Sumários
Pensamento - Teorias de Processamento Geral
19 Fevereiro 2025, 11:00 • Nuno Alexandre De Sá Teixeira
Sumário:
O impacto na investigação científica do programa de
pesquisa das Heurísticas e Viéses. Introdução às Teorias de
Processamento Dual - propostas iniciais de dois tipos de processos
mentais/cognitivos e resultados empíricos clássicos (a tarefa de Wason,
silogismos válidos-inválidos e o efeito das crenças). Heurísticas como
processos intuitivos (Tipo I) cuja resposta deve ser sujeita a
correcções, com base em processos reflexivos (Tipo II). Critérios
definidores e variáveis correlativas dos processos mentais/cognitivos de
Tipo I e de Tipo II. Processos de Tipo I: não requerem memória de
trabalho e são automáticos/autónomos (critérios definidores); são
rápidos, de alta capacidade, paralelos, não-conscientes, resultam em
respostas potencialmente enviesadas, são contextuais, automáticos,
associativos, baseados na experiência e independentes de capacidades
cognitivas (variáveis correlativas). Processo de Tipo II: requerem
memória de trabalho e fundam-se na desacoplagem cognitiva (raciocínio
abstracto) e simulação mental (critérios definidores); são lentos, de
capacidade limitada, seriais, conscientes, resultam em respostas
potencialmente normativas, abstractos, controlados, baseados em regras,
consequencialistas e correlacionam-se com capacidades cognitivas
(variáveis correlativas). Alguns exemplos de Modelos Duais de Raciocínio
e Tomada de Decisão: Modelos Default-Intervencionistas - as respostas
intuitivas/heurísticas são o processamento default; uma correcção
normativa requer uma intervenção de processos de Tipo II que nem sempre é
espoletada (os Humanos como Forretas Cognitivos - requer um dispêndio
de recursos cognitivos e tempo envolver processos de Tipo II). O Modelo
Dual dos Três Estágios de Pennycook et al (2015). Substratos
neurofisiológicos dos processos de Tipo I e de Tipo II. Os modelos de
processamento dual e juízos morais. Observação empírica de violações do
Princípio da Invariância (Efeitos de Framing) em dilemas éticos. Juízos
utilitaristas enquanto processos de Tipo II e juízos deontológicos
enquanto processos de Tipo I.
Bibliografia:
Fundamental
Kahneman, D. (2011). Thinking, fast and slow. London: Penguin Books. (Parte I)
Evans,
J. St. B. T., & Stanovich, K. E. (2013). Dual-process theories of
higher cognition: Advancing the debate. Perspectives on Psychological
Science, 8, 223-241
Opcional
Greene, J. (2013). Moral Tribes: Emotion, reason, and the gap between us and them. Atlantic Books.
Haidt. J. (2012). A Mente Justa: Porque as pessoas boas não se entendem sobre política e religião. Edições 70.
Teoria dos Prospectos, Heurísticas e Enviesamentos
19 Fevereiro 2025, 09:30 • Nuno Alexandre De Sá Teixeira
A fase de edição e processos cognitivos de interpretação e estimação de probabilidades na base da curva de peso decisional: Heurísticas e Viéses. Heurísticas como um método de tentativa e erro de aproximação a um problema complexo ("atalhos mentais" e "regras de polegar" [thumb-rules]). O valor adaptativo dos processos heurísticos (economia de recursos mentais e rapidez decisional) mas consequente propensão ao erro e a enviesamentos. A Heurística da representatividade e a estimação de probabilidades intuitivas - as probabilidades intuitivas acerca de uma população alvo tendem a ser avaliadas com base em juízos de similaridade de uma instância saliente (tida como representativa da população-alvo). Enviesamentos resultantes da heurística da representatividade: (i) insensibilidade à taxas de base (probabilidades a priori) e a possível excepção quando é percebida uma conexão causalmente relevante; (ii) insensibilidade ao tamanho da amostra (resultante da crença de que uma qualquer amostra é necessariamente representativa da população-alvo); (iii) falácia da conjunção (especificações de sub-populações são percebidas como mais prováveis, violando o postulado pela probabilidade conjunctiva [necessariamente menor]); (iv) concepções erradas acerca de processos aleatórios (e.g., falácia do jogador; juízos acerca da probabilidade de resultados aleatórios com base no grau em que se assemelham a um entendimento intuitivo do "aleatório"). A Heurística da Disponilibidade: Probabilidade intuitivas são avaliadas pela facilidade de evocação de instâncias. Enviesamentos resultantes das heurística da disponibilidade: (i) viéses resultantes da capacidade de evocar instâncias da população-alvo; (ii) viéses resultantes da eficácia dos processos de busca de instâncias; (iii) viéses de imaginação de instâncias da população-alvo; (iv) as cascatas de disponibilidade (processo auto-reforçador em que um evento tende a ser julgado como mais provável/frequente pela disponilibidade de instâncias e a mera disponibilidade gera uma maior confiança na respectiva prevalência); (v) correlações ilusórias. Heurísticas de ancoragem (uma estimativa probabilística é feita a partir de um valor inicial mais ou menos arbitrário) e de ajuste insuficiente (a estimativa inicial é fracamente ajustada no processo de estimativa da frequência/probabilidade).
