Sumários

Aula 5: A dissertação em 3 minutos

22 Outubro 2025, 18:00 Maria Asensio Menchero


Vamos trabalhar a apresentação da dissertação em 3 minutos:

problematização de uma dissertação começa por situar o tema de estudo num contexto mais amplo e relevante, de modo a captar o interesse do leitor e justificar a pertinência da investigação. É importante introduzir o fenómeno em análise, explicando brevemente a sua natureza e o seu impacto social, económico, político ou científico. Em seguida, deve-se evidenciar a lacuna existente no conhecimento — ou seja, aquilo que ainda não foi suficientemente estudado ou compreendido sobre o tema — e que justifica a necessidade da pesquisa.

Depois de contextualizar, deve-se formular de forma clara o problema de investigação, isto é, a questão central que orienta o estudo. Esta formulação deve traduzir uma tensão, dúvida ou desafio que emerge do confronto entre o que se sabe e o que ainda precisa ser esclarecido. O problema deve ser delimitado no tempo, no espaço e no objeto de estudo, evitando generalizações excessivas.

Na sequência, a problematização deve apresentar as principais questões de investigação e os objetivos que decorrem do problema central. É também relevante indicar brevemente as hipóteses ou pressupostos teóricos que sustentam o estudo, bem como os conceitos-chave que estruturam a análise.

O texto deve ainda explicitar a relevância científica e social da investigação, demonstrando em que medida os resultados esperados podem contribuir para o avanço do conhecimento na área e/ou para a melhoria de práticas, políticas ou processos.

Por fim, a problematização pode sintetizar o propósito global da dissertação, sublinhando a originalidade e o contributo esperado do trabalho.

Em suma, a problematização deve responder a quatro perguntas essenciais:

  1. O que se vai estudar? (tema e contexto)

  2. Por que razão se estuda? (relevância e lacuna no conhecimento)

  3. O que se quer saber? (problema e questões de investigação)

  4. Para que serve saber? (objetivos e contributos do estudo).

Aula 4: Definição do problema de investigação

15 Outubro 2025, 18:00 Maria Asensio Menchero


Na definição do problema de investigação é essencial distinguir três componentes fundamentais: o tema, o caso e o problema propriamente dito. O tema corresponde ao domínio geral e abstrato da Administração Pública em que a investigação se insere, como a reforma da gestão pública, a governança, a avaliação do desempenho ou a gestão de recursos humanos. O caso, por sua vez, refere-se à realidade concreta sobre a qual incide o estudo, podendo tratar-se, por exemplo, de Portugal, do Brasil, da Guiné-Bissau, da administração central ou de uma reforma específica. Apesar de o tema e o caso serem geralmente definidos numa fase inicial, a sua identificação não equivale ainda à formulação do problema de investigação. Este situa-se entre o nível geral do tema e o nível concreto do caso e expressa-se através de uma questão com relevância mais ampla, cuja resposta pode ser construída a partir da análise de uma realidade específica. Exemplos disso incluem perguntar quais as consequências da participação dos cidadãos no eGovernment, até que ponto a representação das mulheres em cargos superiores na Administração Pública tem impacto, ou se o Estado unitário contribui para resolver conflitos territoriais.

Aula 3: A base do conhecimento científico das dissertações de Mestrado

8 Outubro 2025, 20:30 Maria Asensio Menchero


conhecimento científico distingue-se pela sua busca de validade e pela aplicação de métodos lógicos, sistemáticos e testáveis. Diferencia-se de um trabalho académico — que apenas compila informações existentes — e de um ensaio de autor, que reflete uma perspetiva subjetiva e normativa. A investigação científica, por sua vez, procura produzir conhecimento original, pautado pela objetividade e pela capacidade de ser verificado e replicado.

Entre as características do conhecimento científico, destacam-se a observação sistemática da realidade, a capacidade de formular explicações válidas além do que é diretamente observado, o caráter público e transmissível do saber, e a consciência de que o conhecimento é sempre incerto e provisório. A ciência reconhece sua própria falibilidade e a condicionalidade do ato de conhecer, combinando rigor intelectual com abertura à revisão.

Os objetivos da investigação podem incluir a definição, descrição, explicação ou avaliação de fenómenos. A elaboração conceptual é fundamental, especialmente em áreas como a Administração Pública, onde muitos conceitos são usados na linguagem comum e precisam de clarificação. A descrição constitui uma primeira abordagem à realidade, enquanto a explicação busca compreender as causas, consequências e relações entre os fenómenos.

Por fim, o processo de construção do conhecimento envolve uma interação contínua entre teoria e observação, sustentada pelos processos de indução (formulação de teorias a partir da observação) e dedução (testagem das teorias através de hipóteses e previsões). Este ciclo — que inclui observação, formulação de hipóteses, dedução, teste e verificação — assegura o caráter cumulativo, crítico e evolutivo do conhecimento científico.

Aula 2

1 Outubro 2025, 20:30 David Alexandre Correia Ferraz


Problemas de investigação

Da pergunta ao plano de trabalhos
Softwares ajustados a cada projeto

Aula 1

24 Setembro 2025, 20:30 David Alexandre Correia Ferraz


Apresentação da UC

Diferenciação do tipo de trabalhos