Sumários

Cognição e Emoção: Medidas da Capacidade Cognitiva com Estímulos Emocionais

20 Novembro 2025, 14:30 Nuno Alexandre De Sá Teixeira


Emoção e cognição - as Teorias de Appraisal. Contexto histórico e motivação teórica para a emergência das teorias de appraisal: (i) tentativa de resposta à natureza diferenciada das respostas emocionais (essas diferenceiam-se em função das interpretações cognitivas do evento); (ii) tentativa de explicação para as diferenças individuias e temporais na resposta emocional a eventos similares (as quais podem ser explicadas por diferenças nos appraisals); (iii) tentativa de explicação para a multideterminação de uma mesma emoção (interpretações/appraisals similares resultam na mesma emoção); (iv) tentativa de resposta à questão da causação - o que que causa/espoleta uma resposta emocional (o appraisal precede e elicita a emoção); (v) procura de uma explicação para a adequação das emoções às situações em que ocorrem (o processo de appraisal torna provável que a resposta emocional seja adequada/funcional à situação para a qual é uma resposta); (vi) tentativa de explicação para os aspectos "irracionais" das emoções (appraisals contraditórios, involuntários e/ou inapropriados subjazem às características irracionais/disfuncionais das resposta emocionais); (vii) procura de uma razão pela qual mudanças emocionais possam ser induzidas pelo desenvolvimento ou intervernções clínicas (devem-se a alterações nos processos de appraisal). Duas asserções fundamentais comuns às Teorias Cognitivas/Appraisal: (a) sem uma interpretação cognitiva prévia do evento, as emoções não ocorrem; (b) é a interpretação cognitiva/appraisal (e não o evento em si mesmo) que causa a emoção - aquele precede e elicita as emoções. A pioneira Teoria de Magda Arnold - a interpretação cognitiva do evento (appraisal: "bom"-"mau"/"benéfico"-"prejudicial") espoleta uma emoção ("agrado"-"desagrado") que por sua vez conduz a uma acção ou tendência motivacional ("aproximação"-"afastamento"). A Teoria de Richard Lazarus - distinção entre appraisals primários (estabelecem o significado do evento para o organismo: benéfico, prejudicial ou ameaçador) e secundários (avaliam as capacidades do organismo para lidar com as consequências do evento); e entre acções directas e manifestas e re-interpretação cognivia (re-appraisal: processo pelo qual reacções emocionais podem ser atenuadas ou amplificadas). O debate Lazarus-Zajonc (ou o Debate Emoção-Cognição de 1980) como um catalizador para o desenvolvimento e refinamento das Teorias de Appraisal.

Paradigmas de estudo da capacidade atencional e a sua adaptação com estímulos com conteúdo emocional. O paradigma de 'Apresentação Visual Serial Rápida' (RSVP - Rapid Serial Visual Presentation), para medida da capacidade atencional, e o fenómeno de 'piscar atencional' (Attentional Blink) - falha na detecção de um segundo alvo quando esse se encontra separado temporalmente do primeiro em cerca de 200 ms. Adaptação do paradigma RSVP com distractores com conteúdo emocional - a detecção de um alvo é dificultada quando esse é antecedido de um distractor com conteúdo emocional - Cegueira Induzida por Emoção. Este efeito diminui (a detecção do alvo é menos comprometida) quanto mais afastado temporalmente estiver o alvo em relação ao distractor emocional. Realização de um exercício laboratorial implementando um paradigma de RSVP com distractores emocionais e análise dos resultados. A Cegueira Induzia por Emoções pode ocorrer quando o distractor sucede o alvo e parece ser determinado pelo grau de activação (arousal) do conteúdo emocional, pois também se verifica com distractores com conteúdo erótico (alto arousal). A tarefa de discriminação de letras com distractores emocionais: consoante a dificuldade da tarefa (carga perceptiva) há mais ou menos recursos cognitivos disponíveis para processar o distractor emocional - consequentemente, o distractor tem um maior ou menor efeito no desempenho (medido em tempos de reacção).