Bibliografia:
Fundamental
Tversy, A., & Kahneman, D. (1981). The framing of decisions and the psychology of choice. Science, 211, 453-458.
Kahneman, D. (1984). Choices, values, and frames. American Psychologist, 39, 345-356 [NOTA: Disponível como anexo no livro "Pensar Depressa e Devagar"]
Tversky, A., & Kahneman, D. (1974). Judgements under uncertainty: Heuristics and biases. Science, 185, 1124-1131. [NOTA: Disponível como anexo no livro "Pensar Depressa e Devagar"]
Opcional
Kahneman, D., & Tversky, A. (1979). Prospect theory: an analysis of decision under risk. Econometrica, 47, 263-291.
Pensamento - Teorias de Processamento Geral
17 Fevereiro 2025, 16:00 • Nuno Alexandre De Sá Teixeira
Sumário:
O impacto na investigação científica do programa de
pesquisa das Heurísticas e Viéses. Introdução às Teorias de
Processamento Dual - propostas iniciais de dois tipos de processos
mentais/cognitivos e resultados empíricos clássicos (a tarefa de Wason,
silogismos válidos-inválidos e o efeito das crenças). Heurísticas como
processos intuitivos (Tipo I) cuja resposta deve ser sujeita a
correcções, com base em processos reflexivos (Tipo II). Critérios
definidores e variáveis correlativas dos processos mentais/cognitivos de
Tipo I e de Tipo II. Processos de Tipo I: não requerem memória de
trabalho e são automáticos/autónomos (critérios definidores); são
rápidos, de alta capacidade, paralelos, não-conscientes, resultam em
respostas potencialmente enviesadas, são contextuais, automáticos,
associativos, baseados na experiência e independentes de capacidades
cognitivas (variáveis correlativas). Processo de Tipo II: requerem
memória de trabalho e fundam-se na desacoplagem cognitiva (raciocínio
abstracto) e simulação mental (critérios definidores); são lentos, de
capacidade limitada, seriais, conscientes, resultam em respostas
potencialmente normativas, abstractos, controlados, baseados em regras,
consequencialistas e correlacionam-se com capacidades cognitivas
(variáveis correlativas). Alguns exemplos de Modelos Duais de Raciocínio
e Tomada de Decisão: Modelos Default-Intervencionistas - as respostas
intuitivas/heurísticas são o processamento default; uma correcção
normativa requer uma intervenção de processos de Tipo II que nem sempre é
espoletada (os Humanos como Forretas Cognitivos - requer um dispêndio
de recursos cognitivos e tempo envolver processos de Tipo II). O Modelo
Dual dos Três Estágios de Pennycook et al (2015). Substratos
neurofisiológicos dos processos de Tipo I e de Tipo II. Os modelos de
processamento dual e juízos morais. Observação empírica de violações do
Princípio da Invariância (Efeitos de Framing) em dilemas éticos. Juízos
utilitaristas enquanto processos de Tipo II e juízos deontológicos
enquanto processos de Tipo I.
Bibliografia:
Fundamental
Kahneman, D. (2011). Thinking, fast and slow. London: Penguin Books. (Parte I)
Evans,
J. St. B. T., & Stanovich, K. E. (2013). Dual-process theories of
higher cognition: Advancing the debate. Perspectives on Psychological
Science, 8, 223-241
Opcional
Greene, J. (2013). Moral Tribes: Emotion, reason, and the gap between us and them. Atlantic Books.
Haidt. J. (2012). A Mente Justa: Porque as pessoas boas não se entendem sobre política e religião. Edições 70.
