Ficha Unidade Curricular (FUC)
Informação Geral / General Information
Carga Horária / Course Load
Área científica / Scientific area
Ciência Política
Departamento / Department
Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas
Ano letivo / Execution Year
2020/2021
Pré-requisitos / Pre-Requisites
Sem aplicação
Objetivos Gerais / Objectives
A Unidade Curricular Teoria Política: Clássicos e Modernos tem os seguintes objectivos: 1. Aquisição, pelos alunos, de um quadro teórico básico sobre as origens do pensamento político moderno. Interessa perceber como essas teorias prenunciam um discurso científico sobre o real, pelas dimensões de racionalidade e de procura de explicações nos campos político e social. 2) Compreensão, pelos alunos, da especificidade dos fenómenos políticos, bem como da diversidade de perspectivas teóricas que estiveram na origem da sua análise. 3) Compreensão, pelos alunos, da relação entre a teoria política e as transformações da sociedade:primeiro, na evolução do pensamento liberal clássico que acompanhou o desenvolvimento da sociedade mercantil e a formação do estado moderno e, posteriormente, no surgimento das teorias críticas do liberalismo que acompamharam o desenvolvimento da sociedade industrial.
Objetivos de Aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) / Learning outcomes
Os principais objetivos de aprendizagem são: 1)Conhecer os fundamentos do pensamento político da antiguidade clássica Grega que vieram a informar a Teoria Política moderna, 2)conhecer o pensamento dos primeiros autores liberais, sabendo distinguir as ideias que compartilham e as que os diferenciam, 3)Analisar a evolução do pensamento liberal que acompanha o desenvolvimento da sociedade industrial, particularmente no que concerne à relação entre os valores de igualdade e de liberdade. 4)Analisar os autores que fazem a crítica ao capitalismo e á sociedade liberal
Conteúdos Programáticos / Syllabus
Introdução: definição e distinção dos conceitos de filosofia, de ciência e de teoria. Relações entre a teoria e a realidade política e social. 1. Antecedentes clássicos da teoria política moderna: Platão e Aristóteles 2. Nicolo Maquiavel: realismo político e exercício do poder 3. Thomas Hobbes: a lógica do medo e o poder soberano 4. John Locke: o estado natural e os direitos do indivíduo 5. Montesquieu: moderação política e separação de poderes 6. Jean-Jacques Rousseau: cidadania e poder do povo 7. Benjamin Constant: liberdade dos antigos e liberdade dos modernos 8. Edmond Burke: conservadorismo liberal e tradição 9. Alexis de Tocqueville: igualdade e liberdade nas democracias modernas 10. Karl Marx e Friedricht Engels: dominação de classe e ordem política 11. John Stuart Mill: governo representativo e participação política 12. Max Weber: distribuição de poder e formas de dominação.
Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the curricular units content dovetails with the specified learning outcomes
O programa segue uma lógica cronológica e por autores que julgamos mais adequada para se atingirem os objetivos propostos. O estudo por autores permite:a)relacionar as teorias com o contexto social, político e cultural em que foram geradas, b)avaliar as ideias que os autores compartilham e as que os distinguem,c) analisar a evolução do pensamento liberal e, concomitantemente, relacionar com a evolução da sociedade onde esse pensamento surgiu, d)desenvolver a perspetiva analítica e crítica, relativamente a todos os autores estudados.
Avaliação / Assessment
I - Avaliação contínua: 1) teste sobre os pontos 1 a 6 do programa (40% da nota final) 2) teste sobre os pontos 7 a 12 do programa (40% da nota final) 3) apresentação oral (trabalho de grupo) e participação - 20% da nota final. Para obter aprovação é preciso: assistir a mais de 70% das aulas, fazer todos os momentos de avaliação, ter uma média ponderada igual ou superior a 9,5 valores. II - Avaliação por exame final (100%)
Metodologias de Ensino / Teaching methodologies
Nas aulas teóricas o docente expõe a matéria e tira dúvidas.As aulas práticas consistem na exposição pelos alunos de textos , a que se segue o debate. Estas aulas servem dois objectivos pedagógicos: 1) incentivar o trabalho de grupo; 2) treinar competências de exposição oral.O debate tem como objectivos: 1) desenvolver o espírito analítico e crítico; 2) assimilar as regras da discussão científica; 3) motivar os alunos para o aprofundamento das questões.
Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da UC / Evidence that the teaching and assessment methodologies are appropriate for the learning outcomes
A metodologia de ensino assenta na combinação entre: a) trabalho individual e trabalho de grupo, b)momentos de exposição dos conteúdos do programa pelo docente e momentos de exposição de temas ou textos pelos alunos, c)momentos de aprendizagem conjunta nas aulas e momentos de ensino tutorial restrito a grupos de aunos, d) momentos de exposição das teorias (pelo docente ou pelos alunos) e momentos de discussão na turma. Esta combinação permite que os alunos assimilem o conhecimento teórico, aquiriram hábitos de trabalho individual e de de grupo, desenvolvam competências discursivas, e, ainda, valorizem o debate científico e as regras que o condicionam.
Observações / Observations
Devido à atual situação provocada pela COVID-19, o processo de avaliação poderá sofrer algumas adaptações, que serão comunicadas oportunamente, caso tal venha a ser necessário.
Bibliografia Principal / Main Bibliography
8. Touchard, Jean (1991; o. de 1959), História das Ideias Políticas. vol IV, Mem Martins: Europa-américa. 7. Touchard, Jean (2003; o. 1959), História das Ideias Políticas. vol II, Mem Martins, Publicações Europa-américa. 6. Touchard, Jean (1991; original 1959), História das Ideias Políticas. , vol I, Mem Martins, Publicações Europa-américa. 5. Prélot, Marcel e Georges Lescuyer (2001; original de 1997), História das Ideias Políticas, vol II, Lisboa, Editorial Presença. 4. Prélot, Marcel e Georges Lescuyer (2000;original de 1997), História das Ideias Políticas, vol I, Lisboa, Editorial Presença. 3. Nay, Olivier (2007; original de 2004), História das Ideias Políticas, Petrópolis, Editorial Vozes. 2 Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins: Europa-América. 1 Amaral, Diogo Freitas do (2006), História das Ideias Políticas, vol II, Coimbra, Almedina.
Bibliografia Secundária / Secondary Bibliography
6. Manent, Pierre (1997), Histoire Intelectuelle du Liberalisme, Paris, Hachette. 2. Abbagnano, Nicola (2000), História da Filosofia ? vol. 6, Lisboa, Editorial Presença. 1. Abbagnano, Nicola (2000), História da Filosofia ? vol. 5, Lisboa, Editorial Presença. Manuais ou obras genéricas sobre os autores 2. Losco, Joseph and Leonard Willians (eds) (2003; first publication in 1992 by St. Martin?Press), Classic and Contemporary Readings - Vol II Machiqvelli to Rawls, Los Angeles, Roxbury Publishing Campany. 1. Cahan, Steven M. (ed)(1997), Classics of Modern Political Theory ? Machiavelli to Mills, Oxford, Oxford University Press. Antologias de textos (comentadas) 50. Weber, Max (1989), ?Tipos de dominação?, ?Partidos?, ?Status e Classes?, ?Classes, Status e Partidos?, in Manuel Braga da Cruz (org), Teorias Sociológicas. Os Fundadores e os Clássicos, Lisboa, Fundação Caluste Gulbenkian, pp 663-752. 49. Beetham, David (1974), Max Weber and the Theory of Modern Politics, London, George Allen and Unwin Ld. 48. Weber, Max (1979), O politico e o Cientista, Lisboa, Presença. De e sobre Max Weber 47. Baum, Bruce (2003), ?J. S. Mill on Freedom and Power? in Losco, Joseph and Leonard Willians (eds), Classic and Contemporary Readings - Vol II Machiqvelli to Rawls, Los Angeles, Roxbury Publishing Campany, 438-458. 46. Portis, Edward Bryan (1994), ?Mill and the Political of Character?, in Reconstructing the Classics, Chatham, New Jersey, Chatham House Publishers Inc, pp 153-168. 45. Mill, John Stuart (1980), Considerações sobre o Governo Representativo, Brasília, Editora Universitária de Brasília. De e sobre John Stuart Mill 44. Nay, Olivier (2007; edição original em francês de 2004), História das Ideias Políticas, Petrópolis, Editorial Vozes, pp 420-429. 