Bibliografia:
Fundamental
Roseman, I. J., & Smith, C. A. (2001). Appraisal theory: Overview, assumptions, varieties, controversies. In K. R. Scherer, A. Schorr, & T. Johnstone (Eds.), Appraisal Processes in Emotion: Theory, Methods, Research (pp. 3-19). New York: Oxford University Press.
Reeve, J. (2015). Understanding Motivation and Emotion. (5ª ed.). Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. (páginas 344-357)

Opcional
Schoor, A. (2001). Appraisal: The evolution of an idea. In K. R. Scherer, A. Schorr, & T. Johnstone (Eds.), Appraisal Processes in Emotion: Theory, Methods, Research (pp. 20-34). New York: Oxford University Press.

Orientação, Vigilância e Captura Atencional com Estímulos Emocionais

13 Novembro 2025, 14:30 Nuno Alexandre De Sá Teixeira


Paradigma de orientação atencional com pistas de Posner. Distinção entre atenção aberta (mensurável externamente através de movimentos oculares) e atenção encoberta (orientação atencional sem movimentos oculares). Tarefas de detecção de um estímulo e de identificação do estímulo no estudo da atenção espacial. Distinção entre pistas periféricas (estímulo mostrado brevemente na periferia do campo visual) e pistas centrais (estímulos simbólicos mostrados na fóvea que indicam uma localização; geralmente por serem estatísticamente preditivas), pistas válidas (a localização espacial indicada pela pista corresponde à localização do alvo), pistas inválidas (a localização espacial indicada pela pista não corresponde à localização do alvo) e pistas neutras (a pista não fornece informação acerca da localização espacial do alvo). Padrões de tempos de reacção típicos nas tarefas de orientação espacial, variando a validade da pista e o SOA (Stimulus Onset Asynchrony): Pistas Periféricas - custo/benefício nos tempos de reacção para pistas inválidas/válidas para SOAs curtos (<300ms); custo nos tempos de reacção para pistas válidas e SOAs mais longos (>300ms) [Inibição de Retorno]; Pistas Centrais - custo/benefício nos tempos de reacção para pistas inválidas/válidas observável apenas quando os SOAs são superiores (>300ms); os custos e benefícios mantêm-se durante vários segundos. Os padrões distintos obtidos com pists periféricas e pistas centrais fornece um critério para a distinção entre Atenção Exógena - pistas periféricas; automática; transiente; guiada pelo estímulo; processamento bottom-up - e Atenção Endógena - pistas centrais; controlada e volitiva; sustida; guiada internamente; processamento top-down. O Modelo do Foco Atencional (Spotlight) na interpretação dos resultados do paradigma de Posner, sequência de operações mentais e substratos neurofisiológicos. Relação entre atenção e percepção; características e padrões empíricos de Inibição de Retorno; relaçao entre atenção coberta e movimentos oculares - a Teoria Pré-Motora da Atenção; O Modelo Zoom-Lens do Foco Atencional - características e resultados empíricos relevantes.

O fenómeno de captura e vigilância atencional na tarefa Dot-Probe. A Tarefa Dot-Probe com estímulos com conteúdos emocionais como pistas espaciais periféricas. Padrão de resultados previsto pela hipótese de vigilância e captura atentional e pela hipótese de evitamento atencional, face a estímulos com conteúdo emocional ameaçador. Realização de um exercício laboratorial com base na tarefa Dot-Probe usando como estímulos faces com expressões emocionais de raiva e alegria (emparelhadas com faces neutras). Análise e interpretação dos resultados. Discussão dos resultados tipicamente encontrados com a tarefa Dot-Probe.