Teoria dos Prospectos, Heurísticas e Enviesamentos
17 Fevereiro 2025, 14:30 • Nuno Alexandre De Sá Teixeira
A fase de edição e processos cognitivos de interpretação e estimação de probabilidades na base da curva de peso decisional: Heurísticas e Viéses. Heurísticas como um método de tentativa e erro de aproximação a um problema complexo ("atalhos mentais" e "regras de polegar" [thumb-rules]). O valor adaptativo dos processos heurísticos (economia de recursos mentais e rapidez decisional) mas consequente propensão ao erro e a enviesamentos. A Heurística da representatividade e a estimação de probabilidades intuitivas - as probabilidades intuitivas acerca de uma população alvo tendem a ser avaliadas com base em juízos de similaridade de uma instância saliente (tida como representativa da população-alvo). Enviesamentos resultantes da heurística da representatividade: (i) insensibilidade à taxas de base (probabilidades a priori) e a possível excepção quando é percebida uma conexão causalmente relevante; (ii) insensibilidade ao tamanho da amostra (resultante da crença de que uma qualquer amostra é necessariamente representativa da população-alvo); (iii) falácia da conjunção (especificações de sub-populações são percebidas como mais prováveis, violando o postulado pela probabilidade conjunctiva [necessariamente menor]); (iv) concepções erradas acerca de processos aleatórios (e.g., falácia do jogador; juízos acerca da probabilidade de resultados aleatórios com base no grau em que se assemelham a um entendimento intuitivo do "aleatório"). A Heurística da Disponilibidade: Probabilidade intuitivas são avaliadas pela facilidade de evocação de instâncias. Enviesamentos resultantes das heurística da disponibilidade: (i) viéses resultantes da capacidade de evocar instâncias da população-alvo; (ii) viéses resultantes da eficácia dos processos de busca de instâncias; (iii) viéses de imaginação de instâncias da população-alvo; (iv) as cascatas de disponibilidade (processo auto-reforçador em que um evento tende a ser julgado como mais provável/frequente pela disponilibidade de instâncias e a mera disponibilidade gera uma maior confiança na respectiva prevalência); (v) correlações ilusórias. Heurísticas de ancoragem (uma estimativa probabilística é feita a partir de um valor inicial mais ou menos arbitrário) e de ajuste insuficiente (a estimativa inicial é fracamente ajustada no processo de estimativa da frequência/probabilidade).
Bibliografia:
Fundamental
Tversy, A., & Kahneman, D. (1981). The framing of decisions and the psychology of choice. Science, 211, 453-458.
Kahneman, D. (1984). Choices, values, and frames. American Psychologist, 39, 345-356 [NOTA: Disponível como anexo no livro "Pensar Depressa e Devagar"]
Tversky, A., & Kahneman, D. (1974). Judgements under uncertainty: Heuristics and biases. Science, 185, 1124-1131. [NOTA: Disponível como anexo no livro "Pensar Depressa e Devagar"]
Opcional
Kahneman, D., & Tversky, A. (1979). Prospect theory: an analysis of decision under risk. Econometrica, 47, 263-291.
Pensamento - Teorias de Processamento Geral
17 Fevereiro 2025, 11:00 • Nuno Alexandre De Sá Teixeira
Sumário:
O impacto na investigação científica do programa de pesquisa das Heurísticas e Viéses. Introdução às Teorias de Processamento Dual - propostas iniciais de dois tipos de processos mentais/cognitivos e resultados empíricos clássicos (a tarefa de Wason, silogismos válidos-inválidos e o efeito das crenças). Heurísticas como processos intuitivos (Tipo I) cuja resposta deve ser sujeita a correcções, com base em processos reflexivos (Tipo II). Critérios definidores e variáveis correlativas dos processos mentais/cognitivos de Tipo I e de Tipo II. Processos de Tipo I: não requerem memória de trabalho e são automáticos/autónomos (critérios definidores); são rápidos, de alta capacidade, paralelos, não-conscientes, resultam em respostas potencialmente enviesadas, são contextuais, automáticos, associativos, baseados na experiência e independentes de capacidades cognitivas (variáveis correlativas). Processo de Tipo II: requerem memória de trabalho e fundam-se na desacoplagem cognitiva (raciocínio abstracto) e simulação mental (critérios definidores); são lentos, de capacidade limitada, seriais, conscientes, resultam em respostas potencialmente normativas, abstractos, controlados, baseados em regras, consequencialistas e correlacionam-se com capacidades cognitivas (variáveis correlativas). Alguns exemplos de Modelos Duais de Raciocínio e Tomada de Decisão: Modelos Default-Intervencionistas - as respostas intuitivas/heurísticas são o processamento default; uma correcção normativa requer uma intervenção de processos de Tipo II que nem sempre é espoletada (os Humanos como Forretas Cognitivos - requer um dispêndio de recursos cognitivos e tempo envolver processos de Tipo II). O Modelo Dual dos Três Estágios de Pennycook et al (2015). Substratos neurofisiológicos dos processos de Tipo I e de Tipo II. Os modelos de processamento dual e juízos morais. Observação empírica de violações do Princípio da Invariância (Efeitos de Framing) em dilemas éticos. Juízos utilitaristas enquanto processos de Tipo II e juízos deontológicos enquanto processos de Tipo I.
Bibliografia:
Fundamental
Kahneman, D. (2011). Thinking, fast and slow. London: Penguin Books. (Parte I)
Evans, J. St. B. T., & Stanovich, K. E. (2013). Dual-process theories of higher cognition: Advancing the debate. Perspectives on Psychological Science, 8, 223-241
Opcional
Greene, J. (2013). Moral Tribes: Emotion, reason, and the gap between us and them. Atlantic Books.
Haidt. J. (2012). A Mente Justa: Porque as pessoas boas não se entendem sobre política e religião. Edições 70.