43. Engels, Friedricht (1989; escrito em 1880, publicado pela 1ª vez em 1880), ?O socialismo científico?, in Manuel Braga da Cruz (org), Teorias Sociológicas. Os Fundadores e os Clássicos, Lisboa, Fundação Gulbenkian, pp 11-60. 42. Marx, Karl e Friedricht Engels (1989; escrito em 1847/48, publicado pela 1ª vez em Londres em 1848), ?Manifesto do Partido Comunista?, in Manuel Braga da Cruz (org), Teorias Sociológicas. Os Fundadores e os Clássicos, Lisboa, Fundação Gulbenkian, pp 11-60 41. Marx, Karl e Friedricht Engels (1989; escrito pelos autores em 1845/46 e publicado pela primeira vez em russo em 1924), ?A Ideologia Alemã?, in Manuel Braga da Cruz (org), Teorias Sociológicas. Os Fundadores e os Clássicos, Lisboa, Fundação Gulbenkian, pp 11-60 40. Aron, Raymond (2004; 7ª edição), As Etapas do Pensamento Sociológico, Lisboa, D. Quixote, pp 139-216. De e sobre Karl Marx e Friedricht Engels 39. Tocqueville, Alexis (2001; publicados os dois primeiros volumes, pela 1ª vez, em 1835), Da Democracia na América, Cascais, Princípia ? publicações universitárias e científicas. 38. Nay, Olivier (2007; edição original em francês de 2004), História das Ideias Políticas, Petrópolis, Editorial Vozes, pp 313-318. 37. Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), «Da Democracia na América de Alexis de Tocqueville, 1835-1840?, in As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins, Publicações Europa-América, pp 219-245. 36. Aron, Raymond (2004; 7ª edição), As Etapas do Pensamento Sociológico, Lisboa, D. Quixote, pp 217-266. De e sobre Alexis de Tocqueville 35. Nay, Olivier (2007; edição original em francês de 2004), História das Ideias Políticas, Petrópolis, Editorial Vozes, pp 323-327. 34. Burke, Edmond (2008; texto original de 1756), Defesa da Sociedade Natural, Lisboa, Círculo de Leitores. 33. Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), « Reflexões sobre a Revolição em França, segundo Edmund Burke, 1790? », in As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins, Publicações Europa-América, pp 187-2004. De e sobre Edmond Burke 32. Nay, Olivier (2007; edição original em francês de 2004), História das Ideias Políticas, Petrópolis, Editorial Vozes, pp 310-313. 31. Prélot, Marcel e Georges Lescuyer (2001; edição original em francês de 1997), História das Ideias Políticas, vol II, do Liberalismo á Actualidade, Lisboa, Editorial Presença, pp 92-96 De e sobre Benjamin Constant Rousseau, Jean-Jacques (1976; 1ª publicação em 1750), Discurso sobre a Desigualdade entre os Homens, Mem Martins, Publicações Europa-América. 30. Rousseau, Jean-Jacques (1977; 1ª edição de 1762), Contrato Social, Lisboa, Presença. 29. Prélot, Marcel e Georges Lescuyer (2001; edição original em francês de 1997), ?O cidadão de Genebra?, in História das Ideias Políticas, vol2, Do liberalismo á actualidade, Lisboa, Editorial Presença, pp 56-68.. 28. Manent, Pierre (1997), ?Rousseau critique du liberalisme?, in Histoire Intellectuelle du Liberalisme, Paris, Hachette, pp 143-172. 27. Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), « O Contrato Social de J. ?J. Rousseau, 1762 », in As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins, Publicações Europa-América, pp 145-174. De e sobre Jean-jacques Rousseau 26. Goyard-Fabre, Simone (2003), ?Montesquieu et la corruption des gouvernement: une leçon de sagesse politique?, in Zernik, Éric (ed), La pensée politique, Paris, Ellipses edition marketing, pp 151-168. 25. Aron, Raymond (2000), ?Charles-Louis de Secondat Barão de Montesquieu?, in Raymond Aron, As Etapas do Pensamento Sociológico, Lisboa, Dom Quixote, pp 31-77. 24. Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), « O Espírito das Leis de Montesquieu, 1748?, in As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins, Publicações Europa-América, pp 107-144. De e sobre Montesquieu 23. Prélot, Marcel e Georges Lescuyer (2001; edição original em francês de 1997), ?O nascimento do liberalismo: Locke?, in História das Ideias Políticas, vol2, Do liberalismo á actualidade, Lisboa, Editorial Presença, pp 35-43. 22. Lawroff, Dmitri Georges (2006), ?John Lock?, in História das Ideias Políticas, Lisboa, Edições 70, pp 179-186. 21. Letwin, Shirley Robin (1988), ?John Locke: Liberalism and Natural Law?, in Knud Haakonssen (ed), Traditions of Liberalism, Australia, The Center for Independent Studies, pp 3-29. 20. Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), « O ensaio sobre o Governo civil de Jonh Locke 1690?, in As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins, Publicações Europa-América, pp 93-106. De e sobre John Lock 19. Portis, Edward Bryan (1998), ?Hobbes and the Politics of Fear?, in Reconstructing the classics, New Jersey, Catham House Publishers, pp 101-116. 18. Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins, Publicações Europa-América. 17. Chevalier; Jean-Jacques e Yves Guchet ((2004), « O Leviatã de Thomas Hobbes, 1651 », in As Grandes Obras Políticas. De Maquiavel à Actualidade, Mem Martins, Publicações Europa-América, pp 61-76. De e sobre Thomas Hobbes 16. Prélot, Marcel e Georges Lescuyer (2000; edição original em francês de 1997), ?O Principe Maquiavel?, in História das Ideias Políticas, vol I, da Cidade Antiga ao Absolutismo de Estado, Lisboa, Editorial Presença, pp 185-198. 15.Portis, Edward Bryan (1998), ?Aristóteles and the Politics of Honor?, in Reconstructing the classics, New Jersey, Catham House Publishers, pp 31-48. 14. Nay, Olivier (2007; edição original em francês de 2004), História das Ideias Políticas, Petrópolis, Editorial Vozes, pp 145-151. 13. Maquiavel, Nicolo (1996; 1ª edição de 1513), O Príncipe, Lisboa, Guimarães Editores. De e sobre Maquiavel 12. Windecker, Pierre (2003), ?Aristoteles: l?enjeu de la cité?, in Éric Zernik (org), La pensée politique, Paris, Ellipses Edition Marketing, pp 33-62. 11. Lawroff, Dmitri Georges (2006), ?Aristóteles?, in História das Ideis Políticas, Lisboa, Edições 70, pp 44-54. 10.Aristóteles (1998), A política, Lisboa, Veja. 9.Amaral, Diogo Freitas do (2006), História das Ideias Políticas, vol I, Coimbra, Almedina, pp 111-133. De e sobre Aristóteles 8. Baudart, Anne (2003), ?Platon: la passion du juste?, in Éric Zernik (org), La pensée politique, Paris, Ellipses Edition Marketing, pp 11-32. 7. Hare, R. M. (1997), O Pensamento de Platão, Lisboa, Editorial Presença, pp 72-83 De e sobre Platão 6. Nisbet, Robert (1987), O Conservadorismo, Lisboa, Estampa. 5. Gray, John (1988), O liberalismo, Lisboa, Estampa. 4. Goodin, Robert and Hans-Dieter Klingemann ( ), A New Handbook of Political Science, Oxford, Oxford University Press. 3. Portis, Edward Bryan (1994), Reconstructing the Classics, Chatham, New Jersey, Chatham House Publishers Inc. 2. Lavroff, Dmitri Georges (2006; 1ª edição francesa de 2001, editora Dalloz), História das Ideias Políticas, Lisboa, Edições 70. 1. Dryzeck, John et al. (eds), The Oxford Handbook of Political Theory, Oxford, Oxford University Press. Manuais ou obras genéricas sobre os autores 2. Losco, Joseph and Leonard Willians (eds) (2003; first publication in 1992 by St. Martin?Press), Classic and Contemporary Readings - Vol II Machiqvelli to Rawls, Los Angeles, Roxbury Publishing Campany. 1. Cahan, Steven M. (ed)(1997), Classics of Modern Political Theory ? Machiavelli to Mills, Oxford, Oxford University Press. Antologias de textos (comentadas) Obras complemantares de consulta geral
Data da última atualização / Last Update Date
2024-02-16