Bibliografia
Fundamental:
Chica, A. B., Martín-Arévalo, E., Botta, F., & Lupiáñez, J. (2014). The spatial orienting paradigm: How to design and interpret spatial attention experiments. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 40, 35-51.
Klein, R. M. (2000). Inhibition of return. Trends in Cognitive Sciences, 4, 138-147.

Opcional:
Cave, K. R., & Bichot, N. P. (1999). Visuospatial attention: Beyond a spotlight model. Psychonomic Bulletin & Review, 6, 204-223.
Posner, M. (2016). Orienting of attention: then and now. Quarterly Journal of Experimental Psychology, 69, 1864-1875.

Interferência no Processamento de Informação: O Efeito Stroop e o Stroop Emocional

6 Novembro 2025, 14:30 Nuno Alexandre De Sá Teixeira


Os efeitos stroop ocorrem quando (i) o estímulo inclui uma dimensão relevante, à qual se deve referir a resposta, e uma dimensão irrelevante (a ser ignorada para a tarefa); (ii) a dimensão irrelevante é de natureza semântica; (iii) a dimensão irrelevante pode possuir uma natureza de conflito 'quasi-lógico' com a dimensão relevante. Exemplos de variantes do paradigma stroop: stroop de direcções, stroop de imagens, stroop numérico, stroop emocional, stroop auditivo, etc. Os efeitos stroop emergem nos primeiros anos de educação escolar, diminuem com a idade mas aumentam a partir dos 60 anos de idade; são maiores para estímulos apresentados no hemicampo visual direito (processados no hemisfério cerebral esquerdo); estão associados a actividade do córtex cingulado anterior; verificam-se mesmo que a relação entre as dimensões seja apenas articulatória ou ortográfica. Hipótese da velocidade diferencial no processamento das dimensões - o stroop pode ser explicado pelo facto de que a dimensão semâtica é processada mais rapidamente e, logo, uma vez terminada, interfere com o processamento da dimensão relevante; esta hipótese pode ser rejeitada porque a interferência verifica-se mesmo que a dimensão relevante seja apresentada antes da dimensão semântica (irrelevante) - de facto, a interferência atinge um máximo quando a dimensão irrelevante é apresentada cerva de 100ms após a apresentação da dimensão relevante. Hipótese da automaticidade - a dimensão semântica é processada automaticamente e, logo, interfere com o processamento controlado da dimensão relevante. A versão forte da automaticidade falha em explicar: a sensibilidade dos efeitos stroop a opções do desenho experimental (varia consoante a probabilidade relativa de um estímulo congruente ou incongruente ao longo da experiência); a possibilidade de aumentar/diminuir o efeito com apresentação de pistas antes do ensaio e a possibilidade de uma mesma dimensão poder adoptar o papel de dimensão que sofre ou causa interferência; o facto de que a interferência é diminuída se houver a apresentação simultânea de outros estímulos com conteúdo semântico sem qualquer relação com a dimensão relevante. A versão 'fraca' da automaticidade e a sua implementação em Modelos de Processamento Paralelo Distribuído - noções gerais e simulações.
Crítica da interpretação clássica dos efeitos Stroop em termos de automaticidade - possibilidade de fabricar efeitos Stroop clássicos e reversos pela manipulação do desenho experimental e saliência perceptiva relativa das dimensões. Os efeitos Stroop como resultantes da maior saliência perceptiva de uma das dimensões em relação à outra.

O Stroop Emocional - exemplos e descrição da tarefa de base. Realização de um exercício laboratorial com base no Stroop Emocional e análise e interpretação dos resultados. Crítica à interpretação clássica do Stroop Emocional - não é um verdadeiro efeito Stroop. As potenciais explicações envolvem ou um processo de Automaticidade no processamento de conteúdos emocionais ou um processo de Captura Atencional para estímulos com conteúdo emocional. Estudos experimentais desenvolvidos por Daniel Algom sugerem que uma explicação em termos de captura atencional explicam os principais resultados, ao que acresce que a facilitação/interefrência se devem a um efeito de compatibilidade entre estímulo e resposta (para estímulos com conteúdo emocional negativo, respostas de afastamento são facilitadas ao passo que respostas de aproximação sofrem inteferência).

