliberalismo sexual e o controlo algorítmico do desejo
10 Novembro 2025, 20:00 • Pedro Vasconcelos
A aula articula a análise de Eva Illouz com a teoria dos campos sexuais, mostrando que o sofrimento amoroso contemporâneo decorre de processos sociais que estruturam o desejo em vez de resultar de falhas individuais. A partir da ideia de que os campos sexuais organizam hierarquias de atractividade, normas de reconhecimento e formas de capital sexual, argumenta-se que o neoliberalismo digital intensifica estes mecanismos ao transformar a escolha amorosa num mercado regulado por algoritmos. As plataformas ampliam a estratificação dos campos, produzem novas formas de visibilidade e invisibilidade e induzem uma autoavaliação constante, convertendo o desejo em objecto de quantificação, optimização e mercantilização.
Pedro Vasconcelos - Campos Sexuais
3 Novembro 2025, 20:00 • Pedro Vasconcelos
Continuação da aula anterior. Exercício prático em sala.
Pedro Vasconcelos - Campos Sexuais
27 Outubro 2025, 20:00 • Pedro Vasconcelos
Síntese da
teoria dos campos sexuais (Green 2014), apresentando a sexualidade como um
campo social onde o desejo é colectivamente organizado por hierarquias de
atractividade, normas partilhadas e formas específicas de capital sexual.
Mostra-se que as preferências não são puramente individuais, mas produzidas por
mecanismos de socialização e avaliação intersubjectiva, frequentemente
estruturados por circuitos sexuais - padrões recorrentes de circulação entre
espaços físicos e digitais. O foco analítico desloca-se das identidades para as
posições relacionais, explicando o desejo como um efeito de campo.
Pedro Vasconcelos - Sociologia da Sexualidade: uma introdução
20 Outubro 2025, 20:00 • Pedro Vasconcelos