Bibliografia
Fundamental:
MacLeod, C. M. (1991). Half a century of research on the Stroop effect: An integrative review. Psychological Bulletin, 109, 163-203
Algom, D., Chajut, E., & Lev, S. (2004). A rational look at the emotional stroop phenomenon: a generic slowdown, not a stroop effect. Journal of experimental psychology. General, 133(3), 323–338.

Opcional:
Cohen, J. D., Dunbar, K., & McClelland, J. L. (1990). On the control of automatic processes: A parallel distributed processing account of the Stroop effect. Psychological Review, 97, 332-361.
Dishon-Berkovits, M., & Algom, D. (2000). The stroop effect: It is not the robust phenomenon that you have thought it to be. Memory & Cognition, 28, 1437-1449.
Chajut, E., Mama, Y., Levy, L., & Algom, D. (2010). Avoiding the approach trap: A response bias theory of the emotional Stroop effect. Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory, and Cognition, 36(6), 1567–1572.

Atenção e Emoção na Busca Visual

23 Outubro 2025, 14:30 Nuno Alexandre De Sá Teixeira


Paradigmas de busca visual. Modelos de filtro atencional e o paradigma da escuta dicótica - breve revisão dos principais resultados empíricos. A Teoria da Integração de Características de Anne Treisman: Varrimento do campo visual e detecção automática e em paralelo (processos modulares) de características simples; foco atencional que corre o campo visual de forma controlada e num processamento serial e do qual resulta a 'colagem' (binding) de características simples (percepção e reconhecimento de objectos). Previsões da Teoria da Integração de Características: (i) os tempos de reacção numa tarefa de detecção de um alvo definido pela conjunção de características simples (detecção conjuntiva) aumenta linearmente com o número de elementos no campo visual; (ii) os tempos de reacção numa tarefa de detecção de um alvo definido por uma característica simples (detecção disjuntiva) é invariante em relação ao número de elementos no campo visual - fenómeno de pop-out; (iii) ocorrência de conjunções ilusórias em apresentações taquitoscópicas (a colagem de características simples é feita de uma forma aleatória). Realização de uma tarefa laboratorial - busca visual - e demonstração das previsões i e ii. Demonstrações de fenómenos de conjunções ilusórias.
Tarefas de busca visual com estímulos com conteúdo emocional, em cujos elementos (distractores ou alvos) veiculam significados afectivos. Estímulos ameaçadores tendem a ser mais eficazmente encontrados entre distractores neutros - Efeito de Superioridade da Ameaça. Revisão e replicação em PsychoPy do estudo de Öhman, Lundqvist, & Esteves (2001), usando a tarefa de busca visual com faces esquemáticas amigáveis, ameaçadoras ou neutras. As faces esquemáticas possibilitam o controlo de variáveis visuais de baixo nível - não obstante o seu diminuído realismo, os resultados suportam o efeito da superioridade da ameaça (quando especificamente aplicado a faces, designado por Efeito Face-in-the-Crowd). Breve revisão de estudos posteriores recorrendo a tarefas de busca visual e estímulos ameaçadores filogeneticamente relevantes, como o seja imagens de cobras (estas são um predador natural de primatas).

Bibliografia:
Fundamental:
Treisman, A. M. (1980). A Feature-Integration Theory of Attention. Cognitive Psychology, 12, 97-136.
Wolfe, J. M. (2018). Visual Search. In J. T. Wixted (Ed.), Steven's Handbook of Experimental Psychology and Cognitive Neuroscience (Chapter 13). New York: John Wiley and Sons.
Öhman, A., Lundqvist, D., & Esteves, F. (2001). The face in the crowd revisited: A threat advantage with schematic stimuli. Journal of Personality and Social Psychology, 80(3), 381–396. https://doi.org/10.1037/0022-3514.80.3.381
Soares, S. C., Lindström, B, Esteves, F., & öhman, A. (2014). The Hidden Snake in the Grass: Superior Detection of Snakes in Challenging Attentional Conditions. Plos One, https://doi.org/10.1371/journal.pone.0114724
Biondi, L., Gomes, N., Maior, R. S., & Soares, S. C. (2024). Revisiting “The Malicious Serpent”: Phylogenetically Threatening Stimulus Marked in the Human Brain. Emotion Review, 0(0). https://doi.org/10.1177/17540739241277942

Cognição e processamento de informação

16 Outubro 2025, 14:30 Nuno Alexandre De Sá Teixeira


Tempos de Reacção de Escolha (ou complexos) e a sua relação não linear com o número de emparelhamentos estímulo-resposta. A Teoria da Informação e a medida de informação em bits. A Lei de Hick-Hyman: Os tempos de reacção de escolha seguem uma função linear da quantidade de informação (em bits) a processar na tarefa: TR = a + b*Log2(n). O declive da função linear como um medida da taxa de processamento (em bits por segundo). Execução de um exercício laboratorial: medida dos tempos de reacção para 2, 4, 8 e 16 emparelhamentos entre estímulos (letras) e respostas (teclas). A Lei de Hick-Hyman como reflexo de duas fontes de incerteza - no estímulo e na resposta - o paradigma um-para-muitos para dissociação da incerteza na respoosta e na identificação do estímulo. Tempo de movimento (TM) e a Lei de Fitts: O tempo de execução de um movimento é uma função linear do índice de dificuldade, em bits, determinado pelo tamanho (T) e distância(D) do alvo - TM = a + b*log2(2D/T). Demonstração da Lei de Fitts e implicações pragmáticas. O efeito da compatibilidade entre estímulo e resposta e treino no declive da função de Hick-Hyman: maior compatibilidade estímulo-resposta e maior treino resultam num menor declive - possibilidade de indexar processos automáticos/controlados com o declive da função linear. A Lei de Hick-Hyman e a Lei de Fitts em contextos aplicados.
Distinção entre modelos estritamente seriais e modelos paralelos de processamento. O caso da busca de dígitos na memória a curto-prazo. Busca serial exaustiva, busca serial auto-terminada e busca paralela - previsões empíricas para Tempos de Reacção em função da carga mnésica. Manipulação de factores num desenho experimental factorial e previsões empíricas: um efeito aditivo (nenhuma interacção) suporta a existência de estádios de processamento independentes e organizados serialmente; um efeito sub ou sobre aditivo (interacção significativa) refuta a independência dos estádios (Método dos Factores Aditivos). Realização de um exercício laboratorial baseado na tarefa de busca na memória de curto-prazo com manipulação da carga mnésica e da discriminabilidade perceptiva da sonda. O problema da mimetização de modelos: Modelos paralelos podem resultar em algumas das mesmas previsões que modelos serias (e.g., o caso dos modelos paralelos com capacidade limitada e realocação de recursos). Sistematização dos sinais empíricos para diagnóstico da arquitectura de processamento.


Bibliografia
Fundamental:
Proctor, R. W., & Schneider, D. W. (2018). Hick's law for choice reaction time: A review. Quarterly Journal of Experimental Psychology, 71(6), 1281-1299.
Zheng, J., & Meister, M. (2025). The unbearable slowness of being: Why do we live at 10 bits/s?. Neuron, 113(2), 192–204
Townsend, J. T. (1990). Serial vs. Parallel processing: Sometimes they look like Tweedledum and Tweedledee but they can (and should) be distinguished. Psycjological Science, 1, 46-54.
Townsend, J. T., & Wenger, M. J.Townsed (2004). The serial-parallel dilemma: A case study in a linkage of theory and method. Psychonomic Bulletin & Review, 11, 391-418.